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PODCAST LADO PESSOAL – NARDELI GEDRO – CEO DA SAMSONITE BRASIL

Com Millena Machado

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Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

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Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

Legendas:

MM = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

NG = Nardeli Gedro (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

Música de introdução deste podcast: I Still Haven’t Found What I’m Looking For – Banda: U2.

[0:00:26] – MM: Olá!!!! Está no ar, Lado Pessoal, o podcast da Rádio Antena 1. Eu sou Millena Machado e toda semana bato um papo aberto, sincero e descontraído com os executivos que comandam as empresas mais importantes do Brasil. Hoje, revelando seu lado pessoal pra gente, o CEO da Samsonite Brasil, o fabricante mais inovador de bagagens do mundo, Nardeli Gedro. Nardeli... Seja muito bem-vindo!

[0:00:53] – NG: Millena, como vai? Tudo bom com você? Obrigado pelo convite, um prazer estar aqui, compartilhar esse momento com você e com seus ouvintes.

[0:01:01] – MM: Ah...Muito bacana ter você aqui nesse momento, ainda mais abrindo o seu podcast com essa música, I Still Haven’t Found What I’m Looking For do U2, e já me deixa bastante curiosa a seu respeito, quero saber se eu posso considerar você um desbravador nato, você está ...

[0:01:16] – NG: Pode...

[0:01:16] – MM: ... sempre buscando alguma coisa?... rsrs

[0:01:18] – NG: Sempre buscando, pode considerar; eu acho que essa música, de fato, ela revela um pouco... é.... não exatamente a minha personalidade, mas eu acho que da maneira com que eu... é... vejo as coisas, não só no trabalho, mas também no meu lado pessoal, da minha família, é... é bastante apropriado; não é só porque eu gosto, acho que ela tem uma história por trás.

[0:01:40] – MM: E, você, então, está acostumado a se desafiar? Ou a se lançar a desafios?

[0:01:47] – NG: Sim. É... Desde, desde... Eu diria que... de criança. Eu acho que tem algo na minha vida que é bastante... é... que me ajudou e ao mesmo tempo me faz falta, hoje; eu costumo dizer que eu fui criança e fui adulto. É...Eu não... não fui adolescente como deveria ter sido, como normalmente se pode ser, eu acho que eu busquei os caminhos desde cedo, aos 13 anos, 14 anos já busquei minha... buscar desde já o meu caminho, e foi muito difícil né, hoje eu vejo o quanto me ajudou né, isso me traz uma independência grande, hoje, em todos os sentidos, mas ao mesmo tempo é algo que eu não consigo repor, que é a convivência com... com os meus pais...

[0:02:33] – MM: Ah... sim...

[0:02:33] – NG: E esse é o ponto.

[0:02:35] – MM: Ah... sim. Têm os sacrifícios, têm as escolhas...

[0:02:39] – NG: Claro!

[0:02:39] – MM: ... têm os desafios e têm as realizações também. Quando as realizações são maiores ou são tão grandiosas ao ponto de a gente olhar pra trás, e apesar de tudo se orgulhar, é sinônimo de...

[0:02:48] – NG: Uhum, exatamente!

[0:02:48] – MM: ... que valeu, né!

[0:02:50] – NG: Sempre acreditei que a educação muda o mundo...é... muda as pessoas. Eu busquei fazer cursos em cidades quando eu.... não tinham disponibilidade, já pensava 5 anos à frente, tive... muita gente que me ajudou né, eu costumo dizer que ninguém cresce sozinho né e, de fato, ninguém cresce sozinho. Então eu acho que isso é um exemplo que... eu trago que... eu costumo dizer que, um dos valores que mais me toca, que eu valorizo, é cobrar o que você é, aquelas pessoas que te ajudaram; isso é importante né, isso é importante; eu sou muito grato a todos que me ajudaram, e sempre falo: “— o que você diria pra alguém?” “— Olha, agradeça, mas agradeça genuinamente”. É aquele agradecimento e, enfim, acho que... é... eu costumo dizer, também, que tem um lado ruim quando você recebe um favor, “um lado ruim” entre aspas. Na verdade, tudo é muito bom, mas... “o favor”, ele é impagável. Quando você recebe... eu costumo brincar... quando você recebe um valor financeiro, que alguém te empresta um dinheiro...

[0:03:52] – MM: Uhum...

[0:03:52] – NG: .... ou você empresta pra alguém, você consegue mensurar: “—olha, foi tanto, e o período no juros neste período foi tanto, então está aqui, está pago”.

[0:04:01] – MM: Perfeito!

[0:04:02] – NG: É... “Favor”, não tem valor. Então, você deve a vida inteira.

[0:04:07] – MM: Nossa!

[0:04:07] – NG: É... E não é ruim dever um favor...

[0:04:09] – Uhum.

[0:04:10] – NG: É bom... Né! Você cultua aquela retroalimentar coisas boas que eu tenho que ver.

