Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Podcast Lado Pessoal - Fernanda Barroso - Diretora Geral da Kroll no Brasil

Com Millena Machado

Placeholder - loading - Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1
Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

Publicada em  

Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

FB = Fernanda Barroso Carneiro (Entrevistada)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

Música de introdução deste podcast: Trampoline – Shaed & Zayn

[0:00:34] – MM: Olá!!! Está no ar, Lado Pessoal, o podcast Rádio Antena 1! Sejam muito bem-vindo... seja muito bem-vinda! Eu sou Millena Machado, e a partir de agora, nós vamos juntos descobrir o que pensam, como decidem, o que inspira os executivos que comandam as empresas mais admiradas do Brasil. Hoje, revelando seu lado pessoal pra gente, Fernanda Barroso Carneiro, Diretora Geral da Kroll, no Brasil! Fernanda, seja muito bem-vinda!

[0:01:05] – FB: Obrigada, Millena, obrigada! É um prazer estar aqui com vocês.

[0:01:09] – MM: Fernanda, porque você escolheu Trampoline, do Shaed & Zayn pra abrir o nosso podcast?

[0:01:15] – FB: Essa música, ela me ajuda a relaxar, por mais... por incrível que pareça por ser uma música, assim, mais agitada, ela me ajuda a sair da minha rotina um pouco. E... é importante, às vezes, pra gente que trabalha com muitas pessoas sair um pouco da rotina pra você poder olhar pra dentro de você e entender o que tem lá dentro pra voltar pro trabalho mais criativa, né; então eu escolhi essa música porque é até uma das músicas que me ajuda a sair um pouco do meu dia a adia aqui...rs

[0:01:46] – MM: Nossa, engraçado, sabe qual é a percepção que eu criei, assim, sobre você, quando eu fui ouvir essa música e prestar atenção na letra? Que você era um tipo de pessoa que gostava de correr riscos, de se aventurar, que estava sempre, assim, pronta pra mergulhar de cabeça, pra... sabe? Aquela

pessoa que é corajosa, que está sempre predisposta aos desafios? Eu imaginei assim você, eu falei: “— se ela escolheu essa música pra abrir acho que ela tem essa pegada, mais assim, arrojada”

[0:02:14] – FB: É, eu tenho essa pegada, sabe... Mas essa é uma música que eu escolhi porque ela me faz relaxar, de fato. Eu tenho o TC muito ativo, eu não gosto muito de rotina, então, quando eu vejo que estou entrando numa zona de conforto eu preciso buscar, aí, novas atividades, novos aprendizados, entrar de cabeça em novos cursos, na atividade de inovação. É.... e aí eu vou te contar uma coisa, que é um segredo, e isso também é algo que, assim, é um dilema pra mim, porque é difícil pra mim estar confortável com momentos que... seriam momentos de absoluta improdutividade, né, momentos que, assim, algumas pessoas classificariam como ócio criativo. Então, às vezes chega um final de semana eu estou satisfeito porque eu não tenho nenhum compromisso marcado, está fantástico, mas sábado de manhã eu já entro nessa questão de precisar de uma atividade, precisar me jogar em alguma coisa, porque, se não, eu acho que eu estou desperdiçando tempo, né. Por outro lado, é importante a gente entender que o tempo de descanso, ele não é um tempo desperdiçado; então, não fazer nada, de vez em quando, é importante pra pensar no que a gente está sentindo, pra sair do automático, pra voltar às atividades normais do dia a dia de uma forma mais criativa, empática. Então, essa música eu escolhi porque ela me leva pra esse momento... é... em que eu estou olhando mais pra dentro de mim.

[0:03:33] – MM: Já aconteceu alguma coisa, teve algum momento na sua vida que te mostrou o quanto isso era importante, que foi determinante pra você falar: “— pera! Então, a partir de agora, todo dia eu vou ter esse momento assim ou toda semanada eu vou ter esse momento assado; já entendi”. Um sinal do seu corpo ou da sua mente ou alguma coisa, assim, que envolveu a sua família que te fez mudar essa chavinha?

