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Lula espera que acordo 'equilibrado' entre UE e Mercosul seja obtido neste ano

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Bruxelas 17/07/2023 REUTERS/Yves Herman
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Bruxelas 17/07/2023 REUTERS/Yves Herman

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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que espera que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul seja concluído este ano, e afirmou que as negociações devem ser baseadas na confiança mútua e não em 'ameaças', ao discursar em Bruxelas durante viagem para cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE.

'Um acordo entre Mercosul e União Europeia equilibrado, que pretendemos concluir ainda este ano, abrirá novos horizontes. Queremos um acordo que preserve a capacidade das partes de responder aos desafios presentes e futuros', disse Lula em discurso durante a sessão de abertura do fórum empresarial União Europeia-América Latina na cidade belga.

Ao mesmo tempo, Lula voltou a apontar as compras governamentais, tema que os europeus querem incluir em um eventual acordo, como estratégicas para os países sul-americanos.

'As compras governamentais são um instrumento vital para articular investimentos em infraestrutura e sustentar nossa política industrial. Estados Unidos e União Europeia saíram na frente e já adotam políticas industriais ambiciosas baseadas em compras públicas e conteúdo nacional', afirmou.

Lula também fez questão de dizer que o Brasil cumprirá seus compromissos ambientais no combate às mudanças climáticas. A fala vem depois da UE enviar ao Mercosul uma carta adicional sobre as negociações comerciais cobrando o cumprimento de metas assumidas no âmbito do Acordo de Paris sobre o clima, que Lula classificou de 'inaceitável' e de uma 'ameaça' do bloco europeu ao Brasil.

'O Brasil, todo mundo sabe, vai cumprir com sua parte na questão do clima. Nós temos um compromisso com o desmatamento zero na Amazônia até 2030. Esse é um compromisso assumindo antes, durante e depois de uma campanha política', disse Lula.

'É um compromisso, eu diria, quase que de fé, não apenas meu, mas do povo brasileiro. Queremos nesse debate fazer com que a União Europeia compreenda a necessidade de que existe na Amazônia sul-americana 50 milhões de habitantes que precisam ter condições de sobrevivência digna e decente', acrescentou.

Mais tarde, em discurso na sessão de abertura da cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE, Lula voltou a colocar a conclusão do acordo Mecosul-UE como prioridade, ao mesmo tempo que cobrou que ele seja baseado em confiança mútua. O presidente também voltou a defender a necessidade de manter os Estados com autonomia no setor de compras governamentais.

'Queremos assegurar uma relação comercial justa, sustentável e inclusiva. A conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia é uma prioridade e deve estar baseada na confiança mútua e não em ameaças', afirmou, sem mencionar diretamente a carta adicional enviada pelo bloco europeu.

'A defesa de valores ambientais, que todos compartilhamos, não pode ser desculpa para o protecionismo. O poder de compra do Estado é uma ferramenta essencial para os investimentos em saúde, educação e inovação. Sua manutenção é condição para industrialização verde que queremos implementar.'

'MAIS RÁPIDO POSSÍVEL'

Também nesta segunda, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, disse ao se reunir com Lula em Bruxelas, que o bloco europeu espera concluir o acordo comercial com o Mercosul -- formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai -- 'o mais rápido possível'.

'Nossa ambição é resolver quaisquer diferenças remanescentes o mais rápido possível', disse Von der Leyen.

Na mesma linha, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que pretende alcançar um acordo comercial entre os dois blocos no segundo semestre deste ano. A Espanha ocupa atualmente a presidência rotativa da UE, assim como o Brasil é o atual presidente temporário do Mercosul.

(Reportagem de Catarina Demony, em Lisboa; reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)

Escrito por Reuters

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