Mais de 200 prisioneiros políticos da Nicarágua são libertados e enviados aos EUA
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MANÁGUA (Reuters) - Mais de 200 presos políticos na Nicarágua foram libertados e levados para os Estados Unidos na quinta-feira, incluindo cinco ex-candidatos à Presidência e outros importantes críticos do presidente Daniel Ortega, no que Washington descreveu como um 'passo construtivo' para melhorar os direitos humanos.
A liberação em massa 'abre a porta para um diálogo mais aprofundado entre os Estados Unidos e a Nicarágua sobre questões importantes', disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Washington denunciou a reeleição de Ortega em 2021 como uma 'farsa' depois que o líder de longa data prendeu vários oponentes antes da votação, com jornalistas e figuras religiosas também presos nos últimos anos, provocando protestos internacionais.
Um juiz da Nicarágua, em um pronunciamento pela televisão, denunciou os 222 prisioneiros como “traidores” e disse que eles haviam sido “deportados”.
O governo da Nicarágua anunciou na quinta-feira planos para mudar a legislação para permitir que o país retire a cidadania dos prisioneiros libertados.
Entre os libertados estavam os ex-candidatos presidenciais Juan Sebastián Chamorro, Félix Maradiaga, Miguel Mora, Medardo Mairena e Arturo Cruz, bem como o proeminente ativista estudantil Lesther Aleman, mostrou um documento judicial da Nicarágua.
Cerca de 100 pessoas aguardavam sua chegada no aeroporto, muitas delas agitando bandeiras da Nicarágua e cartazes com os nomes dos liberados. Alguns cantavam a canção 'Minha Nicarágua', e entoavam 'Livres!'
(Reportagem de Ismael Lopez em Manágua, Daina Beth Solomon na Cidade do México e Trevor Hunnicutt e Simon Lewis em Washington)
Escrito por Reuters
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