Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Podcast Lado Pessoal - Aksel Krieger - CEO e Presidente BMW Group Brasil

Com Millena Machado

Placeholder - loading - Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1
Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

Publicada em  

Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

Legendas:

MM = Millena Machado (Apresentadora do Podcast, Lado Pessoal).

AK = Aksel Krieger (Entrevistado)

Está no ar Lado Pessoal, com Millena Machado, o Podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

Música de introdução deste Podcast: With Or Without You – U2

[0:00:20] - MM: Olá!!! Está no ar Lado Pessoal, um podcast da Rádio Antena 1. Eu sou Millena Machado, e a partir de agora vamos juntos descobrir o que pensam, como decidem, o que inspira os executivos que comandam as empresas mais importantes do Brasil. Hoje, revelando seu lado pessoal pra gente, o CEO e presidente do BMW Group Brasil, Aksel Krieger. Aksel, seja muito bem-vindo!

[0:00:46] - AK: Obrigada, Millena, prazer estar aqui com vocês e com seus ouvintes, e saiba que eu sou um ouvinte, aqui, assíduo da Antena 1.

[0:00:52] - MM: Sério!! Que momentos do dia você costuma escutar rádio?

[0:00:57] - AK: Olha, de manhã... gosto bastante, de manhã, no carro, eu sempre curto, então, e sempre é bom né, relaxa, tem sempre música boa na Antena 1, então sempre, todo dia de manhã eu estou escutando vocês.

[0:01:09] - MM: Muito bem... muito bem! E essa música que a gente abriu o podcast de hoje, Whit or Without You do U2, lançada lá nos anos 80, quero saber por que esta é uma das suas músicas favoritas e por que você escolheu essa música pra gente abrir o nosso papo hoje.

[0:01:23] - AK: Olha, eu sempre... Eu nasci em 76 né, e então eu acho que, quando criança, a gente vai crescendo nos anos 80 e todo mundo escutava, adorava rock né, e U2 eu acho que é uma banda que foi crescendo, ela foi se mobilizando; então, você vê, até hoje as músicas são super atuais né; então é uma banda que eu admiro muito, e também pelo trabalho social que eles fazem; então, é uma banda que eu gosto bastante e sempre está na minha... sempre está no meu coração. Mas quando eu escuto eu lembro dos anos 80, anos 90, acho que ela vai levando você em todas as décadas ali, né. A gente vai ficando mais velho, né Millena, eu estou com 44 agora...[risos]...

[0:01:55] – MM: Eu ainda não cheguei lá...rsrs

[0:01:58] – Então... Então, eu estou um pouco mais avançado já, então você vai escutando, cada década vai lembrando, uma música lembra uma década né; então, eu acho que essa aí também é bastante importante.

[0:02:08] – MM: Não, e você falou uma coisa muito legal, porque eles têm... eles estão há muito tempo na ativa né, têm uma carreira muito longa.

[0:02:15] – AK: Sim.

[0:02:15] – MM: E eles conseguem, também, se posicionar trazendo uma importância social pra banda, se envolvendo com causas e tudo. Esse também é o seu perfil? Além do seu trabalho como executivo, você tem uma causa que você apoia, um tema que você se engaje?

[0:02:30] – AK: Olha, tenho muita sorte, Millena, de trabalhar numa empresa que... que me dá essa né, esse caminho aqui, essa facilidade né, então... E você vê o que a BMW faz pro...pro né, de tecnologia, pro meio ambiente né, então você olha, hoje, olha pro futuro, a gente acabou de fazer aqui uma... um statement forte aqui né, então, eu vou até... 2030, a gente quer baixar aqui a emissão de CO2 na nossa fábrica em 80% né, o Co2 nos nossos carros, em uso, em 40%, e também a toda parte do suport canal dos fornecedores em mais de 20%.Então, é realmente deixar um mundo melhor pros nossos né, pras próximas gerações e um mundo sustentável. Então isso, assim, se encaixa muito com o meu perfil. E a BMW também, é que... é claro, também é automotivo, a paixão por carros, eu sempre... desde criança eu gostava de carro, brincava né, carrinho de controle remoto, desmontar; minha mãe ficava maluca comigo, eu desmontava todos os carrinhos que eu tinha, pra ver como é que funcionava. [risos]

[0:03:30] – MM: Mas...

