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Japão ainda não alcançou inflação duradoura e impulsionada por salários, diz premiê

Japão ainda não alcançou inflação duradoura e impulsionada por salários, diz premiê

Reuters

04/11/2025

Placeholder - loading - Primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi 24/10/2025. REUTERS/Kim Kyung-Hoon/File Photo
Primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi 24/10/2025. REUTERS/Kim Kyung-Hoon/File Photo

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, disse nesta terça-feira que o país ainda não alcançou uma inflação sustentável acompanhada de ganhos salariais, sinalizando sua preferência para que o banco central avance lentamente no aumento da taxa de juros.

Embora a inflação ao consumidor continue a oscilar em torno de 3% devido ao aumento dos custos dos alimentos, o Japão ainda está 'na metade do caminho' para alcançar um aumento sustentável e estável dos preços, apoiado por sólidos ganhos salariais, disse Takaichi ao Parlamento.

'Espero que o Banco do Japão conduza uma política monetária adequada para atingir de forma sustentável e estável sua meta de inflação de 2%', disse Takaichi, que defende políticas fiscal e monetária expansionistas.

Ela foi questionada por Yoshihiko Noda, chefe do maior partido de oposição e ex-primeiro-ministro, que disse que impedir o Banco do Japão de aumentar a taxa de juros poderia elevar os custos de importação e a inflação de forma mais ampla ao enfraquecer o iene.

Takaichi também disse que seu governo implementará 'estrategicamente' gastos fiscais para aumentar a renda familiar, melhorar a confiança do consumidor e fortalecer a economia.

Ela expressou cautela em relação à redução da alíquota do imposto sobre o consumo no Japão - uma ideia proposta por alguns partidos da oposição, dizendo que há vários desafios, como o tempo necessário para que os varejistas ajustem seus equipamentos a uma nova taxa.

Os comentários de Takaichi sobre a política monetária podem afetar a decisão do Banco do Japão de retomar ou não os aumentos dos juros já na próxima reunião, em 18 e 19 de dezembro, como preveem alguns participantes do mercado.

O presidente do banco central, Kazuo Ueda, vai fazer um discurso e realizar uma coletiva de imprensa em Nagoya em 1º de dezembro, onde ele poderá dar indicações sobre a probabilidade de um aumento no curto prazo.

O Banco do Japão encerrou um estímulo maciço de uma década no ano passado e elevou a taxa de juros para 0,5% em janeiro, considerando que o Japão estava prestes a atingir de forma sustentável sua meta de inflação de 2%.

Desde então, o banco central tem mantido os juros, inclusive na reunião de política monetária da semana passada, para garantir que o Japão continue progredindo no sentido de atingir de forma duradoura sua meta de preços, apoiada por sólidos ganhos salariais.

Reuters

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