[0:03:58] – FB: Olha, duas situações, eu vou te contar aqui; uma, é uma situação em que eu estava trabalhando muito num projeto, então assim, é muitas horas por dia de dedicação e concentração, e lidar com pessoas e resolver problemas, e eu peguei um buyout, né, eu tive, ali, uma situação em que... é... eu acordei de manhã e eu tive uma taquicardia e... é... eu tive que parar aquele dia...rsrs... porque eu não ia conseguir fazer nada.... é... além de, olhar pra mim e cuidar de

mim e ver que aquela situação, ela não estava sendo uma situação saudável, né. É... O outro momento foi um momento em que eu também estava numa situação de muito trabalho e... e... várias semanas já de um trabalho muito intenso, e eu esqueci o aniversário de uma amiga que é muito importante pra mim....rsrsrsrs... Então eu fiquei muito chateada, e esse tipo de situação faz você perceber que: “— olha, você tem que ser um exemplo pras pessoas e não mostrar que elas têm que trabalhar dessa maneira”... É... Existem formas de trabalhar que não exigem você estar lá disponível o tempo todo...é... e que a vida pessoal é tão importante, mais importante, do que a vida que você tem, ali, no trabalho, com os seus colegas de trabalho, né! Então, é.... a gente, dentro da empresa, tem que saber lidar com as individualidades de cada pessoa, tem que saber lidar com o fato de que cada um tem a sua vida pessoal, e tem que respeitar isso o máximo possível, porque só assim a gente não vai conseguir ter as pessoas no seu.... é... ter as pessoas inteiras no momento em que elas estão trabalhado com você, entendeu, e não o tempo todo divididas, né?

[0:05:45] – MM: Você acha que... esse seu traço de personalidade de... de ser uma pessoa agitada, dinâmica, que não gosta de se acomodar né, que vai atrás das coisas, está sempre querendo se desenvolver, é... é genuinamente seu ou uma coisa que você percebe, observa desde pequena ou que você trabalhou em você pelo fato... é.... do gênero, por exemplo, de ser mulher que você entendeu que no mercado de trabalho você precisava ser mais atirada, mais ousada, mais esperta, mais proativa.... Você já fez algum tipo de reflexão sobre isso?

[0:06:20] – FB: É uma... É uma pergunta muito interessante, Millena, muito interessante! Eu... na verdade, venho de uma família que tem três mulheres né, quatro com a minha mãe; então eu tenho duas irmãs, eu tenho a minha mãe, no conjunto são quatro mulheres, e a gente cresceu sempre sendo estimulada a procurar espaços que, não necessariamente, eram espaços femininos; então, a gente, na época... bem, eu estou com 41 anos, então, lá atrás, tinha muito espaço que era mais masculino do que é hoje; e aí, a gente foi aprendendo a abrir umas determinadas portas que, talvez, se a gente não tivesse tido escapole dentro de casa, a gente não ia se sentir confortável em abrir; então, isso pode explicar um ponto da minha personalidade, que é ser muito ativa, é.... mas eu acho que tem uma outra parte que eu já marquei, assim, por dentro [risos]... A

minha mãe diz que eu era assim desde pequena; então, não sei se é só por causa disso...rsrs... entendeu? {risos]

[0:07:24] – MM: As brincadeiras, então, tinham que ser agitadas, essa coisa de brincar de casinha, fazer comida, não; você era a menina que estava na rua, brincando, bicicleta, bola com as amigas, umas coisas mais agitadas, assim?

[0:07:38] – FB: É, eu não gostava muito de brincar de boneca e de casinha porque eu achava uma atividade solitária... é... Como eu me mudei muito, eu nunca tive muitos amigos, assim. Eu sempre mudei muito de Estado né, e... eu tinha que refazer o conjunto de amizades, então, eu tinha que aprender a criatividade que eu pudesse brincar, sozinha, mas eu não queria que fosse uma atividade tão solitária assim. Então, eu gostava de falar no telefone com as pessoas, eu gostava de brincar de ser jornalista, Millena...[risos]; eu ficava lendo as enciclopédias, assim, e junto eu estava lá no Jornal Nacional, entendeu? Então, é uma atividade mais interativa.