[0:03:30] – AK: Então eu tenho muita sorte, hoje, de trabalhar numa empresa, também, que trabalha com carro, essa paixão por automóveis, como você tem também né?

[0:03:37] – MM: É... rs

[0:03:37] – AK: é muito legal! Então é...

[0:03:40] – MM: Agora, curioso! Então, a sua brincadeira de carrinho era montar e desmontar carro, porque tem menino que brinca destruindo carrinho né, pisando em cima...

[0:03:47] – AK: Sim...

[0:03:47] – MM: Tacando na aparede...rsrsrs... Você montava e desmontava e nem por isso você foi... A sua formação é em engenharia né?

[0:03:54] – AK: Não!

[0:03:55] – MM: A sua formação é mais administrativa...

[0:03:57] – AK: Sim, sim. Eu acho que eu era bom em matemática, mas não tanto pra ser engenheiro né, então... Mas eu sempre gostei do lado de negócios também, então eu acho que acabou unindo as duas paixões ali né, negócios e os carros né; então é um mundo perfeito aí, pra mim, uma combinação muito boa.

[0:04:11] – MM: Ahh... Adorei isso: “mundo perfeito!” Então me conta... Você se acha o quanto feliz?

[0:04:19] – AK: No trabalho, na vida pessoal, olha, numa escala de 1 a 10, eu diria 10 né. Então, eu me sinto plenamente realizado, acho que... é... desafiado, é muito importante pra mim né, no dia a dia no trabalho ser desafiado é muito importante. Eu acho que a indústria automotiva é um desafio numa série de quesitos né, eu diria que é uma das indústrias mais complexas, se você pensar num carro, hoje né, ele é quase um laptop com rodas, hoje em dia; então, tem esse lado da tecnologia, tem o lado de inovar e o de como eu dou um serviço melhor pro meu cliente; então ela sempre está me desafiando muito. E também na minha vida pessoal, tenho dois filhos, sou casado com a minha esposa Fabiana, então... sou super bem casado, sou super feliz, então isso tudo... tudo nos ajuda né, a gente morou em vários países aí né, vários continentes, então eu acho que isso tudo aí, junto com a empresa também; então é muito legal essa... essa jornada toda aí, e poder voltar pro meu país agora, depois de estar quase aí 8 anos fora e fazer algo de bom pro meu país, né.

[0:05:17] – MM: Maravilha! Olha... com tanta felicidade estampada aí na sua voz, a gente não pode deixar de falar que a Dinamarca, muitas vezes, foi considerada o país mais feliz do mundo né, aliás ela se mantém no ranking, acredito até que mais recente, ela está entre as três nações mais felizes do mundo.

[0:05:38] – AK: Sim.

[0:05:38] – MM: Como é que... Como é que chega a esse estado de felicidade? Como você encara a vida, é como você planeja a sua vida? Como é que chega nesse índice de satisfação?

[0:05:50] - AK: - Eu acho que até... a gente conversou um pouquinho antes sobre isso, é muito desafio né; então, sempre vai estar acontecendo coisa boa e coisa ruim na sua vida né; e... e claro que as coisas boas a gente curte e tudo mais, mas quando acontece uma coisa ruim, um desafio ou, às vezes, um problema né, que a gente encara, é... se.... as pessoas perguntam pra mim, às vezes: “— tem alguma decisão que você tomou e que você se arrepende?” Aí eu penso né, fico pensando, e é difícil responder, porque... todas que eu posso ter me arrependido eu ganhei alguma coisa né, então, eu aprendi alguma coisa. E é isso que é muito legal né, a gente sempre está se desenvolvendo e crescendo, e se tudo está correndo perfeito né, e se o... a gente tem aquela frase boa né, de que “mar calmo não faz marinheiro bom” né, então, eu acho que também.... e o Brasil, aqui, não tem nada de mar calmo; então eu acho que é assim, é tirar do desafio e aprender com os nossos erros e está aberto. Claro que não é fácil, claro que a gente vai passar por vários perrengues aí na vida, é... mas eu acho que a gente aprende com eles, eu acho que se a gente encara a vida dessa maneira ajuda bastante, você ter esse aprendizado contínuo; e se eu olho o Aksel de hoje né, de 2021, e olho pra trás, era outra pessoa, outro aprendizado e tudo mais. Então eu acho que a gente vai ganhando essa musculatura durante a vida e a gente vai... vai ganhando com essas experiências. Eu acho que isso ajuda bastante.

