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Petrobras recebe 6 indicações do governo ao conselho para encaminhar troca de CEO

Placeholder - loading - Logo da Petrobras na fachada do edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro REUTERS/Sergio Moraes/File Photo
Logo da Petrobras na fachada do edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro REUTERS/Sergio Moraes/File Photo

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SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta segunda-feira que recebeu ofícios do governo com seis indicações a cargos no conselho da empresa, incluindo nomes com experiência no setor de petróleo e gás, em movimento que abre caminho para a substituição do presidente-executivo da companhia após polêmica relacionada aos preços dos combustíveis.

Os nomes serão apreciados em assembleia geral extraordinária de acionistas, que ainda não tem dada marcada, segundo a empresa.

As indicações vêm depois que cinco membros do colegiado da estatal anunciaram na semana passada que não desejariam continuar em seus postos. Além desses, o atual presidente-executivo Roberto Castello Branco, também é conselheiro e deixará o colegiado --ele tem mandato até 20 de março.

A saída dos conselheiros veio na sequência da indicação pelo governo Jair Bolsonaro de um novo presidente para a companhia, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que deverá ter o nome apreciado pelos conselheiros, de acordo com as regras de governança da companhia.

A Petrobras disse que os ofícios indicaram a recondução do atual presidente do conselho, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e de Ruy Flaks Schneider, ambos oficiais da reserva da Marinha.

O governo ainda indicou como novidades no conselho o próprio Joaquim Silva e Luna, além de Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, esta última indicada pelo Ministério da Economia.

A União ainda pode realizar mais duas indicações de membros ao conselho de administração da companhia, acrescentou a Petrobras no comunicado.

Na semana passada, a Petrobras havia informado a renúncia de João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha, todos indicados pelo governo para as cadeiras no conselho, além de Leonardo Pietro Antonelli, membro eleito por acionistas minoritários.

Analistas do Credit Suisse disseram em nota a clientes que viram como 'positiva' a lista de apontados pelo governo.

'Houve três novos nomes, todos com experiência na indústria de óleo e gás e setor privado. Outros três nomes, todos ligados aos militares, já eram conhecidos', escreveram.

No total, o colegiado de conselheiros da Petrobras conta com 11 membros, sendo sete deles indicados pelo acionista controlador. Três são representantes dos minoritários e um representa os funcionários, de acordo com informações do site da empresa.

O conselho da Petrobras aprovou no final de fevereiro a realização de uma assembleia extraordinária de acionistas para destituição de Castello Branco e nomeação de Luna como novo CEO, após pedido do Ministério de Minas e Energia.

Ainda não há data para essa assembleia, segundo a estatal. Na ocasião também devem ser eleitos os novos conselheiros e o presidente do colegiado.

O estatuto da Petrobras define que o presidente da companhia deve ser escolhido pelo conselho dentre os seus membros.

NOMES

Dentre os novos conselheiros indicados pelo governo, Joaquim Silva e Luna é ex-ministro da Defesa e doutor em ciências militares. Ele atuava como diretor-geral brasileiro na hidrelétrica binacional de Itaipu quando foi indicado por Bolsonaro para assumir a presidência da Petrobras após a saída de Castello Branco.

Ruy Schneider é engenheiro industrial mecânico e de produção, além de oficial de reserva da Marinha. Ele é atualmente presidente do conselho de administração da Eletrobras e já foi executivo e conselheiro de diversas empresas.

O conselheiro Marcio Weber é engenheiro civil com especialização em engenharia de petróleo pela Petrobras, onde trabalhou por 16 anos a partir de 1976. Atualmente presta assessoria ao grupo PMI.

Murilo Marroquim de Souza é formado em geologia e mestre em geofísica, com 47 anos de experiência no setor de petróleo. Foi CEO da Devon Energy do Brasil e desde 2011 é chefe de uma consultoria focada na indústria de energia.

Já a indicada pelo ministério da Economia, Sonia Julia Vilallobos, é mestre em administração da empresas e especialista em finanças, com mais de 30 anos de experiência no mercado de ações. Ela já foi conselheira da Petrobras entre 2018 e 2020, eleita por acionistas detentores de ações preferenciais.

(Por Luciano Costa, com reportagem adicional de Paula Laier)

Escrito por Reuters

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