Membro do Parlamento britânico é removido e Sunak terá novo teste eleitoral
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LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, enfrentará outra difícil votação para preencher um cargo vago no Parlamento, depois que um legislador foi removido do seu cargo nesta terça-feira sob acusação de ter maltratado um funcionário e cometido delitos sexuais.
Um órgão de fiscalização parlamentar descobriu que Peter Bone, que é membro do Parlamento há quase duas décadas, assediou e praticou bullying contra uma pessoa de seu gabinete, além de ter mostrado seus genitais a ela.
Uma petição que se encerrou nesta terça-feira sobre a remoção dele do cargo teve o apoio de 13,2% de seu eleitorado, mais do que os 10% exigidos, o que significa que uma nova eleição terá de ser realizada.
O Partido Conservador, de Sunak, terá de enfrentar a sétima eleição desse tipo desde o começo de julho. Até agora, os conservadores perderam cinco assentos no Parlamento, e mantiveram apenas um.
Bone, que foi suspenso do Parlamento por seis semanas e agora é um político independente, pode concorrer na eleição separada, mas não pelo Partido Conservador. Ele teve uma maioria de mais de 18.500 votos nas últimas eleições nacionais, em 2019.
Bone humilhou verbalmente o membro da sua equipe e atirou canetas e itens de escritório nele. A comissão parlamentar também apurou que ele expôs “suas genitálias próximo ao rosto do reclamante” durante uma viagem ao exterior, primeiro no banheiro e depois no quarto do hotel.
Bone reconheceu que haverá uma nova eleição no próximo ano e que as acusações são “falsas e sem fundamento”. “Eu terei mais a dizer sobre esses assuntos no novo ano”, afirmou ele na plataforma X, conhecida antigamente como Twitter.
(Reportagem de Andrew MacAskill e Farouq Suleiman)
Escrito por Reuters
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