[0:07:15] – MM: É, porque eu arrisco dizer que essa sua postura né, de otimismo, de positividade, de sempre enxergar o lado bom, aquela história do copo meio cheio, meio vazio, percebo que você vai se... né, está contando aqui pra mim que está indo sempre pro lado do copo meio cheio, tentando tirar um aprendizado das coisas, então, enxergando o lado positivo de tudo, tem muito da característica do povo brasileiro, daquela história de: ‘sou brasileiro e não desisto nunca’, né, que é da... da persistência, de realmente ir atrás, ter garra, fazer e acontecer. E o que você tem do seu lado dinamarquês, assim, que é forte assim, e que você fala: “— nossa, isso aqui é bem, assim, dos meus ancestrais”?

[0:07:53] - AK: É, do lado dinamarquês, eles planejam muito né, então tem até piada com dinamarquês que eles pensam.... e o alemão é um pouco assim também, planejam o ano em semanas né; “— ah, então na semana... vinte e duas, eu vou estar fazendo isso e aquilo’; eu acho que o lado dinamarquês estruturado né, que eles têm de planejamento e... Outra coisa que ele tem muito forte é a... também o que eles chamam de..., hygge né, que eles chamam de... que se for traduzir pro português é ‘aconchegante’, não tem uma tradução direta disso, mas se você pesquisar um pouco sobre a Dinamarca, você vai ver que essa palavra “hygge”, e quer dizer... se aplica a várias coisas né, se você vai até a casa de um dinamarquês, mesmo que é escuro lá, claro, no inverno tem pouca luz e tudo mais, você vai ver que o design dinamarquês, as cores, é tudo sobre cor leve né; então o ambiente, assim, tudo bem, lá fora está difícil, está escuro mas, dentro da minha casa aqui, está aconchegante, está quentinho né, e tem um design legal aqui, também, pra ter uma experiência legal dentro de casa. Então, acho que esse... Eu acho que eu misturo muito o lado dinamarquês e o brasileiro, acho que o brasileiro entra... que nem eu falei, o dinamarquês mais modo de planejamento, e esse lado do design deles que é muito legal né, do país que é incrível, a tecnologia que eles têm também no país e, o lado, também, do brasileiro, acho que vem o lado da criatividade, aprender a se virar em condições difíceis, a gente fala, hoje, em mundo ‘vuca’, e sempre que eu dou qualquer entrevista, eu falo que o ‘vuca’ no Brasil é esteroide, é um ‘vuca’ turbinado aqui né, sempre tem mais coisa acontecendo, várias coisas acontecendo; o exemplo da pandemia o ano passado, quando a gente olha pra trás não era só pandemia com a maior crise da história, né, sanitária do país e do mundo, a gente tendo que lidar com o câmbio ali, desvalorizando ali a 40% e aquela bagunça toda com sinais do tempo. Então eu acho que... vamos unir lá o lado dinamarquês, dentro de mim, tento manter tudo calmo, é claro, a gente é humano, é claro que não é fácil toda hora, que lá fora está escuro mas eu sei que eu vou conseguir chegar lá e eu... esse lado da raça do dinamarquês que a gente vai... do brasileiro né, falar da raça do brasileiro, da criatividade, a gente vai ter uma solução pra cada problema que aparecer e a gente vai aprender com eles. Eu acho que eu tento equilibrar um pouco esses dois lados ali.

[0:10:07] – MM: Adorei... adorei! E esse...Você falou da decoração, o estilo dinamarquês na decoração está muito na moda né, a gente navega pelas mídias sociais e a gente vê mesmo que as pessoas estão buscando isso, esse aconchego, a simplicidade no sentido da praticidade, de realmente trazer o conforto, que tem sofá bonito...

[0:10:25] – AK: Sim...

[0:10:25] - MM: ... que a gente não tem coragem de sentar...rsrsrs... Tem cama que a gente compra e depois se arrepende que a noite não é tão boa, então, nem sempre a imagem, o design fala tanto assim, mas tem que ter a função também né, das coisas.