[0:08:17] – MM: Que legal! Agora, a tua formação é jornalismo né? E você, depois, foi fazer uma especialização no Mestrado em Economia, e se tornou executiva. Em algum momento da sua carreira você trabalhou em veículo, atuou como jornalista ou desde sempre você se interessou pela carreira executiva?

[0:08:35] – FB: Atuei; o meu primeiro estágio foi numa rede de televisão lá no Rio de Janeiro, que foi onde eu fiz faculdade, e aí é... eu gostei muito, mas o meu grande sonho como jornalista quando eu fiz a faculdade, era ser igual a Cristiane Amanpour...

[0:08:51] – MM: Ahh, que legal! Da CNN...

[0:08:52] – FB: Então, eu queria fazer jornalismo de guerra, internacional, é...rsrs... E aí... é.... Eu, quando comecei a trabalhar vi que não ia conseguir isso, porque estava mudando, um pouco, a forma de como o jornalismo de guerra era feito, e aí eu resolvi investir, também, em outras atividades, mas eu continuo gostando demais do jornalismo, e eu encaro que a atividade que eu tenho hoje, na Kroll, é uma junção da atividade de jornalismo investigativo com a atividade fim de gestão financeira e de... é... olhar é... macroeconomia, tudo junto. Então, eu fico muito feliz que eu consegui juntar essas duas coisas...rsrs...

[0:09:34] – MM: Aliás, você acha que comunicação é um dos seus grandes traços, assim, de liderança? Você é a líder que está sempre se pronunciando, comunicando, fazendo reuniões, trazendo todo mundo pra dentro da história...Como é que é o teu dia a dia?

[0:09:49] – FB: Eu acho, Millena, que é o seguinte: eu tento ter uma comunicação bem transparente com as pessoas que estão ao meu redor, sejam pessoas da minha vida pessoal, sejam pessoas que trabalham comigo, aqui, no dia a dia. Eu acho que a comunicação clara com as pessoas é algo que torna o trabalho e as relações mais fácil, porque você, na verdade, está mostrando, exatamente, como você é, você está mostrando as suas vulnerabilidades, e você está ali tentando, também, entender as vulnerabilidades das outras pessoas, né. Eu acho que, às vezes, na sociedade em que a gente vive, as pessoas tendem achar que você mostrar vulnerabilidade na forma como você se comunica, é algo que vai ser percebido como uma fraqueza; e eu tenho uma visão um pouco diferente. Eu acho que uma pessoa, um líder né, que se mostra humano, que se mostre solidário, que se mostra transparente, preocupado, ali, com a coletividade, ele é um líder que vai demonstrar essa vulnerabilidade e, pra mim, esse é um aspecto importante da comunicação e da liderança.

[0:10:58] – MM: Agora, Fernanda, parece que está dando muito certo, aí, esse seu jeito de liderar, comunicativo, transparente, acolhedor com essa escuta ativa né, e essa organização de ideias, aqui, que você está demonstrando pra gente, porque, desde que você assumiu a Kroll, no Brasil, a empresa já cresceu três vezes em contratação e três vezes em faturamento. Qual é o segredo? Essa era a meta quando você assumiu o desafio, era essa a meta mesmo, crescimento puro, ou é uma coisa que vem acontecendo como consequência de um outro objetivo que vocês traçaram e de algo que você está fazendo aí no paralelo? Me conta um pouco aí do seu grande desafio nesse momento...

[0:11:39] – FB: É... Vamos lá! Eu... quando eu entrei aqui na Kroll e depois que eu assumi o escritório, a minha missão pessoal era construir um ambiente de trabalho que fosse inclusivo, e que estimulasse o desenvolvimento tanto pessoal quanto profissional das pessoas, porque eu gosto de ver esses dois aspectos juntos, né, e respeitando a individualidade de cada um. E a gente, então, começou a fazer um trabalho de inclusão de diversidade, é... hoje, por exemplo,

a gente tem aqui na nossa área de gestão de risco, 80% de mulheres; então, a gente tem feito um trabalho bem sucedido à inclusão de gênero, por exemplo, né. E eu acho, Millena, que o que acontece é que quando a gente começa trazer essa diversidade pra dentro da Companhia, isso tem resultados muito palpáveis do ponto de vista financeiro, do ponto de vista de qualidade, de entrega e de relacionamento com os clientes, né; a gente tem capacidade de, às vezes, verificar oportunidades e necessidades que os nossos clientes têm que a gente não conseguiria ver se a gente não tivesse esse ambiente mais diverso.

