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Podcast Lado Pessoal- Ailton Santos - CEO Nokia Brasil

Com Millena Machado

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Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

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Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

AS = Ailton Santos (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

Música de introdução deste podcast: My Way – Frank Sinatra

[0:00:28] – MM: Oláaa!! Está no ar, Lado Pessoal, o podcast Rádio Antena 1. Seja muito bem-vindo... bem-vinda! Eu sou Millena Machado e juntos nós vamos descobrir o que pensa, como decide, e o que inspira os executivos que comandam as empresas mais admiradas do Brasil. Hoje, revelando o seu lado pessoal pra gente, Ailton Santos, CEO da Nokia Brasil. Olá, Ailton, seja muito bem-vindo!

[0:00:55] – AS: Olá Millena! Bem-vinda!... Obrigado pelo convite; é um prazer estar aqui.

[0:01:01] – MM: O prazer é todo nosso! E é claro que eu vou te perguntar, com essa música de abertura aí né, interpretada pelo Frank Sinatra, My Way, o que ela diz sobre você, se ela já evidencia aí que você tem um jeito autêntico de ser? rsrsrs.... Gosta de fazer tudo do seu jeito, não se importa com críticas, nem censuras e vai... rsrs.

[0:01:24] – AS: Ahnnn... Bacana...bacana... É, essa música é especial e.... e um dos motivos que eu escolhi essa música.... eu acho, até, porque a palavra Meu... My Way, ela tende a aparecer que é uma coisa que a gente faz do nosso jeito; mas é importante ressaltar que a gente não faz sozinho, mas a gente toma escolhas, a gente faz escolhas. E nesse meu momento de vida é legal poder olhar pra trás e ver as escolhas que a gente faz, os caminhos que a vida nos leva né, a gente pensa em tantos momentos aí de importantes decisões ao longo da vida, e eu sou muito grato pelas decisões que eu fiz, pelas escolhas que eu fiz e.... e eu achei legal que você escolheu um trechinho da música que é um dos trechos que eu mais gosto, quando ele fala que ele, talvez, tivesse muita coisa pra mastigar, mais do que deveria e, por muitas vezes, eu tive esse sentimento, esse nossa, cara, tanta coisa que tem de responsabilidade, tanta coisa pra fazer, e esse sentimento, algumas vezes, vem, já veio, mas faz parte, e a vida é assim mesmo, a gente tem que encarar aos desafios e fazer as escolhas. Obrigada, então, pela música.

[0:02:30] – MM: Então, quer dizer que você está acostumado a receber muitas responsabilidades pelo jeito né, e o volume de coisas que vêm pra você é sempre grande, é isso? Ou você costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo, como é que é isso?

[0:02:44] – AS: Eu acho que a vida né, de cada um de nós é uma responsabilidade. A gente, em cada fase da vida que a gente passa a gente tem as escolhas e essas escolhas pra aquele momento, daquela dimensão são as coisas grandes né, a escolha de onde a gente vai estudar, a escolha do curso que a gente vai fazer, da profissão que a gente vai fazer, as escolhas pessoais, as escolhas sobre as empresas que você vai trabalhar e dentro dos seus cargos a sua responsabilidade, as escolhas que você toma pra você obter sucesso. Então, assim, quando você chega no alto, a gente olha pra trás né, que é um exercício que eu gosto de fazer sempre, então eu penso assim: nossa, quantas escolhas foram feitas, e que bom que eu estou feliz com as escolhas que eu fiz né, você sempre sabe só o caminho daquilo que você escolheu, você nunca vai saber o caminho que você não escolheu.

[0:03:37] – MM: É....

[0:03:37] – AS: Então eu acho que é.... é legal e é um exercício de gratidão você, também, poder olhar e, sabe, assim: “— pôxa, como eu sou... é.... como eu tenho sorte, como eu tenho privilégios e ser uma pessoa realizada e feliz com as escolhas que eu fiz”.

[0:03:50] – MM: Uhum...

[0:03:50] – AS: Gratidão não é só também... ser educado, né, dizer muito obrigado, mas gratidão é também poder olhar pro lado cheio do copo e dizer assim: “— que bom que eu estou onde estou”.

[0:04:00] – MM: Ah, eu gostei tanto disso que você falou, que a gente não tem como saber né, os resultados, as consequências das escolhas que a gente não fez; claro que, pelo sim pelo não, sempre são escolhas né, não fazer isso ou fazer aquilo; mas.... daquilo que a gente não escolheu, né, que curioso isso! E aí, nesse... com essa postura, esse posicionamento de vida que você tem, então, realmente, arrependimento nunca.

