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Mais navios devem evitar Mar Vermelho devido a ataques, com maior impacto no comércio mundial

Placeholder - loading - Contêineres são vistos no navio porta-contêineres Hapag-Lloyd Chacabuco no Terminal de Contêineres HHLA Altenwerder, no rio Elba, em Hamburgo, Alemanha 31/03/2023 REUTERS/Phil Noble
Contêineres são vistos no navio porta-contêineres Hapag-Lloyd Chacabuco no Terminal de Contêineres HHLA Altenwerder, no rio Elba, em Hamburgo, Alemanha 31/03/2023 REUTERS/Phil Noble

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FRANKFURT/ATENAS/LONDRES (Reuters) - A alemã Hapag-Lloyd e a OOCL, de Hong Kong, disseram nesta quinta-feira que seus navios de carga evitarão o Mar Vermelho, nas mais recentes empresas de transporte marítimo a tomar esse tipo de decisão depois que os ataques do grupo houthi do Iêmen contra embarcações abalaram o comércio global.

A Hapag-Lloyd disse que até o final do ano redirecionará 25 navios da principal via navegável, uma vez que as taxas de frete aumentaram devido à situação na área. Evitar o Mar Vermelho e o Canal de Suez significa seguir uma rota muito mais longa ao redor da África.

Os houthis alinhados ao Irã, que controlam grande parte do Iêmen, vêm atacando navios que passam pelo Estreito de Bab al-Mandab, no extremo sul do Mar Vermelho, há semanas, no que eles dizem ser uma resposta à guerra de Israel em Gaza.

Enquanto isso, os transportadores estão enfrentando dificuldades para encontrar rotas marítimas alternativas ou outras opções, incluindo envios aéreos já que as viagens ao redor da África adicionam cerca de 10 dias ao tempo de viagem até o destino das cargas.

'Até o momento, orientamos as embarcações operadas pela OOCL a desviarem a rota ou suspenderem a navegação pelo Mar Vermelho', disse o grupo de contêineres à Reuters nesta quinta-feira.

'Continuaremos a avaliar a viabilidade de várias opções e tomaremos as contramedidas apropriadas de acordo com as diferentes condições', disse a OOCL.

'Os varejistas já começaram a deixar de se concentrar apenas na eficiência e velocidade operacional e logística, e têm se concentrado muito mais na resiliência operacional', disse Megan Paul, sócia da equipe comercial da Charles Russell Speechlys em Londres.

O fabricante finlandês de elevadores Kone estima que algumas remessas poderão sofrer atrasos de duas a três semanas, mas espera que a maioria das entregas esteja dentro do cronograma.

COALIZÃO

A Grécia disse nesta quinta-feira que enviará uma fragata naval para a área para ajudar a proteger a navegação como parte de uma coalizão multinacional anunciada pelos Estados Unidos para garantir a passagem segura pela hidrovia.

Os proprietários de navios gregos controlam cerca de 20% das embarcações comerciais do mundo em termos de capacidade de carga.

No entanto, vários países que os Estados Unidos disseram que participariam da coalizão sinalizaram que não esperam enviar muito poder naval para a região, enquanto a Arábia Saudita, que faz fronteira com o Mar Vermelho, não foi listada como participante.

Enquanto isso, o líder houthi ameaçou aumentar os ataques para incluir os navios da Marinha dos EUA, aumentando a perspectiva de um conflito mais amplo em torno do estreito de Bab al-Mandab.

Um porta-voz da Hapag-Lloyd disse que um dos navios da empresa, o Al Jasrah, foi atacado perto do Iêmen em 15 de dezembro, a caminho de Cingapura, e que a empresa tomará mais decisões sobre rotas até o final do ano.

O porta-voz disse que a empresa não recebeu informações detalhadas sobre a coalizão naval liderada pelos EUA com o objetivo de proteger a navegação no Mar Vermelho.

As empresas de navegação permanecem no escuro sobre a nova força naval que está sendo montada pelos EUA, disseram fontes à Reuters na quarta-feira.

As consequências também estão sendo sentidas diretamente em Israel. A OCCL disse no sábado que, 'devido a problemas operacionais', deixaria de aceitar cargas de e para Israel até segunda ordem.

O porto de Eilat, no extremo sul de Israel, registrou uma queda de 85% na atividade desde que os ataques houthi aumentaram, disse o presidente-executivo do porto nesta quinta-feira.

(Por Helen Reid, Vera Eckert, Lefteris Papdimas e Jonathan Saul)

Escrito por Reuters

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