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Piñera troca ministros e tenta conter onda de protestos no Chile

Placeholder - loading - Protesto em Santiago, Chile 28/10/2019 REUTERS/Henry Romero
Protesto em Santiago, Chile 28/10/2019 REUTERS/Henry Romero

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Por Dave Sherwood e e Natalia A. Ramos Miranda

SANTIAGO (Reuters) - O presidente do Chile, Sebastian Piñera, substituiu oito ministros do país nesta segunda-feira, incluindo seus o do Interior e das Finanças, em uma reforma ministerial que visa a amenizar a maior crise política desde o retorno da democracia ao país, em 1990.

Nesta segunda-feira, Piñera demitiu o ministro do Interior, Andres Chadwick, seu primo e conselheiro de longa data, que foi criticado, na semana passada, por chamar os manifestantes de 'criminosos'. Ele substituiu Chadwick, um político de direita, por Gonzalo Blumel, que até agora comandava o ministério encarregado das relações do governo com o Congresso.

Piñera também nomeou Ignacio Briones, um professor de economia, para substituir o então ministro das Finanças, Felipe Larraín.

Na semana passada, os protestos, que saíram do controle, já haviam levado Piñera, um bilionário de centro-direita que derrotara a oposição de esquerda nas eleições de 2017, a prometer mudanças favoráveis ??aos trabalhadores. Ele garantiu aumentar o salário mínimo e as aposentadorias, diminuir os preços dos remédios e do transporte público, além de estabelecer um seguro de saúde adequado.

'O Chile mudou, e o governo deve mudar com ele para enfrentar esses novos desafios', disse Piñera em um discurso televisionado do palácio presidencial de La Moneda.

O país vem enfrentando uma semana de tumultos, incêndios criminosos e protestos contra a desigualdade, que deixaram pelo menos 17 mortos. Milhares foram presos e as empresas chilenas perderam 1,4 bilhão de dólares. A popularidade de Piñera alcançou o nível mais baixo desde o início do seu mandato, enquanto os chilenos estão convocando, via mídias sociais, mais protestos nesta semana. A Organização das Nações Unidas (ONU) está enviando uma equipe para investigar alegações de violações dos direitos humanos ao país.

O Chile, maior produtor mundial de cobre, há muito se orgulha de ser uma das economias mais prósperas e estáveis da América Latina, com baixos níveis de pobreza e desemprego. Mas a desigualdade e o crescente custo de vida têm mobilizado a população.

MUDANÇA DE TOM

Uma pesquisa da Cadem (Instituto de pesquisas do país) publicada no domingo mostrou que 80% dos chilenos não consideraram as propostas de Piñera adequadas, o que foi reconhecido por Piñera em seu discurso nesta segunda-feira.

'Sabemos que essas medidas não resolvem todos os problemas, mas são um primeiro passo importante', afirmou Piñera.

A mesma pesquisa mostrou que o apoio a Piñera caiu para apenas 14%, o mais baixo índice de aprovação de um presidente chileno desde o retorno do país à democracia, três décadas atrás.

Os manifestantes não têm nenhum líder ou porta-voz. Os partidos de oposição divididos do Chile apoiaram os protestos, mas não os lideraram.

Na sexta-feira passada, 1 milhão de chilenos de todas as classes marcharam pelo centro de Santiago, no que constituiu o maior protesto desde o retorno à democracia do país, em 1990, exigindo uma mudança no modelo social e econômico.

Escrito por Reuters

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