[0:04:24] – AS: É6, eu acho que arrependimento é uma palavra complicada, porque como é que eu vou me arrepender daquilo que eu não... não fiz e não conheço?

[0:04:31] – MM: Uhum...

[0:04:31] – AS: O que eu posso dizer é que todas as escolhas que eu fiz, elas contribuíram sempre pra alguma coisa positiva. Quando eu fiz as escolhas e obtive sucesso é obvio que é positivo, e pras escolhas que eu fiz que eu não tive sucesso, elas me fizeram quem eu sou, elas me fizeram aprender, elas me fizeram crescer; então, eu acho que arrependimento não é uma palavra que cabe nesse sentido, sabe! Acho que a gente tem que estar sempre consciente das escolhas que faz e entender que nem sempre a gente vai escolher o sucesso, mas a gente sempre vai escolher o crescimento do aprendizado.

[0:05:04] – MM: Então, agora, eu vou querer saber como é que você escolhe. Você usa a cabeça, o coração, os dois, é muito mais pela racionalidade [risos], pela intuição; como é que acontecem as escolhas? Você escolhe rapidamente, você planeja muito, pondera demais? Me conta, como é que é isso?

[0:05:23] – AS: Ah, eu aprendi com a vida fazer um equilíbrio né, eu gosto... eu sou... eu sou... minha primeira faculdade eu fiz faculdade de matemática pura, então eu sou um cara muito lógico, muito racional né, e muito metódico, trabalhando pra empresas multinacionais a vida inteira a gente aprende o desenvolvimento pra fazer escolhas né. A nossa formação educacional e a própria experiência que você tenha vivido ensina que você ter métodos e você ter procedimentos e fazer a escolha com critério te ajuda a fazer escolhas melhores. Só que eu nunca abro mão, também, do feeling, do sentimento, daquilo que você traz e carrega de emoção, esse é o meu lado é... humano que equilibra; eu acho que eu gosto bastante, também, de escutar as outras pessoas, e quando a gente escuta, às vezes, não vem só os conselhos racionais, às vezes vêm os conselhos de insights né. Então é... não é.... Não se trata, necessariamente, de.... de tomar decisão baseado em fé, mas significa tomar decisão baseado em condições humanas, não abrir mão daquilo que é o mais legal e bacana que nós temos hoje, que é a nossa humanidade.

[0:06:33] – MM: É... Olha, que curioso né? Meu pai também é formado em matemática... rsrsrs...

[0:06:39] – AS: Ah é?...rsrsrs

[0:06:39] – MM: É...rsrs... E eu sei como é que é...conviver... [risos] com matemático...

[0:06:44] - AS: Pois é...rs.

[0:06:44] – MM: É bem isso como você descreveu. Mas sabe uma coisa que eu também observo? É que... que tem um pouco, assim, até de filosofia, parece...rsrs na matemática...

[0:06:55] – AS: Tem... É.

[0:06:55] – MM: Porque tem muita abstração né. Então, criam-se as convenções e acredita naquilo, então ‘1’ é isso, significa essa quantidade né, essa palavra ‘um’, e o desenho do ‘1’ é assim né, o símbolo do ‘um’ é assim, e as contas...

[0:07:09] – AS: Verdade...

[0:07:09] – MM: ...e tudo mais, tal. Então, é... É curioso isso né? É racional, é o lado exato, mas também tem essa coisa da... da abstração também né, e...

[0:07:23] – AS: Verdade, você tem os axiomas que, na verdade, são os seus princípios, não é muito diferente da fé; a fé... a fé trabalha com alguns princípios, a matemática trabalha com seus axiomas, seus teoremas, seus corolários que são a base pra você construir o resto; você tem total razão, é muito forte né?

[0:07:40] – MM: É... E aí por isso que eu quero saber mais, assim, de você, a respeito disso. Quando você faz os seus planos, planos de vida, planos pessoais, você cria...rsrs... essas teorias, esses axiomas né, ou os teoremas, como você mesmo colocou aqui, depois tenta provar, vai construindo fórmulas, vai pensando como é que uma coisa encaixa na outra, e tudo, pra se realizar?

[0:08:06] – AS: Ajuda bastante, sabe... É... E aí a gente chama, às vezes, isso de orite, o que seria né? Quando eu comentei.... depois que a gente toma a decisão, a gente não consegue mais olhar pra trás e saber as escolhas não fez, e nem deve né; quando a gente faz uma escolha, né, você compra uma peça de roupa, a pior coisa que você pode fazer pra você mesmo é procurar, logo em seguida, uma outra peça [rsrsrs], porque você vai ficar em dúvida, então....rsrs... quando você toma uma decisão...

