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Julgamento envolvendo herbicida Roundup determina que Bayer pague US$2,25 bi em indenização

Placeholder - loading - Logo da Bayer 27/2/2019 REUTERS/Wolfgang Rattay/Arquivo
Logo da Bayer 27/2/2019 REUTERS/Wolfgang Rattay/Arquivo

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Por Brendan Pierson

(Reuters) - A Justiça norte-americana determinou nesta sexta-feira que a Bayer pague 2,25 bilhões de dólares a um homem da Pensilvânia que afirma ter desenvolvido câncer devido à exposição ao herbicida da empresa Roundup, informaram os advogados do reclamante.

Um júri em um tribunal da Filadélfia, nos Estados Unidos, concluiu que o linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer, de John McKivision foi resultado de anos de uso do herbicida Roundup pelo homem para trabalhos no jardim de sua casa.

O veredito inclui 250 milhões de dólares em danos compensatórios e 2 bilhões de dólares em danos punitivos.

'A decisão de danos punitivos pelo júri envia uma mensagem clara de que esta corporação multinacional precisa de mudanças de cima a baixo', disseram Tom Kline e Jason Itkin, advogados de McKivision, em comunicado conjunto.

Em comunicado, a Bayer disse que discorda 'do veredito adverso do júri que entra em conflito com o peso esmagador de evidências científicas e avaliações regulatórias e científicas mundiais, e acredita ter argumentos sólidos em um recurso para reverter esse veredito e eliminar ou reduzir a compensação excessiva e inconstitucional'.

A Bayer acrescentou que algumas compensações por danos anteriores foram reduzidas em mais de 90%.

O veredito ocorre após cinco outras vitórias recentes no final do ano passado por autores que processaram a Bayer por causa do Roundup, embora a empresa tenha ganhado o julgamento mais recente em dezembro, assim como uma série de processos anteriores. No total, a empresa venceu dez dos últimos 16 julgamentos relacionados ao herbicida.

Cerca de 165.000 queixas foram feitas nos EUA contra a empresa por lesões pessoais supostamente causadas pelo Roundup, que a Bayer integrou como parte de sua aquisição da empresa agroquímica Monsanto, em 2018, por 63 bilhões de dólares. A maioria dos autores, como McKivision, alega que o produto os fez desenvolver linfoma não-Hodgkin.

A Bayer tem afirmado que décadas de estudos mostram que o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano.

O Roundup está entre os herbicidas mais amplamente utilizados nos EUA, embora a empresa tenha gradualmente encerrado suas vendas para uso doméstico no ano passado.

Em 2020, a Bayer resolveu a maioria dos casos pendentes do Roundup na época por até 9,6 bilhões de dólares, mas não conseguiu obter um acordo que cobrisse casos futuros. Mais de 50 mil queixas ainda estão pendentes.

(Reportagem de Brendan Pierson em Nova York)

Escrito por Reuters

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