[0:04:14] – MM: Sim, sim; quando é feito de coração, né...

[0:04:18] – NG: Claro!

[0:04:18] – MM: ... a pessoa, também, não tem aquela ânsia em cobrar de volta, ela faz por que ela... pode, porque ela... porque ela quer. Agora, gratidão, nossa, é uma... é um sentimento né, uma atitude também, vamos dizer assim né, é... é uma... uma postura, quase um estilo de vida se a gente for pensar bem, né, hoje em dia. As pessoas... rsrs

[0:04:37] – NG: Concordo, plenamente, viu!

[0:04:37] – MM: ... estão procurando muito exercitar essa questão da gratidão e, também, da empatia, gratidão pela empatia ou empatia pela gratidão, reconheço que não foi fácil você me ajudar, reconheço que você me ajudou, é... entendo. E... dá pra ter gratidão no ambiente de trabalho? Dá pra desenvolver empatia no ambiente de trabalho ou a gente precisa ser mais... focado, mais objetivo?

[0:05:08] – NG: Hoje tem muito mais espaço pra empatia. Eu diria que a escola de...de management, que nasceu no pós guerra, ele tinha muito a ver com produtividade em todos os sentidos; produtividade na fábrica, produtividade na indústria e produtividade no escritório; é... e pouco espaço para reconhecer um trabalho. O pessoal costuma dizer: “— ah, eu preciso ouvir um feedback, ouvir, eu preciso ouvir isso”. Na verdade, as pessoas querem ouvir... às vezes ela não quer ouvir um aconselhamento profissional, clássico; às vezes ela quer, simplesmente, ouvir um ‘obrigado’; isso faz muita diferença. E, hoje, tem muito... não só existe espaço, mas se você não souber lidar com essa sensação, é... com essa... com esse novo jeito de ser, você vai ter sérias dificuldades de reter uma boa equipe... e compreender... compreender o que está acontecendo com a sua equipe. Eu penso, eu falo que... uso alguns exemplos. Hoje, o que está acontecendo no mundo é sem paralelo, ninguém... Uma vez um amigo meu falou: “— eu nunca vivenciei isso”; e eu falo: “— nem você nem ninguém; o que a gente está vivenciando aí ninguém vivenciou isso aí.

[0:06:23] – MM: É verdade, é!

[0:06:24] – NG: É... E o papel da mulher né, sem dúvida, que eu acho que você pode ter tido a oportunidade de falar sobre isso, eu acho que seria bastante relevante, né; mas, sim, existe espaço, e as pessoas cobram sem cobrar, é... quero dizer com isso: se você não der elas não vão te cobrar, mas vão se sentir é... não vão se sentir bem, ‘um obrigado’ não tira a autoridade da liderança. É... Então... E há espaço, sim, pra empatia. Aqueles líderes que conseguem... Muitas vezes as pessoas fazem porque está no escopo de trabalho delas: “— olha, o que você tem que fazer é pro-atividade, tal dia tal relatório, tal dia ir pra reunião, etc., etc.” Só que quando acontece uma demanda adicional, estas pessoas procuram privilegiar aquelas pessoas que têm uma relação mais limpa, mais saudável, de maior proximidade; digo com isso que, às vezes, a equipe joga mais com o líder, do time do líder, do que com a empresa; às vezes o líder tem mais capacidade de mover as pessoas no sentido de uma ideia do que a empresa de um modo geral. Então, a liderança faz muita diferença.

[0:07:35] – MM: Você acredita, então que, entre as muitas características pessoais que um executivo precisa desenvolver, se ele estiver focado, com objetivo de ocupar o posto mais alto de uma empresa, seria essa... saber engajar a equipe, saber conquistar a equipe.

[0:07:52] – NG: Sem dúvida!

[0:07:53] – MM: É a liderança mesmo, é a principal característica.

[0:07:56] – NG: É. E o líder, em geral, ele precisa ouvir mais do que...é... do que fala, ele precisa saber ouvir, e saber ouvir genuinamente. É... Não basta dar ouvidos, você tem que dar espaço: “— eu te dou ouvidos, pode falar”, e aí o cara está lá, muito como hoje, a gente está aqui conversando e está... distraído não, às vezes ele está respondendo uma mensagem ou ele está respondendo um e-mail: “— ah, um minutinho só, já te falo”; é melhor a pessoa sair e ligar pra ele que vai ser mais fácil do que falar pessoalmente, porque por telefone...

[0:08:32] – MM: [Risos] Essa doeu...

[0:08:36] – NG: Quase isso...

[0:08:36] – MM: Mas foi boa! Rsrsrsrs. É... tem que...Tem que ser autêntico....rsrs... É isso aí.

[0:08:42] – NG: Tem que ser autêntico.

[0:08:43] – MM: É isso aí, estou gostando do nosso papo, Nardeli. Deixa eu só entender: você nasceu onde?

[0:08:49] – NG: Mato Grosso do Sul.