[0:08:29] – MM: Rsrsrs...Ou compra alguma coisa na promoção, né? Fala: “espera aí, deixa eu ver se eu fiz uma boa compra”. [rsrsrs]

[0:08:32] – AS: Pois é! Exatamente. Então, quando a gente toma uma decisão, aí o foco é na execução, mas até a hora da tomada de decisão, quanto mais cenários se você analisar, melhor né, aí você vai pelos orites: “— e se eu fosse por esse caminho? —E se eu fosse por aquele caminho?” Então, às vezes, têm alguns processos desses órios que são bem interessantes pra que a gente possa tentar entender aí, obviamente, como você falou, é... a base são premissas né, dentro do negócio, equivalente ao axioma de onde estaremos, nós somos só as premissas, ou seja, você defende algumas premissas, e aí com essas premissas que a gente trabalha, a gente trabalha cenários de alternativas pra tomar decisões.

[0:09:13] – MM: Uhum...

[0:09:14] – AS: Então são processos sempre interessantes.

[0:09:15] – MM: É.

[0:09:14] – AS: Depois que tomou a decisão, aí executa e vai ser feliz. Foco na execução.

[0:09:20] – MM: [Rsrsrs] É isso aí. E nesse mundo, olha quanta coisa né! É... quase aí um... vamos dizer assim, um paradigma, então, porque você traça cenários, tem toda essa lógica e todo esse preparo, essa facilidade né, e também planeja e consegue fazer as análises e tudo e, ao mesmo tempo, o mundo está tão dinâmico né, tanta coisa ao mesmo tempo, nunca a gente recebeu tanta informação, você trabalha numa empresa que conecta pessoas né, que favorece...

[0:09:46] – AS: Exatamente...

[0:09:46] – MM: ... e evidencia a comunicação, a globalização do mundo, e aí como é que fica, pra você é quase como um dilema o seu dia a dia? Planejar e ao mesmo tempo decidir e agilidade da transformação do mundo e o seu jeito de ser, como é que é?

[0:10:02] – AS: Ah, esse é um excelente ponto, Millena. Quando você fala em transformação do mundo, o mundo sempre se transformou né, a gente sempre acha quando está na nossa vez de... de... os contemporâneos né, de achar que o mundo, agora, está se transformando, mas se você olha pra história da humanidade, ela sempre se transformou. O que eu vejo de diferente, agora, é em relação, talvez, aos nossos antepassados, é que a velocidade das mudanças está maior, parece maior né, até porque o pequeno mundo digital, o mundo da conectividade me permite com que os ciclos de mudanças sejam cada vez mais curtos né, entre o processo de você... e isso tem tudo a ver com o assunto que a gente estava discutindo das escolhas, porque quando você tem um ciclo de mudanças a sua frente, você tem um tempo pra fazer análise das escolhas; quando esse ciclo diminui você tem que fazer uma análise muito mais rápida, também, das escolhas. É.... O mundo, por exemplo, se você pega as empresas que... as grandes empresas que se formaram nas décadas de 80 e 90, eram empresas que ficavam cada vez maiores porque tamanho e escala em eficiência eram os grandes diferenciais né, você tinha lá as teorias de Michael Porter que dizia: “— olha, barreiras de entradas” se você for, por exemplo, um hotel pequenininho vai ser difícil competir com uma rede, se você for um mercado pequeno, você vai ser difícil de competir com uma rede; então o paradigma era: “quanto maior você for, mais difícil para os menores competirem”. E aí, com esse mundo digital, agora, mudou um pouco esse paradigma, não é o peixe maior, é o peixe mais rápido que sobrevive, o time do marketing. As empresas que são mais ágeis em lançar produtos e lançar inovação, e as inovações têm um tempo de vida mais curto, os consumidores estão mais exigentes, há quem quer um telefone moderno num ano, no outro ele quer um totalmente diferente, ele olha e acha que não mudou nada, né; então, a.... esse mundo que a gente vive hoje encurtou o tempo da necessidade de mudanças, com isso todo o tempo de tomada de decisão também foi encurtado, e aí é legal a gente entender isso né, e saber que tinha as mudanças, elas vão acontecer, cada vez mais rápido, elas nunca vão deixar de acontecer, só que cada vez mais rápido. E aí um ponto importante, fazendo aí antes de devolver a palavra à questão do My Way, né, eu que já estou numa fase, agora, já partindo pros meus 50 anos, já começo a fazer reflexões, também, já tem pista pra trás, é saber o seguinte, tudo aquilo que eu construí até agora, que pra mim eram conceitos, eu tenho que tomar cuidado pra que eles não virem “pré-conceitos”.

