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Militares se mobilizam para proteger indígenas da Covid-19 na Amazônia

Placeholder - loading - Militares das Forças Armadas descarregam suprimentos de helicóptero em Boa Vista, Roraima 30/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Militares das Forças Armadas descarregam suprimentos de helicóptero em Boa Vista, Roraima 30/06/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Leonardo Benassatto e Adriano Machado

BOA VISTA (Reuters) - Os militares brasileiros entregaram equipamentos de proteção e remédios a comunidades indígenas isoladas da Amazônia na fronteira com a Venezuela na terça-feira de helicóptero e examinaram índios assustados para detectar a Covid-19.

Nenhum teve diagnóstico positivo nos exames rápidos de punção digital, mas a pandemia de coronavírus ameaça dizimar dezenas de tribos da Amazônia que não têm imunidade para doenças externas e cuja vida comunitária impede o distanciamento social.

A operação para ajudar os ianomâmis que moram na maior reserva do país visa rebater as críticas de que o governo do presidente Jair Bolsonaro não está fazendo o suficiente para proteger os indígenas do contágio.

'Essa operação, que é feita em conjunto com todas as Forças Armadas, tem a principal importância em rastrear, fazer o rastreamento através do teste da Covid nas aldeias (ianomâmis) aqui próximas', disse o capitão e médico naval Jarbas de Souza.

O Exército transportou suprimentos de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, em um helicóptero Blackhawk a um posto de fronteira dos militares nas profundezas da floresta tropical – caixas de máscaras, álcool em gel, aventais, luvas, exames e remédios, incluindo 13.500 comprimidos do polêmico medicamento antimalária cloroquina.

Apreensivos, ianomâmis e iecuanas descalços, mas com máscaras, fizeram fila para serem examinados ou vistos por médicos para tratar de outras questões de saúde em um vilarejo próximo. Bebês choraram depois das punções digitais.

'Como a sociedade, eles (indígenas) têm medo! É um vírus desconhecido para eles, para nós também, muitos preferiram se isolar sem ter contato ou com a saúde (equipes médicas), como forma de prevenção, então vemos que têm medo', explicou Elaine Maciel, do escritório regional da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Maciel disse que os iecuanas, que têm acesso à internet e estão mais a par da gravidade da pandemia de coronavírus, foram os que mais recearam os contatos, enquanto os ianomâmis interagiram com facilidade, trocando presentes com os forasteiros – no caso, seu artesanato por barras de sabão e pilhas.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, um general aposentado do Exército, visitará a operação no posto de fronteira de Auaris nesta quarta-feira.

Escrito por Reuters

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