Mortalidade materna nos EUA mais que dobrou desde 1999, diz estudo
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Por Nancy Lapid
(Reuters) - O número de mulheres norte-americanas que morreram um ano após a gravidez mais que dobrou entre 1999 e 2019, com as taxas de mortes mais altas entre mulheres negras, disseram pesquisadores nesta segunda-feira.
Estima-se que houve 1.210 mortes maternas em 2019, em comparação com 505 em 1999, de acordo com um estudo publicado na revista médica Jama.
Os maiores aumentos ao longo do tempo foram observados entre as mulheres indígenas norte-americanas e nativas do Alasca, disseram os pesquisadores.
Eles estimaram que o número de mortes por 100.000 nascidos vivos aumentou de 12,7 para 32,2 no total, de 14,0 para 49,2 entre indígenas norte-americanas e nativas do Alasca, de 26,7 para 55,4 entre negras, de 9,6 para 20,9 entre asiáticas, nativas do Havaí e outras ilhas do Pacífico, de 9,6 para 19,1 entre hispânicas, e de 9,4 a 26,3 entre as brancas.
Ao contrário dos estudos anteriores sobre mortalidade materna nos Estados Unidos, que se concentravam nas tendências nacionais, o estudo atual analisou os dados Estado a Estado.
Para surpresa dos pesquisadores, as mulheres negras apresentaram as maiores taxas de mortalidade materna em alguns Estados do Nordeste.
'Muitas vezes, os Estados do Sul são apontados como tendo as piores taxas de mortalidade materna do país, enquanto Califórnia e Massachusetts têm as melhores. Mas isso não conta toda a história', disse o líder do estudo, dr. Allison Bryant, do Mass General Brigham em Boston, em um comunicado.
'É essencial olhar para as disparidades entre as populações que existem mesmo nos 'melhores' Estados', acrescentou.
As causas mais comuns de morte dentro de um ano após o fim da gravidez incluem problemas de saúde mental, sangramento excessivo, problemas cardíacos e coronários, infecções, coágulos sanguíneos e pressão alta relacionada à gravidez, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Escrito por Reuters
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