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ONU registra tortura e mortes de detentos sob custódia do Taliban

Placeholder - loading - Soldados do Taliban em cerimônia do Taliban em Cabul  15/8/2023    REUTERS/Ali Khara
Soldados do Taliban em cerimônia do Taliban em Cabul 15/8/2023 REUTERS/Ali Khara

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(Reuters) - A Organização das Nações Unidas registrou mais de 1.600 incidentes de violações de direitos contra pessoas detidas pelas autoridades talibans, quase metade deles atos de tortura e maus-tratos, principalmente por policiais e agentes de inteligência, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira.

A Missão da ONU no Afeganistão (Unama) disse que 18 pessoas também morreram em prisões e sob custódia da polícia e da inteligência nos 19 meses terminando em julho de 2023.

Os talibans têm contratado e controlado a polícia e a agência de inteligência desde que assumiram o controle do país com a retirada das forças estrangeiras em 2021.

'Nas tentativas de extrair confissões ou outras informações, os detidos foram submetidos a dor e sofrimento severos, por meio de espancamentos físicos, choques elétricos, asfixia, posições de estresse e ingestão forçada de água, bem como ameaças', disse a Unama em um comunicado.

Outras violações incluíram não ser informado sobre o motivo da prisão, não ter acesso a um advogado e cuidados médicos inadequados durante a custódia.

Cerca de uma em cada dez violações foi contra mulheres. Jornalistas e membros da sociedade civil representaram quase um quarto das vítimas das violações.

Em uma resposta publicada com o relatório, o Ministério das Relações Exteriores liderado pelo Taliban disse que o número de violações relatadas não era exato, especialmente o número de jornalistas ou defensores da sociedade civil afetados.

O ministério afirmou que as autoridades e o judiciário estavam trabalhando para aumentar a supervisão e garantir o cumprimento dos decretos do líder supremo que proibiam a tortura ou confissões forçadas.

A ONU disse que os decretos e a permissão de acesso às prisões eram 'sinais encorajadores', mas pediu mais ações para corrigir a situação.

'Esses casos documentados destacam a necessidade de ação urgente e acelerada por parte de todos', disse Roza Otunbayeva, representante especial do secretário-geral para o Afeganistão e chefe da Unama. 'Há uma necessidade urgente de considerar um maior envolvimento com as autoridades de fato para acabar com essas práticas.'

(Reportagem de Charlotte Greenfield)

Escrito por Reuters

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