[0:09:14] – NG: Eu acho que ela ensina um misto de tudo né, nesse tipo de escola quando você vai pra um tipo de escola, você já traz uma certa experiência; então você, enquanto do ponto de vista técnico, você já está muito bem preparado, você já tem um embasamento técnico muito grande. O que traz esse tipo de...de escola, ele te traz uma provocação; ele te rejuvenesce, ele rejuvenesce as suas percepções, ele rejuvenesce o seu modo de agir. Basicamente, você estar numa posição de CEO há 5, 10 anos, você está muito consolidado. E, quando você vai pra uma escola dessas ou outras que são pares ao redor do mundo, ela meio que te tira da zona de conforto pra você repensar que aquilo que você está fazendo faz sentido. Então, tecnicam.... resumindo a resposta, seria ela, do ponto de vista técnico você está muito bem consolidado, você agrega pouca coisa porque, na verdade, você já tem isso já desenvolvido, o que ela te provoca é o repensar, e ela te provoca é...ela te traz para um mundo das relações; as relações pessoais, as relações das organizações, as relações com os governos, as relações com os concorrentes, então as relações, sobretudo, com a tecnologia e mais... mais... eu diria que eu deixo como a principal, principal aprendizado é: conectar-se com a juventude, e aí eu faço um parênteses: (não é, simplesmente, conectar-se com a juventude ou se fazer no sentido mais jovem; não.) Por vários motivos; o primeiro deles é que essa fala faz sentido, você começa a entender o mundo a partir de uma perspectiva de... de uma geração atrás ou de duas ou de três, dependendo a idade do CEO que vai pra lá ou de outros gerentes, diretores. Mas, você precisa, você deve se conectar porque ali está o consumidor do futuro, queira você ou não. Se você imaginar um país de dimensões continentais e com a população do tamanho do Brasil, o Brasil tem uma particularidade com que... é... nós reclamamos muito do Brasil mas, ao mesmo tempo, a gente para e pouco analisamos quais são as nossas fortalezas. Se eu não estiver enganado, o mundo deve ter, aproximadamente, eu acho que são 12 países com território superior a 2 milhões de quilômetros, e mais, os 12 ou 13 países com população acima de 100 milhões; e mais, 16 países ou 15, alguma coisa assim, com o PIB superior a um trilhão de dólares, e só existem 5 países que reúnem essas três características, entre eles o Brasil.

[0:12:04] – MM: Olha só!

[0:12:05]] – NG: O Brasil, Rússia, Índia, China e os Estados Unidos. Então, esse país, vão falar: “— o Brasil não tem jeito, ah, não sei o quê”; tem, tem jeito sim, óbvio que o Brasil tem jeito. Temos um desafio monumental de não perdermos a esperança e, principalmente, de conectar essa geração mais jovem pra que ela não se desiluda, porque motivos para isso não faltam...[risos] Essa é a questão, né!

[0:12:28] – MM: Vamos falar, então, das suas viagens, quero que você conte, agora, pra gente, o que você leva na sua bagagem né, de vida. Olha, você tem uma experiência global aí como executivo, transitou por vários segmentos, e eu percebo pela sua fala inicial, inclusive, aqui no nosso podcast, que você tem orgulho das suas escolhas, dos locais por onde você passou e tudo mais.

[0:12:49] – NG: Sim.

[0:12:51] – MM: Então, eu separei, aqui, alguns momentos da sua carreira profissional pra gente comentar um pouco; por exemplo, vamos começar aqui, então, com a época em que você estava mais envolvido nesse ambiente esportivo, trabalhando na Alpargatas, trabalhando na Nike, lidando com marcas que têm um grande carinho, na Alpargatas Havaianas, por exemplo, do consumidor, principalmente, no Brasil e no mundo né? Rsrs

[0:13:15] – NG: Ah, sem dúvidas, no Brasil e no mundo!

[0:13:16] – MM: É... Costuma ser presente... é...rsrs.... presente né, pros estrangeiros; e a Nike, também, com todo apelo esportivo, tal. Como é que é o ambiente de trabalho numa empresa esportiva? Ele é tão competitivo quanto os campeonatos? Que tipo de características, sua, você teve que desenvolver ou de repente reprimir, pra poder se dar bem, passar por essa fase?

