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Alta de juros longos nos EUA demanda cuidado, mas há muito tempo até próximo Copom, diz Galípolo

Placeholder - loading - Sede do Banco Central, em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central, em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

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SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira que o cenário de elevação das taxas de juros com prazos mais longos nos Estados Unidos, verificado mais recentemente, demanda cuidado para países emergentes como o Brasil.

Ao mesmo tempo, ele pontuou que existe 'muito tempo' até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em participação por videoconferência em evento do Conselho Federal de Economia, Galípolo pontuou que, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter cortado no início de agosto a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, houve uma 'perturbação' sobre as taxas de longo prazo nos EUA.

'Sabemos que cenários de elevação de taxas de juros mais longas nos EUA demandam cuidado para países emergentes', afirmou Galípolo. 'Mas o Brasil tem hoje boa aceitação no cenário internacional', acrescentou.

O diretor do BC citou dois fatores que justificam a 'simpatia' atual que o Brasil detém entre os investidores internacionais. Em primeiro lugar, conforme Galípolo, há um nível 'elevado' da reservas internacionais que 'diferem (o Brasil) da situação de outros países emergentes'.

Em segundo lugar, conforme o diretor do BC, o Brasil tem hoje a possibilidade de ser protagonista na transição ecológica, o que favorece a atração de investimentos internacionais.

Durante o evento, Galípolo também foi questionado por jornalistas sobre os últimos dados de inflação e sobre o futuro da política monetária. Em suas respostas, o diretor evitou passar indicações que destoassem das mensagens oficiais mais recentes do Copom.

'Acho que é normal que existam especulações (sobre futuro da Selic)', pontuou Galípolo. 'Existe muito tempo até a próxima reunião do Copom e vamos estar analisando como estarão as expectativas, o cenário internacional', citou o diretor. O próximo encontro do colegiado corre em 19 e 20 de setembro.

Durante o evento, Galípolo também procurou, em vários momentos, reforçar que as decisões do Copom sobre a Selic são técnicas, e não políticas. Para ele, o fato de a definição dos juros ser feita por nove dirigentes do BC, com base em dados de diferentes áreas da autarquia, demonstra que não há um 'modelo único' para as decisões.

O diretor disse ainda que a ata do último encontro teve a 'coragem e transparência' de explicitar o debate entre os membros do Copom. Na ocasião, cinco deles votaram pelo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, enquanto quatro defenderam uma redução de 0,25 ponto.

Em sua fala, Galípolo também defendeu que o projeto do novo arcabouço fiscal, atualmente em tramitação no Congresso, reflete uma conjunção das forças políticas eleitas no Executivo e no Legislativo, e não uma visão única sobre o que deve ser feito na economia.

(Por Fabrício de Castro)

Escrito por Reuters

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