[0:10:37] – AK: Sim, sim...

[0:10:38] – MM: Agora, você já morou na África do Sul, na Alemanha, na China, tudo a trabalho, moraria na Dinamarca?

[0:10:44] – AK: Não, eu acho que... sempre me perguntam, na BMW né: "— tem algum país que você não iria?” Eu acho que cada país tem uma... tem um lado... Claro que tem um lado difícil, um lado bom, e... é interessante né, depois de ter vivido em vários países e... você tem saudade de um tipo de coisa de cada país; então, da Alemanha, por exemplo, no Natal, aquela.... né, aquele ambiente fica tão legal no Natal, com aquele vinho quente que eles tomam e tomar vinho quente no frio, tem... né, então a cerveja deles né, então... o lado do alemão, também, que eu acho muito legal de.... você pode ter uma conversa mais intensa no trabalho, mas não leva nada pro lado pessoal; você poder ver, acaba uma reunião e eles estão normais, estão bem, de novo, um com o outro. Então, eu acho que cada país tem uma vantagem. Na África do Sul com aquela...com aquele negócio do multicultural que eles têm, a África do Sul eles têm... 11 línguas, eles falam 11 línguas no país, diferentes no país, 11 línguas oficiais; então, cada país tem uma riqueza; também a China né, com a raça que eles têm, com aquela velocidade que eles têm pra implementação; eu acho que em cada país você aprende muita coisa. Então, se me falar: “— quer ir pra Dinamarca? —Vamos, vamos lá, vamos conhecer, vamos aprender”; mesmo tendo o pai dinamarquês e não ter morado lá nunca na minha vida, mas eu acho que eu iria sim pra Escandinávia e conheceria, sim, teria muita vontade.

[0:12:04] – MM: Quer legal! Eu tenho um monte de pergunta pra te fazer, já povoou a minha imaginação aqui, estou curiosa pra um monte de coisa, mas não posso deixar de perguntar uma coisa que eu acho que ia estar aparecendo bem forte aqui na sua resposta. Estou concluindo que você não tem medo de nada né? Apesar de ser planejado né, de ter esse lado como você me falou do lado dinamarquês, de se estruturar, tudo... Mas você se mostra tão aberto, tão corajoso a tudo: “— vamos embora, vamos fazer, vamos aprender, vamos tentar”... Alguma coisa te mete medo?

[0:12:36] – AK: Olha, acho que a coisa que me mete medo, eu acho que... é... saúde né, acho que isso é uma coisa que... que.... que eu acho que tem que... que a gente sabe que se a gente tiver equilíbrio né, o corpo, a mente e o nosso espírito, a gente está bem né, mas, se uma dessas partes aí se desequilibra, claro que fica... fica muito difícil. Então eu acho que saúde é uma coisa que... que eu acho que preocupa qualquer um e me preocupa também. Então, por isso que eu tento me cuidar, comer bem e tudo mais, mas é... E como já sabe, a gente está... a gente nunca sabe o contrato que a gente tem com Deus quando é que ele vai puxar, ali, o contrato e falar: “— agora é sua hora”. Então, eu acho que todo mundo tem um pouco desse receio, desse medo, e esse é um deles que eu tenho mesmo.

[0:13:16] - MM: Eu gostei disso aí também. Você trabalha a sua espiritualidade? Você acredita em Deus?

[0:13:22] – AK: Sim; acredito, acredito. Eu acho que você tem que estar em equilíbrio né, como eu falei, essas três coisas. E eu acho com... Já morei em vários países, passei por vários desafios, vários perrengues, e claro, o que eu aprendi é que se você não está com essas três coisas bem equilibradas algum problema você vai ter. Então, morando na China quase que um planalto ali, eu acho que você tem que tomar muito cuidado e achar um equilíbrio entre essas coisas e sempre estar trabalhando isso. Então eu falei assim: “quando eu olho.... as pessoas olham né, você chegou a CEO, chegou...” Cheguei a ser CEO com 39 anos, CEO-COO com 32, minha carreira foi... foi rápida, mas sempre teve muito, muito desafio, nunca foi nada fácil né, e que nem eu falei com você, acho que você vai aprendendo muito né, com os países que a gente vai morando, nos cargos que a gente vai ocupando, trabalhando, você vai aprendendo muito com as pessoas que você conhece também, e nem tudo é mar calmo; então eu acho que você vai... Então eu acho que esse desafio aí está sempre aí no nosso dia a dia, e isso que nos dá energia, acho que o que me dá mais energia é um desafio bom.