[0:13:38] – NG: Sim, a primeira resposta é sim; em termos de marcas esportivas elas são absurdamente competitivas, e isso não é ruim. O profissional que começa cedo nessas empresas, ele tem uma grande perspectiva na carreira em qualquer outra indústria. O universo de bens de consumo, em geral, já é competitivo, mas no universo esportivo, ele tem essa particularidade, você lida com o esporte, você lida com atletas, você... é... desenha uma coleção pra você ter um patrocínio com o Clube, às vezes é um negócio que você nem torce pra aquele Clube, mas a empresa está patrocinando aquele Clube e é bom que ele vá bem [risos]. Então, você tem que lidar com paixões; então, você lida com paixões e é complicado e, ao mesmo tempo você aprende a lidar que, por mais que exista coisas envolvendo o futebol, como por exemplo outras atividades, é... culturais; vamos citar um exemplo, o carnaval; o carnaval você está curtindo, está ligado ali diretamente com uma escola de samba ou com aquele universo e não sabe o quão sério é aquilo, que tem investimentos ali, tem o amor pela escola de samba, complica o modelo clube. Então, o universo esportivo, ele é bastante competitivo, e o que eu precisei adaptar foi: ser competitivo, sempre, mas por dentro das quatro linhas; essa é uma regra que eu não vou citar o nome da empresa, mas é pra dizer o seguinte, você pode jogar duro, você pode sim, mas, obviamente, dentro da regra do jogo, e isso é muito praticado nessas empresas, elas levam muito a sério isso, porque isso tem a ver com a filosofia do esporte, da própria empresa. Gostei muito de ter trabalhado nessas empresas, tenho muito orgulho disso.

[0:15:23] – MM: O que seria, então, conta pra gente, uma grande falta numa empresa como essa? Rsrs

[0:15:30] – NG: Uma grande falta seria é... você não... eu nem diria falta de ética, porque falta de ética não precisa estar descrito, você precisa cumprir independentemente da indústria que você atua, né?

[0:15:43] – MM: Uhum... Óbvio!

[0:15:44] – NG: Ética não se discute, os valores da empresa também não se discutem. O quê que não se tolera em geral? Não se tolera um ambiente onde você busca, excessivamente, atingir um resultado sem considerar que você não está só, que você tem uma equipe, e a equipe, às vezes, não é a equipe que está junto com você, mas você tem uma área que presta serviço pra você, e aí você, em função do objetivo que você tem que entregar, você trata mal o colega, você coloca pressão demasiada numa área parceira, você começa a exercer uma pressão que tem que estar mais com você e você meio que transfere essa corresponsabilidade pra uma área que não tem nada a ver; vou te dar um exemplo: eu tenho um projeto pra entregar dentro de uma área de esporte, mas tem uma área de tecnologia, por exemplo, e o cara, ele tem um pensamento completamente diferente do seu, ele não quer saber se você... Ele... o projeto dele é técnico, ele tem que entregar o software funcionando, e você se compromete, por exemplo, você se compromete com um projeto ou com um cliente ou com um comercial que vai ser rodado nas mídias, mas você não perguntou pro colega se ele vai conseguir viabilizar aquilo pra você, e aí você se compromete em nome da empresa e coloca outro no jogo.

[[0:17:04] - MM: Uhum...

[0:17:04] – NG: Isso é um exemplo de que isso não é tolerado.

[0:17:07] – MM: Hummm... Entendi. E me conta um grande gol que você fez aí nessa sua fase, vamos dizer assim, de executivo esportivo.

[0:17:15] – NG: Eu, na verdade, acho que executivo esportivo/moda, né, porque, quando eu entrei na Alpargatas eu entrei pra um canal que fazia gestão de todas as marcas da empresa; depois eu fui... é... um projeto que eu tenho muito orgulho, um projeto de Havaianas, um projeto de fazer, Havaianas nunca... nunca teve lojas próprias até 2010, mais ou menos, e nós, naquela época, resolvemos fazer este modelo de negócio pra dar, até ao seu consumidor, um portfólio mais amplo, dar uma experiência de compra pro consumidor, e esse projeto foi fantástico, em três anos a gente saiu de nada para 432 lojas, isso no Brasil afora. Nós chegamos a abrir quase 100 lojas num ano, teve... me recordo que em 2012, alguma coisa assim, a gente fez uma loja por dia, por cada dia útil no último trimestre do ano, foi... E, hoje, creio que a Havaianas deve ter mais de 500 lojas aqui no Brasil, pelo mundo afora, mas foi um projeto maravilhoso, uma marca emblemática, uma marca que, de fato, se tem uma marca que representa o Brasil é a querida Havaianas.

[0:18:24] – MM: Que legal...! Parabéns, então aí, por todas as conquistas. Agora, eu sei que, depois você passou pra um mercado de luxo e, curiosamente, foi nessa fase que você viveu, na sua vida, um momento praticamente de... subsistência, vamos dizer assim, que você se deparou com fenômenos da natureza, era uma convenção, e... ali, tinha que sobreviver...

[0:18:56] – NG: Sim, sobreviver... Era 17 de setembro, 2017. Em 1985, nessa mesma data, o México sofreu um terremoto de 7 ponto 7 ponto 20, alguma coisa assim, morreram centenas de pessoas. É... E todo ano nessa mesma data o governo, as escolas, empresas, elas fazem uma simulação de como... em eventos dessa natureza, [...] de novo, como evacuar os prédios, como evacuar as escolas, etc., etc. Nós estávamos na Convenção e, antes do almoço lá, o organizador nos chamou e disse: — “olha, nós vamos fazer uma... vocês vão ouvir uma sirene, trata-se de uma simulação de como evacuar, pararará...” e deu algumas regrinhas; “— olha, a principal regra que vocês precisam obedecer numa situação de simulação ou real, vocês não devem correr; “segundo: vocês não devem gritar” e, entre outras dicas, mas essas foram as principais; “— tudo bem? — Tudo bem”. Eu, pessoalmente, eu tive um irmão que morou anos no México, anos, e ele convive com isso há... conviveu muitos anos com isso e sempre comentava o que aconteceu.

