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'Pai' da revolução verde na Índia morre aos 98 anos

'Pai' da revolução verde na Índia morre aos 98 anos

Reuters

28/09/2023

Placeholder - loading - Monkombu Sambasivan Swaminathan então com 82 anos, em Nova Délhi 12/05/2008 REUTERS/Vijay Mathur
Monkombu Sambasivan Swaminathan então com 82 anos, em Nova Délhi 12/05/2008 REUTERS/Vijay Mathur

Por Shivam Patel

NOVA DÉLHI (Reuters) - O cientista agrícola indiano Monkombu Sambasivan Swaminathan, que deu início à 'Revolução Verde' na Índia há quase seis décadas, o que ajudou a acabar com a fome e transformou o país em um dos maiores produtores de trigo, morreu nesta quinta-feira aos 98 anos.

Swaminathan faleceu em sua casa na cidade de Chennai, no sul da Índia, após uma doença relacionada à idade, informou a imprensa local.

Ele revolucionou a agricultura na década de 1960, quando a China estava mergulhada em uma fome mortal e a Índia mal conseguia sobreviver com apenas importações de itens necessários.

Naquela época, Swaminathan era um jovem cientista que recusou cargos de destaque na academia e no governo para trabalhar com pesquisa agrícola. Ele ajudou a cruzar sementes de trigo que permitiram à Índia mais do que triplicar sua safra anual em apenas 15 anos.

'Seu fim foi muito pacífico nesta manhã... Até o fim, ele estava comprometido com o bem-estar dos agricultores e com a elevação dos mais pobres da sociedade', disse sua filha Soumya Swaminathan, ex-cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, à agência de notícias ANI.

A presidente Droupadi Murmu e o primeiro-ministro Narendra Modi se juntaram aos parlamentares, cientistas e pessoas de todo o país para expressar condolências.

Swaminathan ganhou muitos prêmios por seu trabalho na agricultura, incluindo o primeiro Prêmio Mundial da Alimentação, em 1987 e o Padma Vibhushan, a segunda maior honraria civil da Índia, em 1989.

Em 2008, quando tinha 82 anos, ele disse à Reuters em uma entrevista que a agricultura de conservação e a tecnologia verde eram cruciais para uma 'revolução verde permanente' sustentável do século 21 que poderia levar a Índia a se tornar um fornecedor ainda maior de alimentos para o mundo.

'Ele deixa um rico legado da ciência agrícola indiana que pode servir como uma luz orientadora para guiar o mundo em direção a um futuro mais seguro e sem fome para a humanidade', disse Murmu em uma publicação nas redes sociais.

Reuters

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