[0:14:27] – MM: Qual é a tríade, então? Seria trabalhar a espiritualidade, a família e o profissional, seria isso? Buscar o equilíbrio nessas três áreas?

[0:14:34] – AK: É... eu falei... É, com certeza, o que eu te falo: saúde né..., a gente fala: corpo, alma e mente ali né, e claro que a família ali dando sustentação a tudo isso.

[0:14:46] – MM: Agora entendi, perfeito! Você tinha comentado sobre o dinamismo da China e tudo, lá na China, no Oriente, você foi empreender né, foi estruturar uma startup; queria saber de você como é que foi essa... essa sua experiência, e se você já pensa nesse empreendedorismo como uma segunda carreira, uma carreira paralela, se... se ter o seu próprio negócio é uma coisa que você sonhou alguma vez, ou se já faz parte do seu imaginário?

[0:15:15] – AK: Ah... Excelente pergunta. É... Acho que.... A gente tem uma frase na BMW que a gente fala... vou falar um pouco do inglês, depois eu traduzo pro português, mas é... a gente fala assim né: [...]. Então, basicamente é: “pense em ter as atitudes de uma startup e, realmente entregue como uma empresa madura”. Então, a BMW tem mais de 105 anos e a gente vem fazendo, empreendendo bastante; todo mundo é uma startup hoje em dia, mesmo você com 105 anos de existência, você tem um competidor ali, às vezes novo, te desafiando em vários sentido, às vezes nem imaginava que ia sair né, e com uma tecnologia nova que você vai ter que acelerar o desenvolvimento e você ter uma empresa aí com 120.000 funcionários ali; então, não é.... é um tanque pra você manobrar, um navio grande manobrar que tem o seu dinamismo né. Mas, voltando um pouco à China, cheguei lá, também, estruturei uma empresa lá de serviços financeiros, na época com o nosso parceiro chinês lá na China, eu saí da BMW, fiquei emprestado pro nosso parceiro chinês pra desenvolver essa empresa do zero né, lá na China, em Xangai, então ali eu aprendi bastante de como começar uma empresa do zero num mercado, ali, que você não... que você não conhece né, que é então um mercado extremamente rápido, e o que mais me impressionou é que... quando eu cheguei lá a gente começou a empresa, e no começo não foi fácil, os negócios não vinham tão rápidos, e que foi interessante ver que quando pega lá, é impressionante, uma velocidade que você não imagina, então, da arrancada, assim, que dá; então, você começa meio devagar, fazendo analogia igual o carro ali né, primeira marcha e a dois mil giros você vai lá pra dez mil giros em 6ª marcha aqui né, de uma hora pra outra, do zero a 100 lá é rápido. [risos]. Então isso...

[0:17:10] – MM: É motor elétrico ...[risos]

[0:17:10] - AK: Né... É motor elétrico...rs... Não tem lag de porte ali, então assim, quando acelera é impressionante a velocidade que tem... Ah.... Mas que nem eu te falei, assim, trabalhar com chineses eu aprendi bastante com a cultura deles, uma cultura milenar, essa velocidade que eles têm, essa... essa... essa vontade de crescer, de fazer melhor, eles têm em tudo que eles fazem. Eu acho que aprendi muito com eles e eu levo essa lição que eu tive na China pro resto da minha vida ali. Claro que não foi fácil no começo, começar, ali, uma empresa do zero, que nem te falei, mas aquela estilingada que eu lembro até hoje e os problemas começaram a aparecer tão rápidos ali, era coisa, assim, imaginável; então acho que... se aprende; acho que, com isso você vem pro Brasil também, quando eu voltei pro Brasil e assumi a BMW Brasil com... é... é um emprego dos sonhos, que eu sempre tive, comecei na BMW como estagiário, lá em 1999, e então lá do começo, do lado do banco e chegar a CEO aqui no meu mercado, fazer algo de bom. Em todos os países que eu vivi, eu acho muito legal trazer isso pro Brasil e, de novo, é de tudo mundo uma startup, mais uma vez. Então, a gente aprendeu tanto no ano passado com... claro que a gente viveu uma crise muito grande, mas acho que você aprende com isso, assim, os desafios que aparecem ali e isso nos torna mais fortes, hoje em dia também, nós, o time e tudo mais.