[0:12:45] MM: Eu sei que você é casada; como é que é a dinâmica entre você e seu marido? Ele também é executivo ou ele é de uma outra área... como é que fica, pra vocês se encaixarem aí nas agendas, na aspiração profissional e pessoal de cada um?

[0:13:02] – FB: Millena, esse é um ponto... Ele é executivo, também, tá. E... ele também tem uma agenda bem complicada, é... mas a gente está tentando achar espaços e até então tem uma tentativa, uma busca constante, porque...rs... se a gente não fizer isso depois a rotina de trabalho acaba pegando a agenda como um todo e a gente fica com pouco tempo pra gente né! A gente fica buscando os espaços pra gente fazer coisas juntos; então, por exemplo: todo dia de manhã a gente faz personal de funcional juntos, então a gente faz essa aula, e é uma aula nossa, os dois juntos...rsrsrs...

[0:13:36] – MM: Adorei!

[0:13:38] – FB: É.... A gente faz algumas atividades de estudos juntos, também; então, é atividade de mestrado, a gente tem um tempo que a gente senta pra discutir e a gente também faz juntos; então, a gente privilegia atividades que dá pra incluir os dois, porque aí a gente garante que, pelo menos, naquele tempo a gente está ali juntos e se divertindo, enfim, relaxando e trocando ideia...rsr...

[0:14:06] – MM: Pra você, na sua hora de lazer, o que você costuma fazer, assim, quando você não tem nada pra fazer, está com o tempo livre, livre mesmo, já se livrou da culpa, já se preparou pra semana e aí sobrou um tempinho, quando sobra esse tempinho...rs... aí acontece o quê?

[0:14:23] – FB: Olha, eu sou viciada em ver filmes sobre histórias reais...rsrs... Então, quando aparece algum, em qualquer plataforma de streaming, eu já,

imediatamente, boto lá no Slift né, pra poder assistir... Adoro! Então, quando eu tenho tempo eu vou pra filmes e séries de histórias reais. É.... E aí, fora isso, eu gosto de ler, ultimamente eu tenho lido bastante livros sobre neurociência...rsrs... É um dos meus nichos mais recentes, então eu tenho gostado muito de assistir o podcast de uma neurocientista, é... e ela fala, basicamente, de como o nosso cérebro funciona e porque alguns comportamentos que a gente tem são baseados na forma como a gente foi sendo educada e as experiências que a gente teve durante a vida. E, de certa forma, como mudar isso, porque as regiões do cérebro, elas estão sempre se desenvolvendo; então, essa visão de que: “—ah, eu sou bom em uma coisa, não vou ser boa em outra”, ela vai desmistificando porque o córtex pré-frontal, ela explica, é algo que se desenvolve durante a vida inteira; então você pode ir treinando diversas coisas pra ficar bom em outras coisas que você não seria... é... no início, na escola ou em que quando você começa a trabalhar, e tal...rsrs... É muito interessante!

[0:15:48] – MM: Olha! Você tem o nome de cabeça aí, pra você indicar pra gente desse podcast dessa neurocientista? Achei interessante!

[0:15:56] – FB: É um podcast chamado Mindset Neuroscience, é com uma neurocientista chamada Stefanie Faye, e ela tem, já, duas temporadas de podcasts e todos, até agora que eu ouvi eu ainda não terminei...rs. E ela vai publicando sempre novos, né; todos que eu assisti foram interessantes, não teve nenhum que eu achei assim: “— ah, isso daqui não serve pra mim”...rsrs... todos são legais.

[0:16:23] – MM: Que legal...Que legal! É sinal de que, até quando você espairece ou quando você se propõe a alguma coisa, você sempre está buscando uma inspiração, um aprendizado, né; as coisas precisam fazer sentido pra você, estou percebendo isso, né; você se envolve naquilo que tem algum resultado, que contribui de alguma forma pro seu desenvolvimento pessoal ou profissional.

