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Maioria dos países emergentes pode realinhar comércio para resistir às tarifas dos EUA, aponta relatório

Maioria dos países emergentes pode realinhar comércio para resistir às tarifas dos EUA, aponta relatório

Reuters

13/11/2025

Placeholder - loading - Contêineres marítimos em depósito em Navi Mumbai  27/8/2025    REUTERS/Francis Mascarenhas
Contêineres marítimos em depósito em Navi Mumbai 27/8/2025 REUTERS/Francis Mascarenhas

Por Libby George

LONDRES (Reuters) - A maioria das grandes economias emergentes, incluindo China, Brasil e Índia, pode resistir às tarifas dos Estados Unidos sem sofrer muito, de acordo com um estudo realizado pela consultoria de risco Verisk Maplecroft, levantando dúvidas sobre a influência das ferramentas comerciais do presidente Donald Trump.

A empresa analisou a resiliência de 20 dos maiores mercados emergentes usando medidas que vão desde os níveis de endividamento até a dependência da receita de exportação para avaliar sua capacidade de lidar com a volatilidade do comércio e com as rápidas mudanças nas alianças geopolíticas.

'A maioria dos centros de manufatura em todo o mundo está em uma posição melhor do que se imagina, ou do que se dá crédito a eles, para resistir a essa tempestade tarifária que vem especificamente dos EUA, mesmo que esteja em plena capacidade', disse Reema Bhattacharya, chefe de pesquisa da Ásia e coautora do relatório.

México e Vietnã estão entre os países mais expostos à dependência comercial dos EUA, segundo o documento, mas as políticas econômicas progressistas, a melhoria da infraestrutura e a estabilidade política fizeram com que esses países estivessem entre as economias mais resilientes.

Brasil e África do Sul, de acordo com o relatório, estão efetivamente criando vínculos com outros parceiros comerciais que poderão protegê-los nos próximos anos.

'Quase todos os mercados emergentes ou globais entendem que precisamos fazer negócios com os EUA e a China, mas não podemos depender excessivamente de nenhum deles. Portanto, precisamos de um terceiro mercado', disse Bhattacharya, acrescentando que o comércio entre os membros do grupo Brics de nações em desenvolvimento está aumentando.

O documento da Maplecroft não examinou a Rússia, integrante do Brics.

A China, embora particularmente exposta às tensões geopolíticas com os Estados Unidos, 'está tão consolidada que é quase impossível reproduzi-la em outro lugar', acrescentou ela, citando a base de exportação diversificada de Pequim e seu capital humano.

A China, um gigante da manufatura, está na mira dos esforços de Trump para reformular a política comercial global. Dados divulgados no início desta semana mostraram que, em outubro, as exportações da China sofreram sua pior queda desde fevereiro, logo após o retorno de Trump à Casa Branca.

Bhattacharya também apontou o esforço de anos da China para expandir o uso do renminbi em acordos comerciais como 'um impulso pragmático para a resiliência econômica e a diversificação do risco geopolítico'.

Brasil, Argentina e Chile assinaram acordos de liquidação em moeda local com o banco central da China, enquanto empresas estatais e investidores chineses estão financiando projetos de lítio e cobre no Chile, Bolívia e Peru.

Reuters

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