[0:18:31] – MM: Até com a apropria carreira, também, né? A gente se encarar também quando vai prestar um serviço, quando... né, como um produto, como uma história de começo, meio e fim, se reinventar, dar espaço pra novos entrantes, faz novos cursos, né, faz um freela aqui, outro ali, se conecta com outros segmentos...

[0:18:48] – AK: Sim.

[0:18:48] – MM: Faz amizades, cria outras redes; tem que ter essa agilidade mental e essa flexibilidade, também aí, até de corpo e de alma pra se adaptar ao dia de hoje. Sabe uma coisa que eu percebi, Aksel, que você faz algumas alegorias, assim, marítimas, mas eu sei que a sua pegada é terrestre...[risos]. Embora você esteja muito feliz, BMW, o emprego dos seus sonhos, né, empresa de carrão, etc., a tua paixão mesmo, tem duas rodas e é bem magrelinha...[risos]...Como é que começou [risos] Como é que começou esse hobby aí do ciclismo?

[0:19:29] – AK: É, você falou né... A gente estava falando um pouco da Dinamarca né, a Dinamarca tem ciclofaixa né, ciclovia pelo país inteiro, então eu acho que esse lado dinamarquês, acho que... meu pai, comigo né, a gente sempre andava muito de bicicleta, desde criança, então ele me pegava ali, a gente já fazia trilha ali, já comecei cedo ali, com 12, 13 anos com ele...

[0:19:49] – MM: Você anda com seus filhos?

[0:19:52] – AK: Ando, ando sim, ando sim. Agora não consigo tanto, mas quando eu morava na África, na China, a gente sempre saía pra pedalar né, e... mas é.... eu ando sim, de vez em quando eu ando sim. Mas é um hobby, assim, que eu adoro, então, e faz um bem, acho muito bom porque você consegue unir as duas coisas, você... com mountain bike você sai um pouco da cidade, vai pra uma trilha e... você começa ver a natureza e tudo mais, você começa a perceber outras coisas, você está mais devagar né, tipo... Mexe a gente, o nosso mundo é tão rápido, hoje, mas com a bicicleta em boa parte do tempo você não está indo muito rápido, está indo lá a 20 km por hora, 30 aí no máximo né; então, eu acho que você... você começa a perceber a vida de uma maneira diferente também; então... então já dá uma desacelerada também, então faz um bem danado pra mim, eu gosto de fazer esporte. Eu machuquei as costas agora no começo do ano, então eu tô meio,,, tô meio parado agora, mas eu... eu ainda tento fazer exercício quase todo dia, mas eu tive que mudar muito a minha rotina, mas faz muita falta né, a bicicleta, o mountain bike e tudo mais, a corrida também, sair... Acho que quando você sai e vai fazer qualquer esporte, mesmo que seja sozinho, você consegue fazer ali uma higiene mental muito boa né, pensar um pouco na vida, dar uma refletida, é só você ali, se desligar um pouquinho da tecnologia; então, mountain bike é uma maneira excelente de... você consegue ficar ali 2, 3 horas sem o celular, porque se olhar pro celular você vai cair né, então, acho que isso dá uma... faz um bitoque digital ali por algum tempo, corrida a mesma coisa; então, eu sempre.... Adoro esporte e é uma coisa que me faz muito bem também pra minha cabeça, pro meu dia a dia, pra saúde e tudo mais.

[0:21:27] – MM: É...E também dá pra perceber uma outra característica, aí, da sua personalidade, que você também vem enfatizando na entrevista, que é o gosto pelo desafio, porque quem gosta de andar de bicicleta, no seu caso né, que vai pras montanhas e tudo, tem a pedra, tem a inclinação, tem o terreno, tem a vegetação, tem uma porção de desafios; então, até na hora que você descansa, você procura alguma coisa pra você resolver... [risos]

[0:21:48] – AK: [rsrsrs] Alguma sarna pra me coçar eu vou arrumar né... rsrsrs...

