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Lukashenko diz que Putin queria 'eliminar' Prigozhin durante tentativa de motim

Placeholder - loading - Líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e seus combatentes se retiram de Rostov-on-Don, no sul da Rússia 24/06/2023 REUTERS/Alexander Ermochenko
Líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e seus combatentes se retiram de Rostov-on-Don, no sul da Rússia 24/06/2023 REUTERS/Alexander Ermochenko

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Por Guy Faulconbridge e Lidia Kelly

MOSCOU (Reuters) - O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que persuadiu o presidente russo, Vladimir Putin, a não 'eliminar' o chefe mercenário Yevgeny Prigozhin, em resposta ao que o Kremlin classificou como um motim que poderia levar a Rússia à guerra civil.

Putin inicialmente prometeu esmagar o motim, comparando-o com a turbulência do tempo de guerra que deu início à revolução de 1917 e depois uma guerra civil, mas horas depois um acordo foi fechado para permitir que Prigozhin e alguns de seus combatentes fossem para Belarus.

Prigozhin voou da Rússia para Belarus na terça-feira.

Ao descrever sua conversa de sábado com Putin, Lukashenko usou a gíria russa para matar alguém, equivalente a 'eliminar'.

'Eu também entendi: uma decisão brutal havia sido tomada (e foi o tom do discurso de Putin) para eliminar' os rebeldes, disse Lukashenko em uma reunião com oficiais do Exército e jornalistas na terça-feira, segundo a mídia estatal bielorrussa.

'Sugeri a Putin que não se apressasse. 'Vamos', disse eu, 'vamos conversar com Prigozhin, com seus comandantes'. Ao que ele me disse: 'Escuta, Sasha, não adianta. Ele nem atende o telefone, não quer falar com ninguém''.

Putin usou o mesmo verbo russo em 1999 sobre os militantes chechenos, prometendo 'eliminá-los', comentário que se tornou um emblema amplamente citado de sua personalidade severa.

Não houve declaração imediata do Kremlin sobre os comentários de Lukashenko, que dão uma visão rara das conversas dentro do Kremlin enquanto a Rússia, segundo o próprio relato de Putin, inclinava-se em direção a uma turbulência que não se via há décadas.

Lukashenko, um velho conhecido de Prigozhin e aliado próximo de Putin, disse que aconselhou o presidente russo a pensar 'além de nossos próprios narizes' e que a eliminação de Prigozhin poderia levar a uma revolta generalizada de seus combatentes.

O líder bielorrusso também afirmou que seu próprio Exército poderia se beneficiar da experiência das tropas de Wagner que, segundo um acordo fechado com o Kremlin, agora estão livres para se mudar para Belarus.

'Esta é a unidade mais treinada do Exército', disse Lukashenko, de acordo com a agência estatal BelTA. 'Quem vai discutir isso? Meus militares também entendem isso, e não temos essas pessoas em Belarus.'

Mais tarde, Lukashenko afirmou a seus militares que 'as pessoas não conseguem entender que estamos abordando isso de maneira pragmática ... Eles (Wagner) passaram por isso, vão nos contar sobre armamento - o que funcionou bem, o que funcionou mal.'

Prigozhin interrompeu o que chamou de 'marcha da justiça' em direção à Moscou a partir da cidade de Rostov-on-Don, no sul, a 200 quilômetros da capital, após a intervenção de Lukashenko.

(Reportagem de Guy Faulconbridge em Moscou, Lidia Kelly em Melbourne e Nick Starkov em Kiev)

Escrito por Reuters

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