Milhares vão às ruas no Brasil para protestar no Dia Internacional da Mulher
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SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Milhares de pessoas, em sua maioria mulheres, foram às ruas em diversas cidades brasileiras nesta sexta-feira para pedir igualdade de gênero e o fim da violência contra mulheres, assim como para criticar o presidente Jair Bolsonaro e suas políticas.
Os protestos do Dia Internacional da Mulher foram organizados por ativistas em nove cidades, incluindo São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
No Rio, manifestantes relembraram o assassinato, há quase um ano, da vereadora e ativista de direitos humanos Marielle Franco, um crime que ainda está sendo investigado, mas que ainda não levou a nenhuma prisão.
O Brasil está entre os cinco países com o maior número de assassinato de mulheres no mundo, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Centenas de mulheres são agredidas no Brasil a cada hora, em sua maioria por homens com quem têm ou já tiveram algum relacionamento.
Ativistas de esquerda tiveram forte presença nos protestos, com cartazes pedindo a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Manifestantes criticaram Bolsonaro por alguns de seus comentários, considerados por muitos como sexistas.
Enquanto os protestos aconteciam, Bolsonaro participou de uma cerimônia em Brasília para marcar o Dia Internacional da Mulher. Entretanto, ele acabou desencadeando ainda mais críticas quando disse que “pela primeira vez o número de ministros e ministras está equilibrado em um governo”, embora seu gabinete conte com apenas duas ministras, de um total de 22 nomes.
“Cada uma das duas mulheres que estão aqui equivale a dez homens”, explicou.
(Reportagem de Leonardo Benassatto e Sergio Moraes)
Escrito por Thomson Reuters
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