Minoria afirma que Previdência não terá cronograma fechado na comissão especial
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Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A líder da minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que o plano de trabalhos a ser apresentado nesta terça-feira na comissão especial da reforma da Previdência não será definitivo e também não trará uma data para a votação do relatório da proposta.
Segundo Jandira, também ficou acertado, em reunião com líderes e o presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM), que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve falar à comissão já na quarta-feira, mas essa não será necessariamente a única audiência do chefe da pasta no colegiado.
“Não será mais divulgado o prazo de votação na comissão, o que significa que ele pode ser ampliado, não só o número de audiências públicas, mas a data de votação não fica mais divulgada até que esse plano vá sendo avaliado no decorrer do tempo”, disse a líder.
“O ministro Paulo Guedes virá amanhã, mas poderá vir novamente até o final dos trabalhos”, afirmou.
Para a deputada, a atitude do presidente da comissão, que também concordou com a ampliação do prazo de apresentação de requerimentos de audiências, mostra que Ramos “assumiu uma posição de fato de um comando de centro”.
“Nem ele vai se posicionar no governo nem na oposição, mas vai assumir de fato um comando de quem está ouvindo um conjunto das partes e vai tentar comandar a comissão ouvindo esse conjunto.”
Na semana passada, Ramos havia estimado que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderia ser votada em junho, de forma a cumprir o horizonte do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de votar a matéria no plenário da Câmara em julho.
Para ser aprovada, a PEC precisa de 308 votos em dois turnos de votação no plenário da Câmara. Depois, no Senado, precisa dos votos favoráveis de 49 senadores também em duas votações.
Escrito por Reuters
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