[0:21:48] – MM: Olha, pra te acompanhar...! Fabiana né, o nome da sua esposa?

[0:21:56] – AK: Sim, sim... Fabiana...

[0:21:57] – MM: Então, é... Olha! Fabiana... que fôlego né? [risos] Porque, além de mudar, daqui pra lá, de... de... de país, etc., poxa vida! Você tem muita energia aí, muito bem! Você tem preferência, assim, do estilo de carro, o Hatch, Sedan, SUV, aquele super esportivo, você tem?

[0:22:17] – AK: Olha, eu gosto de combinações né, então, eu acho que, assim, pro... pro... pelo menos em casa, assim, sempre tem uma.... eu gosto sempre de ter uma SUV, e pro... depende muito do uso né, pro final de semana e tudo mais, você vai pro... né, pra um terreno mais acidental e tal, eu acho que a SUV te dá essa flexibilidade interessante né, mas eu também... eu adoro o sedan, então eu sou meio suspeito pra te falar, se você perguntar pra mim eu vou querer te vender vários tipos de carro aqui, viu, Millena... [ risos]... Mas.... Mas olha, SUV e o sedan eu acho que... ter um de cada tipo é muito legal, e eu acho que cada um tem a sua vantagem, depende no que você vai usar, mas é... Acho que, hoje em dia, estou mais pro SUV né, e... Mas eu tenho uma paixão muito grande por, né... por... pelo Hatch também né, pelo Mini também....

[0:23:05] – MM: Ahnram...

[0:23:05] – AK: Pelo Sedan... então, depende muito do dia aqui né.

[0:23:08] – MM: [rsrsrs] Ah, E você tem sorte, deve poder pegar um diferente a cada dia ou mesmo dia [risos]

[0:23:16] – AK: É, essa é a vantagem de trabalhar em automotiva né, você pode testar os brinquedos novos, então eu tenho essa sorte né.

[0:23:54] – AK: Olha... é difícil , viu; o máximo que eu faço é um churrasco, viu.

[0:23:58] – MM: Ah, mas está bem....

[0:23:59] – AK: Churrasco eu meio me.... É... aperfeiçoando né... Então, eu acho que churrasco eu gosto de fazer e é uma coisa que me distrai né, mas assim, comida no dia a dia, assim, eu não sou muito bom; mas, churrasco eu adoro fazer, adoro... É, adoro carnes e tudo mais, e estou até mudando um pouquinho hoje em dia né, estou experimentando... algumas vezes por semana, também, comer um pouco menos de carne também, e... e fazer alguns dias mais... mais vegetarianos, mais vegano, uma coisa que eu estou testando agora, estou experimentando né; ainda não estou 100% light, então eu vou falar assim, alguns dias da semana eu faço né, mas, assim, pra sua pergunta, assim, cozinhar, mesmo é... no máximo um churrasco, viu, Millena.

[0:24:36] – MM: Rsrs... Mas está muito bom, está muito bom! Continue assim. Agora, está numa pegada coerente, hein, Aksel: carro elétrico, ciclismo, diminuindo o volume de carne; tá mesmo determinado a ser sus-ten-tá-vel! Então, agora vem a próxima pergunta... tchan-ran-ran...

[0:24:53] – AK: Vamos lá!!!

[0:24:54] – MM: Qual vai ser o meio de locomoção dos filhos? Rsrsrs... Pode aí estender pra nova geração.

[0:24:59] – AK: A BMW a gente sempre fala muito em mobilidade né. Então, né, a gente te levar do ‘A” à ‘B’ de uma maneira... de uma maneira plena, aqui né; então, eu acho que... um lado, o carro vai ter um papel muito importante na vida das pessoas, e... não só hoje, mas no futuro também, e que nem a gente estava falando um pouquinho do... do uso também, da fase da vida né. O pessoal, no passado, falava: “— o milênio, eles não vão ter carro... Não vamos...”

[0:25:25] – MM: Falava muito disso... É!

Escrito por Millena Machado

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. podcast lado pessoal aksel …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.