[0:12:44] – MM: Olha!

[0:12:45] – AS: Porque o mundo mudou, e o que eu construir agora, eu tenho que reconstruir de novo, e esse é o desafio de todos nós; enfim, eu não tenho medo de envelhecer, eu tenho medo de achar que eu já construí o suficiente e que não devo reconstruir mais. Eu tenho medo de fazer com que os meus conceitos, que são meus grandes ativos, virem “pré-conceitos”, que seria um grande passivo.

[0:13:06] – MM: Nooossa! Ailton, você se expressa tão bem, também, né? Fala muito bem! O que te move, então, ...

[0:13:12] – AS: Obrigado!

[0:13:12] – MM: ... a... o que te faz levantar todo dia, ir trabalhar todo dia, onde você encontra garra, disposição, como é que você consegue organizar seu raciocínio a esse ponto de ser claro, de alcançar as pessoas?

[0:13:29] – AS: Olha, eu sou um bon vivant, pra começar, eu adoro a vida, adoro viver, tenho uma vida, até hoje, extremamente plena, sou super feliz e contente com o meu destino, né, até agora, e eu costumo dizer que a vida não é o destino em si, a vida é a viagem, é a jornada; então, eu não faço planos pra ser feliz amanhã, eu sou feliz hoje fazendo o que eu estou, com as responsabilidades, com... com toda a responsabilidade que existe hoje em ser um cidadão, em responsabilidade como funcionário, a responsabilidade corporativa; mas, ao mesmo tempo, também, com alegria, com leveza, e aproveitando cada momento porque, ao mesmo tempo, de hoje, você vê... a gente vive as batalhas e as batalhas são intensas né, ao mesmo tempo elas também são uma oportunidade porque é uma coisa muito boa e positiva poder estar batalhando, estar vivo, estar com saúde, estar produzindo, estar conhecendo pessoas; então eu vejo a vida de uma forma muito leve, pra dizer... pra ser bastante honesto, assim, eu sou uma pessoa bem é... lido muito bem com pressão nesse sentido, pra mim a pressão, ela significa responsabilidade, mas, principalmente, significa dizer o seguinte: é.... viva o carpe diem, né, viva o agora, e faça o que você tem que fazer, dê o seu melhor; eu não consigo prometer que eu vou resolver tudo, mas eu consigo prometer dar o meu melhor o tempo inteiro.

[0:15:05] – MM: Olha!

[0:15:06] – AS: Que é um pouco a minha filosofia de vida bon vivant, enfim!

[0:15:09] – MM: Gostei, gostei! É.... é a intensidade, é estar presente né, é se dedicar, se comprometer, se comprometer né,

[0:15:17] – AS: Se comprometer.

[0:15:18] – MM: Recebeu a dádiva de estar vivo, então vamos viver né? Estar nesse emprego, foi confiada essa responsabilidade, então vamos fazer né? É não fugir.... não fugir da raia...rsrsrs...

[0:15:27] - AS: Não fugir.

[0:15:28] – MM: Ter coragem, ter iniciativa... E... Olha, qual que você acha que é a sua principal... as suas principais características da sua liderança?