[0:20:15] – MM: Nessa época você era CEO da Sunglass Hut?

[0:20:18] – NG: Sunglass Hut, isso, exatamente!

[0:20:20] – MM: Tá!

[0:20:21] – NG: É... E nesse período...ô... eu sempre fui muito bem preparado, dizem que eu me [...] isso é demais, isso é muito... preparado pra tudo....

[0:20:28] – MM: Muito prevenido...rsrsrs

[0:20:32] – NG: Muito prevenido. E eu disse pra minha equipe, estava eu e mais cinco pessoas: “— olha, entrando como fila, pega lá, você não pode esquecer de duas coisas, você pode estar só de bermuda, mas você não pode ficar longe do passaporte nem do cartão de crédito...

[0:20:46] – MM: Eita!

[0:20:46] – NG: O resto você se vira!

[0:20:47] – MM: Ahnnn...

[0:20:47] – NG: É... e eu sempre... Bom, ficamos né, bom. Aí na hora do almoço, fizemos a simulação, voltamos pra almoçar. E aí, naquele momento, eu ouvi um barulho, um barulho que eu nunca tinha ouvido na minha vida, um barulho que vinha do fundo da Terra, vinha dos meus pés, um barulho, assim, que era assustador... é... e eu senti que era terremoto; eu senti que era terremoto, eu levantei da mesa e falei pra minha equipe; “— é terremoto”; mas não falei com essa calma, óbvio, eu falei: “— vamos, é terremoto”, quase que gritando, “—vamos, vamos, vamos”, e o barulho foi aumentando, aumentando, aumentando, aumentando, e aí começou a cair tudo; aí começa a cair lustres...

[0:21:24] – MM: Uhummm...!

[0:21:24] – NG: ...começa os pratos pulavam da mesa e, de fato, foi uma catástrofe, nós conseguimos sair né, nós tivemos feridos lá, pessoas que ficaram feridas que estavam nos quartos e não conseguiram sair, a maioria conseguiu sair, eu consegui sair, fui pro jardim e lá fiquei, a defesa civil interditou o prédio, ninguém podia voltar. E tem um detalhe, nós estávamos numa... numa região de montanhas, num hotel fazenda, e a única ponte de acesso ao hotel desmoronou.

[0:21:56] – MM: Ahrrrr...

[0:21:57] – NG: Então nós ficamos dois dias sem....sem nada...

[0:22:01] – MM: Isolados!

[0:22:01] – NG: Sem....Isolados... Mas eu estava com a minha mochila, eu estava com meu...

[0:22:03] – MM: Tinha luz? Tinha energia?

[0:22:03] – NG: Não tinha energia, sem nada!

[0:22:07] – MM: Ahhnnn... Humm...

[0:22:09] – NG: E dormimos ao relento, assim; alguns conseguiram pegar um espacinho, assim, na... que o hotel estava interditado, ninguém podia entrar. É... Mas... E eu consegui avisar em casa: “— olha, deu um terremoto”, mandei um what, sabe, mandei um what: “— terremoto aqui, vou desligar para economizar a bateria; ponto, desliguei.

[0:22:28] – MM: Nooossa!

[0:22:28] – NG: É... E ligava o celular cada duas, três horas pra mandar um sinal, mas foi em sobrevivência, foi... aquele dia eu achei que eu fosse morrer, né, e foi o maior terremoto da história do México.

[0:22:38] – MM: E aí você saiu, ali, daquele ambiente conforme o treinamento, o treinamento foi útil ou chega na hora do pânico e aí muda toda a atitude?

[0:22:45] – NG: Não, ninguém obedecia...rsrsrs...

[0:22:48] – MM: Ai, meu Deus!

[0:22:48] – NG: A primeira... a primeira regra: não corra! Todo mundo correu...

[0:22:51] – MM: Você saiu correndo?

[0:22:51] – NG: Todo mundo correu...rs

[0:22:51] – MM: Ahh... meu Deus! Gritar... E aí você falando alto: “— terremoto, terremoto” [risos].

[0:22:56] – NG: É, então; segundo: não grite! Porque, se você grita, você perde a orientação de sempre ter alguém treinado, ali, pra mostrar...

[0:23:03] – MM: Liderando...

[0:23:04] – NG: ... porta de saída e tal.

[0:23:04] – Uhum, uhum... Orientando, é.

[0:23:05] – NG: Liderando. Mas, enfim; olha: ‘não corra!’, todo mundo correu; “não grite!”, todo mundo gritou. Rsrsrs

[0:23:10] – MM: Geeente!