[0:16:46] – FB: É, eu estou sempre buscando ver como é que eu posso melhorar... rsrs... Então, tem várias coisas que eu uno mesmo pra minha vida pessoal, não é só pra profissional que a Stefanie Faye fala ali no podcast. Então, é muito interessante mesmo ver como é que nas suas relações pessoais você pode agir de formas diferentes e isto vai gerar comportamentos diferentes. Então é só pros meu amigos que eles estão gostando...[risos].

[0:17:13] – MM: Muito interessante! Falando sobre isso, me conta uma coisa, o que te traz mais orgulho na sua trajetória, ou no mundo, também pode ser, de repente seu olhar está mais pra fora do que pra dentro nesse momento, você está mais observando assim, e o que te deixa indignada, te deixa frustrada, fala: “— gente, eu não consigo entender como é que isso acontece ainda, como pode isso acontecer?” Quais são esses dois contrapontos, assim, que te chamam muito atenção nesse momento?

[0:17:43] – FB: Perguntas difíceis, hein, Millena? Mas vamos lá! É... eu tenho muito orgulho...rsrs.. de ter conseguido construir uma rede de relacionamentos que é uma rede que está sempre ali pra te apoiar, quando necessário, e são pessoas que têm valores que eu considero importantes. É... valores de transparência, de honestidade, de diversidade, é... e de equidade, né. E aí, no trabalho, eu acho que se aplica aqui também, na Kroll, porque a gente foi bem sucedido nessa questão de aplicar diversidade de gênero aqui, a gente está aplicando cada vez mais na inclusão de negros na Kroll, LGBT também, riscos guiados e profissionais de países em dificuldades. É... De novo, sempre essa expectativa de aumentar a inclusão, de gerar mais diversidade, tornar o nosso ambiente de trabalho mais dinâmico. Então melhor resultado né, pros nossos clientes também. E... E aí passando pra segunda parte da sua pergunta, que é sobre... o que pra mim é difícil de lidar, é... eu tenho dificuldades, assim, de lidar com pessoas que falam muito delas mesmas, que são muito focadas em si, então parece estar sempre ali mais voltadas pra sua própria importância do que pras pessoas que estão ao redor, e também tenho dificuldade de lidar com pessoas que tornam o ambiente mais negativo, porque elas são... pessoas que minam a confiança dos outros, que minam a segurança psicológica das pessoas porque, pra mim, tornam o ambiente mais pesado, então eu tenho muita dificuldade em lidar com essas situações.

[0:19:35] – MM: Sim... Imagino! Porque, como você é muito realizadora, também né, deve ser difícil, pra você, encontrar pessoas que dizem ‘não’ ou ‘talvez’ né, ‘daqui a pouco’...rsrs... ‘não é bem assim’, ‘não sei’...rsrs... Você tem um...um estilo de... de viver, mesmo, que é mais realizador, a gente percebe isso claramente, assim, na sua fala e nas decisões que você tomou.

[0:20:05] – FB: Isso é uma coisa que me preocupa, Millena, porque eu quero ouvir os ‘nãos’ das pessoas, porque eu quero ter essas discussões e esses conflitos saudáveis, né. Às vezes você fala numa posição de liderança, às vezes não, eu acho que isso é uma coisa que todo mundo fala, é bastante solitário, assim, porque você, na verdade, não pode dividir todas as informações que você recebe, né, você tem que tomar cuidado com as emoções que você vai, ali, compartilhar, especialmente quando têm emoções negativas, então fica muita coisa guardada só com você, e é muito bom você ter a possibilidade de tornar essa liderança um ato mais compartilhado, e isso também parte da possibilidade de poder discutir com as pessoas e ouvir ‘nãos’, e você ouvir que tem uma forma diferente de fazer, uma forma diferente daquilo que você pensou e tal. Então, eu gosto de ouvir ‘nãos’, tá, é...rs... eu gosto de ter conflitos saudáveis...[risos].

[0:21:09] – MM: É uma... o trabalho é mais em equipe, mais participativo, a troca de... de ideias, a corresponsabilidade, criar junto, implementar junto...

