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Lula diz que Campos Neto 'joga contra a economia brasileira'

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília 29/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília 29/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira acreditar que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, 'joga contra a economia brasileira', após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manter na véspera a taxa básica de juros em 13,75% ao ano sem sinalizar uma redução na próxima reunião, marcada para agosto.

Em entrevista coletiva na Itália, onde está em visita oficial, Lula disse não é o governo que está brigando com o BC e com o atual patamar da taxa Selic, mas sim 'a sociedade brasileira', citando a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e grandes varejistas.

'Eu acho que esse cidadão joga contra a economia brasileira. Ele não tem explicação. Não existe explicação aceitável para a taxa de juros estar em 13,75%', disse Lula aos jornalistas, sem citar nominalmente o presidente do BC, que foi indicado pelo seu antecessor Jair Bolsonaro.

O presidente também disse que cabe ao Senado, que aprovou o nome de Campos Neto para o BC e que, junto com a Câmara dos Deputados, aprovou a lei que deu autonomia à autoridade monetária, cobrar o presidente da autarquia.

'Eu tenho cobrado dos senadores. Foram os senadores que colocaram esse cidadão lá, então os senadores têm que analisar se ele está cumprindo aquilo que foi a lei aprovada para ele cumprir. Na lei que foi aprovada, ele tem que cuidar da inflação, tem que cuidar do crescimento econômico e tem que cuidar da geração de emprego. Então ele tem que ser cobrado, é só isso', disse.

Lula também classificou de 'irracional' a atual política monetária do BC, subindo ainda mais o tom já inflamado de criticas constantes que faz à taxa básica de juros, depois de o Copom manter a Selic em 13,75%, de acordo com as expectativas do mercado financeiro, mas surpreender ao não sinalizar em seu comunicado sobre a decisão uma futura redução da Selic na reunião de agosto, conforme esperavam os agentes do mercado.

'Não se trata do governo ficar brigando com o Banco Central, quem está brigando com o Banco Central hoje é a sociedade brasileira', disparou.

'É irracional o que está acontecendo no Brasil. Você ter uma taxa de juros de 13,75% com a inflação de 5%. Ou seja, cada vez que reduz a inflação, aumenta o juro real no país. Não é possível alguém tomar dinheiro emprestado para pagar 14% ao ano, às vezes 18% ao ano. Os bancos não estão emprestando dinheiro porque ninguém pode tomar dinheiro', criticou.

(Por Eduardo Simões)

Escrito por Reuters

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