[0:23:11] – NG: Rsrs... Mas, foi uma questão que aquilo...

[0:23:12] – MM: E aí? Você teve que se virar, então, com a roupa que estava...ahnnn...

[0:23:17] – NG: Fiquei três dias com a roupa que estava. Mas eu fui um que passei bem, eu passei, literalmente, bem, porque eu estava com uma jaqueta, de calça comprida, e que também lá era uma região fria, estava todo mundo com.... digamos, os caras estavam... agasalhados, assim, dentro do possível. Mas muita gente, na correria, torce o pé, esbarra o outro, aquelas escoriações leves, graças a Deus foi tudo leve ali e ninguém morreu; mas, na cidade, no país inteiro foram mais de cem mil mortos, foi um negócio absurdo!

[0:23:47] – MM: Nooossa!

[0:23:47] – NG: E... todo o meu treinamento de estar preparado valeu muito a pena, e eu senti, e eu senti antes da minha equipe, foi Deus que me usou naquele momento, eu senti antes e tirei a minha equipe dali.

[0:23:59] – MM: Você tem isso da....da sua intuição? Você percebe a sua intuição, age muito conforme a intuição?

[0:24:06] – NG: Olha, eu diria que, agir por intuição é.... não é minha primeira escolha, mas, elas... todos, todos nós temos alguma intuição em algum momento, na tomada de decisão. Quando a decisão é fácil você nem precisa usar a intuição.

[0:24:24] – MM: Me conta, agora, uma coisa: você tem uma passagem por uma empresa de artigos femininos, íntimos, que está ouvindo deve estar curioso, pensando...

[0:24:32] – NG: Uhumm...

[0:24:32] – MM: .... o que será? [risos]. Socialmente aceito...rsrsrs...

[0:24:38] – NG: Totalmente!

[0:24:38] – MM: Uma empresa de lingerie, e eu queria saber de você como é que é essa experiência, né,,. de você estar numa empresa, você falou que gosta de esporte, passou super bem pelo esporte, também transitou super bem aí pela Sunglass né, artigos de luxo, está na Samsonite artigos de luxo também.... Bom, têm várias marcas o Grupo Samsonite né, não só luxo, corrigindo aqui né, tem pra todos os públicos.

[0:25:02] – NG: Claro...

[0:25:03] – MM: Mas, como é que foi a experiência de trabalhar pra uma empresa que tem... pra uma marca que tem produtos que você não usa, produtos de outro gênero ou produtos íntimos, como lingerie, que são peças para as mulheres?

[0:25:19] - NG: Olha, foi uma experiência fantástica! Em todas empresas que eu passei, uma das minhas principais é... eu percebo que... é uma qualidade minha, uma qualidade de conseguir se adaptar rápido, é... nessas empresas você não vai tão longe se você não se adaptar ao ambiente da empresa, se você não entender o ecossistema como é e tal, não basta ser rápido, não basta ser forte, já vi... isso já vem lá... há muito tempo atrás né, não é o mais rápido e nem o mais forte, é aquele que melhor se adapta.

[0:25:51] – MM: Uhum...

[0:25:51] – NG: Eu acho que isso, pra mim, funciona super bem; nesse momento eu procuro entender como as mulheres decidem? Então, como decidem elas se elas vão usar uma lingerie? De um modelo ou de outro? E o primeiro ponto que eu, como homem, precisa aprender é que todo produto ele tem um propósito; como você vai usar uma chuteira pra jogar em grama natural ou chuteira pra jogar em grama sintética. Isso...

[0:26:18] – MM: Humm...

[0:26:18] – NG: E a mulher é a mesma coisa, ela vai usar uma lingerie diferente, se uma lingerie pro trabalho, uma lingerie pra um jantar, uma lingerie pra uma festa, e isso tudo tem a ver com a vocação; qual é o propósito do produto? Então, isso foi um dos meus primeiros aprendizados, que o homem não tem ideia, veja bem do lado eu comentava com o pessoal e falava: “— olha, você sabe qual a relação de um soutien mal desenhado pra uma mulher? — Ah, não sei” — Então, olha, pega um sapato dois números menores e anda com ele o dia inteiro”.

[0:26:49] – MM: Rsrsrs... Verdade! Rsrsrs... É verdade, é bem verdade...rsrs... Quanto desafio, hein, Nardeli? Quanto aprendizado! Né...

[0:27:01] – NG: Quanto, quanto...

[0:27:01] – MM: Além dos segmentos variarem, e de você mudar de assunto, é... você também acabou viajando, o mundo, passou por mais de 20 países aí...

[0:27:12] – NG: Uhum...

[0:27:12] – MM: ... viajando, fazendo negócios, trabalhando, fazendo reuniões, morou fora também, mais de 20 países, é muito país, hein! Tem algum país que você ainda não conheceu e que tem vontade de conhecer...rsrsr...?

