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Modelo de negócios de coleta de dados do Facebook seria contra direitos humanos

O documento criticou a vigilância do Google e Facebook a seus usuários.

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Mark Zuckerberg (Foto: Divulgação)

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Segundo publicação da Agência AFP, a Anistia Internacional disse em relatório que o modelo de negócios de coleta de dados que alimenta o Facebook e o Google representa uma ameaça aos direitos humanos em todo o mundo.

O argumento da organização é que oferecer serviços online e gratuitos para as pessoas, após utilizar suas informações para direcionar anúncios, põe em risco uma série de direitos – entre eles, a liberdade de opinião e expressão.

"Apesar do valor real dos serviços que eles fornecem, as plataformas do Google e do Facebook têm um custo sistêmico", disse a Anistia no relatório Gigantes da Vigilância.

"O modelo de negócios baseado em vigilância das empresas obriga as pessoas a fazer uma barganha faustiana, na qual elas só podem usufruir de seus direitos humanos on-line submetendo-se a um sistema baseado em abuso de direitos humanos".

Com essa vigilância feroz, os dois gigantes conseguem coletar muitos dados que podem ser usados contra seus consumidores, segundo o grupo de direitos humanos de Londres. O modelo de negócios é "inerentemente incompatível com o direito à privacidade", afirmou a Anistia.

O relatório diz que as duas empresas estabeleceram "domínio quase total sobre os principais canais pelos quais as pessoas se conectam e se envolvem com o mundo online", dando a elas um poder sem precedentes sobre a vida das pessoas.

"O Google e o Facebook dominam nossas vidas modernas - acumulando um poder sem paralelo sobre o mundo digital, colhendo e monetizando os dados pessoais de bilhões de pessoas", disse Kumi Naidoo, secretário-geral da Anistia Internacional. "O controle insidioso de nossas vidas digitais mina a própria essência da privacidade e é um dos desafios que definem os direitos humanos de nossa era", continua.

Por isso, o relatório fala da importância da implementação de políticas que garantam o acesso a serviços online ao mesmo tempo que protejam a privacidade dos usuários.

"Os governos têm a obrigação de proteger as pessoas dos abusos dos direitos humanos pelas empresas", afirmou a Anistia. "Mas nas últimas duas décadas, as empresas de tecnologia foram deixadas em grande parte para se autorregular".

O Facebook, no entanto, reagiu dizendo que há imprecisões no relatório. A empresa de Mark Zuckerberg, que conta com uma lista extensa de acusações, discorda fortemente da caracterização de seu modelo de negócios como sendo baseado em vigilância.

Leia também: Órgão americano investiga Facebook por suspeita antitruste

"Nosso modelo de negócios é o que nos permite oferecer um serviço importante, onde as pessoas podem exercer direitos humanos fundamentais - ter voz (liberdade de expressão) e poder se conectar (liberdade de associação e reunião)", disse uma carta do diretor de privacidade e políticas públicas do Facebook, Steve Satterfield, em um anexo do relatório da Anistia.

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