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PF investiga governador de Mato Grosso do Sul por suspeita de corrupção

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Por Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governador do Mato Grosso do Sul e candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi alvo nesta quarta-feira de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal no âmbito de uma nova operação contra a corrupção, na segunda ação policial em dois dias a atingir tucanos de alto escalão.

Agentes da PF estiveram na casa de Azambuja em Campo Grande e na sede do governo estadual para realizar buscas, disse a Subsecretaria de Comunicação do Mato Grosso do Sul. O governador estava viajando para o interior do Estado, e um posicionamento oficial será divulgado mais tarde nesta quarta-feira, acrescentou o governo.

Sem identificar os alvos da ação, a Polícia Federal informou em comunicado que deflagrou operação nesta manhã para combater um 'esquema de pagamento de propina a representantes da cúpula do Poder Executivo Estadual' em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a PF, a chamada operação Vostok tem por base os termos de colaboração premiada de executivos de uma 'grande empresa do ramo frigorífico' que deixou de recolher aos cofres públicos mais de 200 milhões de reais por meio de créditos tributários concedidos através de um esquema fraudulento.

De acordo com a TV Globo, as autoridades utilizaram como base para as investigações as delações de executivos da holding J&F, que controla a JBS.

'O inquérito foi autorizado e tramita perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que decretou as medidas em cumprimento', disse a PF em nota.

'Parte da propina acertada teria sido viabilizada antecipadamente na forma de doação eleitoral oficial, ainda durante a campanha para as eleições em 2014; e alguns pagamentos também teriam ocorrido mediante entregas de valores em espécie, realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, no ano de 2015', acrescentou.

A operação no Mato Grosso do Sul ocorre um dia após o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) ter sido preso por suspeita de recebimento de propina para o direcionamento de licitação para um programa implantado para recuperar e modernizar estradas rurais paranaenses por meio da locação de máquinas pesadas pelo governo.

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reconheceu na terça-feira que a prisão de Richa fragiliza o partido.

Executivos da J&F fecharam acordos no ano passado que envolveram diversos políticos de diferentes partidos e têm servido de base para investigações das autoridades. Procurada pela Reuters, a empresa disse que não vai comentar a operação desta quarta-feira.

No total cerca de 220 policiais federais foram às ruas para cumprir 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária na capital Campo Grande e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna, além de Trairão, no Estado do Pará. São alvos das medidas os endereços residenciais e comerciais dos investigados e os seus locais de trabalho.

Segundo a PF, outras empresas do ramo agropecuário e frigorífico também emitiram notas fiscais frias para dissimulação do esquema de pagamento de propina. Pecuaristas locais responsáveis pela emissão das notas fiscais frias também estão entre os alvos da ação, incluindo um deputado estadual e um conselheiro do Tribunal de Contas Estadual.

Escrito por Thomson Reuters

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