[0:15:39] – AS: Olha, eu... eu também evolui como líder né, a gente vai aprendendo, a gente vai... é... se desenvolvendo ao longo da carreira né; então, hoje, eu diria que eu sou um líder engajador, né, eu entendo que hoje a.... a liderança, ela evoluiu e a gente tem que evoluir junto, nesse sentido, e o que eu quero dizer com isso? Vou voltar lá atrás né, o primeiro gemido de liderança que existiu, vamos dizer, depois de Taylor né, que é já do mundo pré-moderno pra mundo moderno, onde a administração começou um pouco mais é...... formatada né, estruturada, existiu um líder que eu chamava de líder supervisor, o mercado chama de líder supervisor, então, inclusive a palavra ‘supervisão’ vem, você fica de frente pros seus funcionários do alto, de um mezanino, com uma visão super; então, na verdade, você não trabalha, você supervisiona o trabalho dos outros né; então existia esse líder que era um líder... é... o líder da.... de algumas décadas atrás era um líder pouco preocupado com a agregação e mais preocupado com cobranças de trabalho. E aí tem o líder que, a liderança, que acho que a maioria, hoje, pratica né, que a liderança onde você motiva os funcionários, onde você trabalha em equipe, ou seja, as funções administrativas, elas ficaram muito complexas, as divisões de empresas fizeram com que hoje a maioria dos líderes tenham.... têm, também, de ser capaz de lidar com equipes virtuais, equipes horizontais, e com a capacidade de você lidar com... com uma equipe matricial te exige habilidade de engajador, habilidades de... de fazer, de motivação, de executar através das pessoas. Além disso, hoje em dia os líderes não têm mais condições, as empresas ficaram muito grandes, as funções muito grandes, de executar sozinho; então, líder lobo solitário não tem mais sentido hoje, você tem que ser um líder capaz de desenvolver pessoas, capaz de fazer o ganho inicial através do desenvolvimento do capital humano. E agora ainda mais com o mundo moderno o engajamento não só através da sua própria empresa, mas de ecossistema, parcerias e ecossistemas que vão ser muito exigidos com essa questão, inclusive, da conectividade.

[0:17:56] – MM: E aí você engaja como? Como que você alcança as pessoas? O seu dia a dia é, como é que é? Você gosta de fazer mais reuniões, solta mais comunicados, você faz mais pronunciamentos, é o individual? Como é que você faz pra engajar, pra alcançar as pessoas?

[0:18:14] – AS: É, pra mim, o segredo de um bom engajamento de qualquer estratégia, é compartilhar a visão e compartilhar a missão e compartilhar o objetivo; é aquela história, eu vi um filme outro dia que eu gostei muito, era um condutor de trem e perguntaram pra ele: “—o que você faz?”. E aí ele falou: “— olha, eu transporto pessoas pra que possam tomar decisões importantes e resolver tanto a vida pessoal quanto na vida profissional, eu habilito que pessoas se encontrem”.

[0:18:44] – MM: Que legal! Que filme que é esse, você lembra o título?

[0:18:45] – AS: Eu achei tão bacana! Cara, eu não consigo lembrar, posso ver isso pra você, Millena, e te passo depois...

[0:18:51] – MM: Ah, que legal!

[0:18:51] – AS: Mas é um filme bem bonito, aliás tem uma fotografia linda, eu assisti com a minha esposa, eu vou perguntar a ela, ela deve lembrar o nome, ela é melhor que eu pra nome [risos]. Mas eu sou bom de cena, eu sou um cara bem auditivo, então eu lembro dessa... essa frase me lembrou e eu achei linda a frase.

[0:19:07] – MM: Por falar em auditivo, eu encontrei você no spotify...rsrsrs...

[0:19:11] – AS: Ahhh..... rsrs...

[0:19:13] – MM: Mas, com um codinome, ou um nome artístico... rsrs... Lá no spotify você não é Ailton Santos, você é: Tingoooo...! É um nome artístico, ou é um apelido? Me conta essa história.

[0:19:26] – AS: Olha, Tingo é meu nome, meu apelido de infância, parte da minha família me chama de Tingo, e eu tive um cachorrinho, até pouco tempo também e dei o nome de Tingo; aliás, na minha família nome é meio confuso né.

[0:19:38] – MM: Ahnn...

[0:19:38] – AS: Porque eu me chamo Ailton, meu filho se chama Ailton, meu pai se chama Ailton, meu apelido é Tingo, meu cachorro era Tingo, minha esposa é Jane, e minha irmã é Jane. [risos]... Então, a gente gosta de trabalhar com nomes iguais...rsrs, mas, enfim.

[0:19:53] – MM: E aí tem que desenvolver os apelidos...

[0:19:52] – AS: Mas Tingo é o meu apelido.

[0:19:53] – MM: Porque, senão, fica: “— Ailton”... E os três olham! Então, né, cada Ailton tem que ter o seu apelido, é por aí então... rsrsrs.

[0:20:01] – AS: É, exatamente! A gente já vai no atacado.

[0:20:06] – MM: [risos] Ah, que coisa boa! Olha, aí lá no spotify eu vi que você tem músicas próprias; quero saber, você compõe a letra ou a música ou os dois, a canção toda?

