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Petrobras eleva diesel em 5,5% na refinaria; gasolina sobe 9%

Placeholder - loading - Placa com preços de combustíveis em posto do Rio no mês passado REUTERS/Ricardo Moraes
Placa com preços de combustíveis em posto do Rio no mês passado REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras elevará o preço médio do diesel nas refinarias em 5,5% e o da gasolina em cerca de 9% a partir de terça-feira, informou a companhia nesta segunda-feira, como resultado de novos importantes avanços da cotação do petróleo no exterior na semana passada.

Com os reajustes, o valor médio do diesel da Petrobras vendido às distribuidoras passará a 2,86 reais por litro, enquanto o da gasolina será de 2,84 reais por litro.

No acumulado do ano, o diesel da Petrobras subiu mais de 40% enquanto a gasolina 54%.

O movimento da Petrobras era aguardado pelo mercado, uma vez que os preços do petróleo tiveram uma nova guinada na semana passada, com decisão do cartel de produtores Opep+ de manter cortes de produção por mais um mês até abril.

Nesta segunda-feira, os preços do petróleo subiram para além de 70 dólares por barril pela primeira vez desde o início da crise do coronavírus, após o Senado dos Estados Unidos ter aprovado um pacote de estímulos de 1,9 trilhão de dólares e com um grupo do Iêmen atacando instalações de petróleo na Arábia Saudita.

No ano, o petróleo Brent (referência internacional) acumula alta de aproximadamente 34%, segundo dados da Refinitiv.

Em nota, a Petrobras reforçou que o alinhamento dos preços ao mercado internacional 'é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras'.

O chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, afirmou que os ajustes foram 'totalmente em linha' com o mercado internacional.

'Agora, o mercado internacional até caiu um pouquinho (no início da tarde), teríamos até paridade, janela positiva, para importação. É a primeira vez que vemos isso em muitos meses, tanto para diesel quanto para gasolina', disse Silva.

'A gente sabe que haverá uma alta bem forte da demanda... ela (a Petrobras) tem realmente que abrir essa janela para os importadores trazerem produto, porque senão poderá haver escassez.'

No entanto, importadoras de combustíveis ainda veem defasagem nos preços praticados pela Petrobras ante os valores do exterior.

'Com esperado, a Petrobras anunciou hoje reajustes... Com os aumentos anunciados, as defasagens médias em relação aos preços de paridade para importações cairão para 0,05 real/l para gasolina e 0,10 real/l para o diesel', disse o presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.

O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.

Na semana passada, o valor médio do diesel nos postos subiu pela sexta semana consecutiva, para 4,23 reais por litro, alta de 1,1% em relação à semana anterior.

Já a gasolina engatou a 11ª semana consecutiva de elevação nas bombas na semana passada, atingindo uma média de 5,29 reais por litro, alta de 2,3% em relação a semana anterior.

Elevações recentes dos preços dos combustíveis pela Petrobras foram alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro, que terminou por decidir não renovar o mandato do atual presidente da petroleira estatal, Roberto Castello Branco, após pressões de caminhoneiros.

Bolsonaro indicou para chefiar a companhia o general da reserva Joaquim Silva e Luna.

A Petrobras informou ao mercado nesta segunda-feira que recebeu ofícios do governo com seis indicações a cargos no conselho da empresa, incluindo nomes com experiência no setor de petróleo e gás, em movimento que abre caminho para a substituição do presidente-executivo da companhia.

O Goldman Sachs disse em relatório a clientes que continua a ver uma avaliação atraente para a empresa, mas que há uma incerteza que poderá continuar até que o novo presidente tome posse e anuncie seus planos de política de preços, processo de venda da refinaria e alocação de capital, entre outros temas.

(Por Marta Nogueira)

Escrito por Reuters

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