[0:27:25] – NG: Tem, tem bastante... Ah, tem muitos né! Na verdade, eu prefiro falar daqueles que eu conheci e que gostei muito né, porque...

[0:27:31] – MM: Ahm. Então me conta...

[0:27:32] – NG: Eu tirei, acho que 2019, 2018, numa das idas lá pra... pra Ásia que tinha bastante ida pra ficar, ninguém vai pra China e volta na semana seguinte né, você tem que ir e, no mínimo, ficar um mês, um mês e pouco, e tal, você quer ficar num lugar e tal...

[0:27:45] – MM: Dá uma esticadinha né? Aproveitar que está lá, já mudou o fuso horário, né, trocou o dia pela noite, literalmente...rs...

[0:27:51] - NG: É... Trocou o dia pela noite né? E o Sri Lanka. Sri Lanka é um país pequeno, um país aí de... digamos, Sul da Índia, e é uma independência pós guerra, ex-colônia britânica, mas que é de uma cultura absurdamente encantadora; um país pobre, mas que te recebe muito bem, né, onde você tem a presença da religião muito forte, majoritariamente hindu, e... são muito amáveis, muito amáveis, é difícil você imaginar, eu nunca encontrei, todas as vezes que eu tive em contato com eles, são muito próximos; a gente acha que o brasileiro é próximo, talvez, o mais próximo ainda que eu presenciei né, sejam os hindus, não pela religião em si, mas, talvez sim, mas essa capacidade deles de... de entender, de sobreviver à tamanha dificuldade, do idioma também, dois idiomas, impossível entender o idioma local, é... é de uma outra família de linguagem, é totalmente impossível né, pra mim...rsrs... pra mim é impossível. Mas acho que esse é o país que mais me chamou a atenção, eu voltaria lá pra ficar mais tempo.

[0:29:06] – MM: Olha... que interessante!

[0:29:08] – NG: E tem um chá que é fantástico né, o famoso chá do Ceilão, hoje é Sri Lanka, mas foi o antigo Ceilão, então, os melhores chás do mundo saem de lá.

[0:29:16] – MM: Oooolha! Fica a dica aí pra quem está procurando alguma coisa diferente pra fazer, quer se expor a algo mais, vamos dizer assim, exótico, tudo que é diferente da gente a gente acha que é exótico né... rsrsrs...

[0:29:28] – NG: Isso mesmo, exatamente! Rsrs...

[0:29:29] – MM: Rsrs... Questão de ponto de vista. Então, fica uma dica importante aí, quando puder né, as malas já têm...

[0:29:36] – NG: Quando puder...

[0:29:37] – MM: Garante as malas...rsrs

[0:29:39] – NG: Já garante as malas... exatamente!

[0:29:39] – MM: Com a Samsonite...rsrs... E vai viajar o mundo. E tem alguma coisa especial ou muito única, alguma coisa assim que você preserva entre todos os momentos que você procura sempre fazer quando está com a sua esposa ou quando está com as suas filhas? Você tem duas filhas, duas meninas?

[0:29:58] – NG: Uhum, uhum, isso!

[0:29:59] – MM: Tem alguma coisa, assim, que você não abre mão?

[0:30:00] – NG: Tem sim.

[0:30:00] – MM: Ahn?

[0:30:02] – NG: Olha, eu não abro mão de... pras duas filhas, né, começando por elas, eu não abro mão de... dé e ser presente.

[0:30:12] – MM: Olha!

[0:30:13] – NG: É... de... Quando a mais velha tinha... até 6, 7 anos, eu dava banho nela, colocava na cama, contava história e ela ia dormir; depois disso, por razões óbvias, eu parei de dar banho nela, continuei contando história até mais tempo... [risos]. A pequena a mesma coisa, a menor, agora; então, eu não abro mão, e se, por acaso, eu esquecer, ela não abre mão...rs.

[0:30:37] – MM: Ahhrr... que legal... que bacana! Fortalece o vínculo né, entre pai e filha!

[0:30:43] – NG: Mas muito!

[0:30:43} – MM: Uhum...

[0:30:44] – NG: Todos os dias, ela não dorme sem que eu conte uma história pra ela dormir; ela, na verdade, tem dia que ela pede 4 histórias, aí eu falo: “— duas tá bom?”. Ela já está negociando. É... e não abro mão disso, né, de contar história e cantar pra dormir. Então, essa... E com a esposa eu, fora o amor, o quanto ela me ... me ajuda, o quanto ela... ela é responsável pela... eu diria, assim, que ela é responsável pela família mais do que eu, mas muito mais do que eu.

[0:31:17] – MM: Ahnnn.... Ela é parceirona, então?

[0:31:20] – NG: É. Super.

[0:31:20] – MM: Muito bem! Nardeli, qual é, na sua opinião, assim, a grande transformação mundial que.... que o mundo precisa ou que novidade do mundo você gostaria de presenciar ainda? O que falta, hein?