[ 0:20:19] – AS: Ah, é bacana! A composição pra mim é um hobby né, eu adoro... Na verdade eu sempre gostei de cantar, e eu nunca compus, eu.... é uma coisa que eu ganhei com a idade. Eu, quando era jovem, eu achava que eu tinha que compor uma música que fosse perfeita, uma obra prima; mas, infelizmente, eu não nasci com o dom de fazer uma obra prima de uma música padrão tipo Djavan, Caetano, esses monstros da música brasileira, e aí eu nunca conseguia terminar uma música porque a minha vaidade não me permitia. Conforme você vai ganhando idade, você vai ganhando uma coisa maravilhosa, que é o seguinte, e você fala: “— eu não tenho mais tempo pra fazer uma obra prima, vou fazer o que eu consigo, vou dar o meu melhor” ; então você ganha muita autenticidade, e aí eu me permitir compor músicas e no final até fiquei satisfeito com algumas delas, eu tento fazer música sempre virtuosa, eu tenho um compromisso de ter letras, eu faço as letra e a composição, você me perguntou, só tem uma música ali que eu não compus depois dos 50 anos no soptify, que é uma música que eu fiz a muito tempo atrás pro casamento de um amigo meu, fiz com... com um tecladista, Paulinho, ele fez a melodia e u fiz a letra, e ele se casou com essa música, foi bem legal, chama “Vem pra Mim”, e a esposa no altar, e aí depois eu fiz música com o meu dia a dia né, tem música em homenagem ao meu filho, homenagem à minha mãe, homenagem à minha esposa.

[0:21:35] – MM: Eu vi!

[0:21:36] – AS: É... E eu fui fazendo tributos, assim, e fiz a última música, agora, voltada pra amigos que se mudaram pro campo, né, apesar de eu ser uma pessoa da cidade, nem toda música autoral ela é biográfica né.

[0:21:48] – MM: A gente pensa que sim, né? A gente fica tentando descobrir a vida dos compositores e dos artistas né: “— ah, porque tá gravando essa música? Porque compôs essa música, deve ter a ver”. [rsrsrs]

[0:21:58] – AS: É... Talvez dê... dê pra ler um pouco do modelo sentimental pelas palavras que o compositor escolhe nas letras e tudo mais, mas, nem toda música é biográfica, enfim; pra mim é uma grande oportunidade de me expressar e de poder dividir, eu acho que a música... ela tem o poder de unir as pessoas, ela tem uma mágica, em mim ela exerce uma função super importante, tenho o maior prazer em fazer.

[0:22:21] – MM: E o que eu achei interessante, além da letra, que são letras muito bonitas, parabéns! A melodia também...

[ 0:22:27] – AS: Obrigado!

[0:22:27] – MM: Você varia né, no estilo.... Tem, assim, uma que vai mais pro samba...

[0:22:31] – AS: Ahhh é....

[0:22:31] – MM: Não é verdade?

[0:22:32] – AS: É verdade....

[0:22:32] - MM: Tem outra que é mais romântica; tem uma que eu achei que é bem ... é pop-rock; eu não vou me acordar aqui, agora, dos nomes né, qual que é qual...

[0:22:45] – AS: Momento Terra eu fiz, padrão Brasília.

[0:22:44] – MM: Isso! É, eu achei.... Sabia que me remeteu mesmo? Eu achei, eu achei mesmo. E... ao rock né, dos anos 80....

[0:22:53] – AS: Dos anos 80, é...

[0:22:53] – MM: O rock brasileiro. Eu falei: “— Nossa, olha”, tudo a ver aí, poderia estar sendo tocada por bandas brasileiras, assim, que a gente gosta, isso eu achei muito legal. E também vai aí... ilustra bem direitinho a sua fala anterior a respeito dos conceitos e dos ‘pré-conceitos’. Então, até na música você ensaia, você põe isso em prática, não dispensa nenhum estilo musical né, tenta ali interagir com todos...

[0:23:19] – AS: É...

[0:23:22] – MM: Isso é muito legal, parabéns, viu! Quer citar algum trecho de alguma música ou cantar um trechinho, você fica à vontade ou não?

[0:23:29] – AS: Ah... rsrs... Não, eu fico à vontade, claro; olha, é... dessas músicas que você comentou, é mesmo, eu tô ficando abusado, depois que eu comecei a fazer as músicas simplesinhas, agora já arrisquei fazer um samba né...

[0:23:39] – É...!

[0:23:39] – AS: ... que foi o Amor de Mãe né?

[0:23:40] – MM: É...!

[0:23:41] – AS: Né? E... Essa, Amor de Mãe, tem um trecho que eu acho bem legal, que fala é... que...”conselho de mãe é adeus de Deus...”

[0:23:50] –

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