[0:21:23] - FB: Em colegiado, sempre!

[0:21:27] – MM: Muito bem.... muito bem! Se você pudesse encontrar alguém, eu queria entender um pouco mais sobre a sua inspiração, você já me falou sobre a Cristiane né, no jornalismo, a Cristiane Amanpour, que era uma referência que você tinha no jornalismo, mas, hoje, no dia a dia, se você pudesse pensar numa pessoa, e eu nem sei se você tem uma pessoa que reúna todas as características que você admira, enfim, mas se você tivesse a chance de encontrar alguém, qual é a personalidade, nesse momento, que você acha que mais se destaca no mundo que a gente deveria prestar atenção, saber mais sobre essa pessoa, se inspirar nela ou, de repente se essa pessoa já morreu, mas que você acha que deixou um importante legado pra civilização; tem alguém assim que te chame a atenção?

[0:22:12] – FB: Tem. Eu tenho muita admiração pela 1ª Ministra da Nova Zelândia, a Jacinda Ardern, ela me ela me parece, claro, olhando a distância, mas me parece sempre ser uma líder muito empática, uma líder que tenta deixar claro com as ações dela, que é possível ser mulher e ter filhos e ter uma carreira, né, é possível fazer tudo isso junto de forma competente; e ela com essas ações, e claro, escolhendo times bons que também vendem uma... uma consequência de você ser empática né, ela foi capaz de implementar várias questões muito

relevantes na Nova Zelândia , e eu acho que o fato... a forma como eles combateram a pandemia lá é um bom exemplo disso né, têm vários outros exemplos, então, ela é uma mulher que eu admiro muito e que eu gostaria, assim, de conhecer melhor, sabe, eu gostaria que fosse minha amiga...rsrs...

[0:23:12] – MM: Quem sabe você não realiza um evento, convida ela pra vir ao Brasil né, quando estiver tudo funcionando melhor, esse vírus controlado, extinto... Nossa! Tomara né, já imaginou? E aí proporciona uma experiência, assim, pra nós né, um contato assim poderia ser muito legal.

[0:23:34] – MM: Vamos tentar. Você falou sobre filhos, você não tem filhos né?

[0:23:39] – FB: Não temos filhos ainda, a gente ainda não chegou num momento em que a gente sentou e decidiu, “vamos ter filhos agora”. A gente está super aberto no caso de a gente não conseguir mais pra frente ter filhos, porque afinal de contas eu já estou com 41 anos, né, e existe uma idade gestacional aí que ainda é longa, vamos lá, ainda vai até os 50 anos pelo que eu estou vendo aí na medicina, mas a gente é super a favor de adoção; então, eu não estou preocupada, assim, com idade gestacional, eu estou preocupada na gente sentar e estar tranquilos e tomar essa decisão pra conseguir construir uma família bem legal e ter bastante tempo disponível pra poder educar.

[0:24:23] – MM: Certo! Filhos humanos ainda não; filhos caninos, filhos felinos... rsrsrs... tem pets aí na sua vida?

[0:24:30] – FB: Quatro.

[0:24:31] – MM: Quatro? Rsrs... O que são, cachorro ou gato, papagaio?

[0:24:35] – FB: Tenho quatro... São quatro cachorros, sem raça definida...rsrs Fui pegando os cachorros, assim, em vários lugares diferentes, e eles são uma alegria, assim, eu acho até que são como se fossem filhos né, enfim; a gente cuida deles, ali, e eles cuidam da gente, e... enfim, reclamam quando a gente trabalha muito também, porque eles também precisam de atenção, eventualmente eles fazem alguns motins em casa; ... [risos]... E a gente tem que respei

[0:25:12] – MM: Ai, ai... O bichinho traz alegria né? Dá trabalho, mas traz alegria, aquele amor incondicional e renova a gente; chegar em casa e encontrar um bichinho, quem tem ou já teve vai entender o que a gente está falando né... É... como preenche a vida.

[0:25:28] – FB: Nossa, é uma alegria! Rsrsrs... Muito bom!