[0:31:36] – NG: As empresas, de um modo geral, elas precisam adotar uma nova... uma nova postura em relação às questões socioambientais, isto é muito.... Hoje está muito... isso está sendo muito discutido, as questões relacionadas ao meio ambiente e relacionadas à inclusão social, e aí não é só diversidade. É muito comum que.... é... eu vou...pra dar um exemplo, muito claro: era muito comum as empresas, quando faziam... ainda é comum, faziam o recrutamento elas determinavam a partir de quais instituições de ensino deveriam vir os seus candidatos.

[0:32:16] – MM: Uhum...

[0:32:17] – NG: Isso, obviamente, provoca um.... uma seleção injusta, uma seleção.... Muita gente conde... Essa é a minha opinião, eu, Nardeli, não é a opinião, necessariamente, da empresa que eu represento no Brasil. Mas, hoje, nós, não, quando vamos buscar uma... uma posição, nós não...é... estabelecemos qual ou de qual instituição devem vir os candidatos. Não, nós estamos totalmente abertos e temos isso globalmente, sendo como uma empresa que tem equilíbrio na contratação e justiça é... para que todos os candidatos tenham.... tenham oportunidades iguais. E outro ponto, falando dessa questão ambiental, como já foi dita, a questão social, nós temos um programa que... de equilíbrio de gênero; eu faço parte de um grupo da empresa, fora do Brasil, onde nós vamos promover o equilíbrio ou a equidade de gênero, oportunidades iguais, não se trata de favor. Muita gente acha que: “— ah não, vamos ter que abrir cotas para mulheres”. Pode chamar como quiser, o fato é que as mulheres, elas avançaram e conquistaram um espaço ‘não por favor’, lutando contra uma série de... o mundo ainda representa uma série de barreiras para as mulheres. Nós temos isso de maneira muito clara, que nós vamos equilibrar postos de liderança em dois mil e... tarará. Nós vamos...rsrs... Essa suposta divisão...

[0:33:51] – MM: Rsrsrs... Muito estratégica....

[0:33:52] – NG: É.... muito estratégico.

[0:33:54] – MM: Nossa... Maravilha! Parabéns! Parabéns!

[0:33:57] – NG: Obrigado!

[0:33:58] – MM: Vou ficar atenta pra assistir, né?

[0:34:01] – NG: Por favor!

[0:34:01] – E... curtir essa... essa posição, essas realizações. Que bom, que bom! Parabéns! Ah Nardeli, como o tempo voa, né? Foi um prazer ter você aqui com a gente...rsrs...

[0:34:12] - Obrigado! Pois é, né?

[0:34:13] – MM: Foi muito legal, foi um papo inspirador. Parabéns pela sua trajetória profissional, que você seja cada vez mais reconhecido profissionalmente, que possa realizar cada vez mais na sua vida, que tenha muitos sonhos, que você continue firme nos seus propósitos, e que encontre empresas que tenham sinergia com o que você acredita e faz no seu dia a dia, é... e isso a gente pode chamar de sorte, né...

[0:34:38] – NG: Uhum... É verdade, é sim.

[0:34:36] – MM: Às vezes a gente precisa trabalhar pelo salário, às vezes a gente trabalha por uma posição profissional e, às vezes, a gente tem a sorte de trabalhar pelo propósito de encontrar o que a gente realmente acredita e gostaria de fazer; então, que venha, continue vindo essa sorte aí pra você, vamos chamar assim, com muito merecimento que você tem, viu! Eu gostei bastante!

[0:34:58] – NG: Muito obrigado!

[0:34:58] – MM: Espero que tenha sido bom pra você!

[0:35:00] – NG: Eu também! Ótimo, perfeito! Obrigado pela oportunidade; fico muito feliz e... desejo muita... muita força pra todos nós né, pra todos os brasileiros que... está tudo muito... muito difícil, mas as pessoas precisam acreditar, e cada um a sua maneira de cuidar como puder em lidar com essa situação, à maneira que puder, sem... sem colocar nenhuma outra variável na conta. Acho que a gente tem que entender que... isso tudo aconteceu por alguma razão, né, e a gente precisa eliminar as questões de política de tudo isso e... e tentar cuidar de você, da família, dos bairro, do país, de uma maneira que a gente consiga sair mais fortalecido de tudo isso.

[0:35:49] – MM: E isso aí, muito bem, muito bem! Tudo de bom pra você e muitas e boas viagens, hein? Rsrs

[0:35:53] – NG: Obrigado! Pra todos nós. Obrigado! Um abraço a você e seus ouvintes.

[0:35:57] – MM: Um beijo... Obrigada! Muito bem! Lembrando, gente, que esse podcast com o lado pessoal de Nardeli Gedro, que é CEO da Samsonite Brasil, vai ficar disponível aqui, na Rádio Antena 1, e você pode escutar muitas vezes, pode compartilhar também; então, faça isso, fique à vontade, hein! E a gente volta a se encontrar no próximo podcast. Até lá, então... Tchau!

Escrito por Millena Machado

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