[0:25:32] – MM: Pois é! Fernanda, olha como o tempo passa rápido, gente! Eu nem acredito viu! Poderia ficar conversando com você horas e horas, mas a gente tem um tempo aqui predeterminado do nosso podcast, a nossa ideia é que as pessoas possam escutá-lo do começo ao fim, né, num momento aí, num break do dia, seja uma pausa no meio da manhã, no meio da tarde, hora do almoço, enfim, para que elas não percam nenhum minutinho desse conteúdo rico que vocês executivos estão dispostos a compartilhar aqui com a gente, que é sempre muito inspirador. E foi muito bom ter você aqui, eu acho que você foi muito, muito sincera, muito transparente, mesmo, com a gente, falando sobre toda a sua trajetória, trazendo momentos da sua vida que te encorajaram e te desafiaram, eu tenho certeza que muita gente vai se reconhecer, e não só mulheres, acredito que homens também vão reconhecer situações em suas companheiras, em suas filhas, em suas mães, e esse é o poder né, de a gente revelar o lado pessoal, de a gente ser natural, sincera, autêntica, como você demonstrou aqui, porque aí a gente alcança as pessoas, e sai desse lugar de adoração que você mesmo colocou aqui de solidão que a liderança traz, de pedestal, traz pra uma coisa mais real e contagia todo mundo. Foi super legal ter você aqui, eu amei te conhecer virtualmente, por enquanto...rsrs... Espero que a gente se encontre pessoalmente um dia aí, e até lá eu vou ficar torcendo por você, te mandando boas vibrações, te desejando cada vez mais sucesso, mais reconhecimento profissional e mais realizações pessoais porque você merece. Obrigada pela sua participação aqui.

[0:27:15] – FB: Olha, eu gostei muito, Millena! Fiquei muito feliz de conversar com você, e depois você me liga pra gente continuar a conversa, entendeu? [risos].

[0:27:24] – MM: Adorei! Rsrsrs... Adorei! Agora, Fernanda, você sabe que aqui a gente tem um espacinho pra você dedicar uma música, e eu sei que você escolheu uma música que tem uma mensagem forte, já conclui pela nossa

conversa, tem tudo a ver com você, e da maneira como você se posiciona na vida, e o que você se propõe aí a fazer e a realizar, que é Laisse Tomber Les Filles da France Gall; porque que você escolheu essa música? E pra quem você vai dedicar, encerrando esse nosso podcast?

[0:27:54] – É... Olha, essa é uma música feminista, é... que eu ouço, assim, quando tem aquela reunião difícil, então eu boto ela e vou em frente, entendeu? Pra chegar lá arrasando. Então eu acho que quem ouvir vai ter esse mesmo sentimento, tá! E eu dedico pra você, pra sua equipe, que foi ótima...rsrs... E, enfim, pra todas as mulheres trabalhadoras desse Brasil!...rsrs

[0:28:22] – MM: Ahh... Obrigada, adorei! Eu amei essa música; não conhecia, quando você sugeriu eu fui lá buscar a letra e pus pra tocá-la, realmente, contagia a gente, e é isso aí, é um movimento de... de acolher e de fortalecer e de encorajar as mulheres, né, não vamos abandonar as meninas né, vamos juntas, vamos em frente!

[0:28:42] – FB: Exatamente!

[0:28:45] – MM: É isso aí! Então tá bom! Um beijo pra você, bem grande, viu! Obrigada pela participação.

[0:28:51] – FB: Um beijão, gente, obrigada!

[0:28:54] – MM: Até a próxima! Pessoal, esse foi o podcast que revelou o lado pessoal de Fernanda Barroso Carneiro, diretora geral da Kroll, no Brasil. E olha, vai ficar disponível pra você escutar quantas vezes você quiser e também pra você compartilhar; faça isso então, viu! Escute muitas vezes; a cada vez que você escuta, você absorve mais, você se inspira mais, e isso é ótimo! E compartilhe à vontade, distribui aí o link pros seus amigos, viu, porque vale! A gente se encontra, então, no próximo podcast, combinado? Até lá então! Um beijo!

Escrito por Millena Machado

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. podcast lado pessoal fernanda …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.