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PODCAST LADO PESSOAL - SÉRGIO ZIMERMAN - CEO PETZ

Com Millena Machado

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Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

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Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal)

AS = Sérgio Zimerman (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1. Música de introdução deste podcast: Love Of My Life – Queen

[0:00:33] – MM: Olá! Sejam muito bem-vindo... Seja muito bem-vinda! Está no ar, Lado Pessoal, o podcast da Rádio Antena 1. Eu sou Millena Machado e, a partir de agora nós vamos juntos descobrir o que pensa, como decide, o que inspira um dos executivos mais admirados do Brasil. Hoje, revelando seu lado pessoal pra gente, Sérgio Zimerman, CEO da Petz. Olá, Sérgio, seja muito bem-vindo!

[0:01:00] – SZ: Olá Millena, tudo bem? Um grande prazer estar aqui, prazer poder compartilhar um pouco das histórias contigo.

[0:01:16] – SZ: Vai ser um prazer, prontíssimo!

[0:01:20] – MM: Então vamos começar com a música que você escolheu pra abrir aqui o nosso papo, que é Love Of My Life do Queen; porque você escolheu essa música? O que ela significa pra você? O que a letra dessa música diz sobre você?

[0:01:34] – SZ: É... Essa música, ela.. ela mostra o que a gente vai falar bastante durante o papo, que é assim a... o lado romântico... é... que eu tenho, mas o lado, também, de... de bem com a vida né, o lado, assim, de escolher é.... coisas boas, escolher viver bem. Então, eu acho que... tanto a música inicial como a música final traduzem muito isso.

[0:02:12] – MM: Os românticos, né, na essência, não fogem do sofrimento né? Tem essa questão dos altos e baixos, eles gostam da vida com intensidade né, esse apego, essa coisa, pra você também é assim?

[0:02:29] - SZ: Eu... Tem uma música do Roberto Carlos é... que é a música Emoções, e tem uma frase lá que é quase que um lema de vida pra mim.

[0:02:40] – MM: Me conta!

[0:02:40] – SZ: É a seguinte: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.

[0:02:44] – MM: Rsrsrsrs. Adorei!

[0:02:47] – SZ: Então, a vida porá mim é isso.

[0:02:48] - MM: Vale até um sobe som, né Renan! Adorei...rsrs... (Trecho da música Emoções – Roberto Carlos).

[0:03:14] – MM: É isso aí... É isso mesmo! Me conta uma coisa, vamos começar, então, desde o começo, porque, hoje, você é um empresário bem sucedido, um homem realizado, tem uma família estruturada, está empregando um monte de gente, né, entrou pra Bolsa, mas não foi sempre assim, o seu começo, aliás, é bastante curioso; conta pra gente como é que foi esse seu início, início de vida adulta como animador de festas infantis, o seu trabalho de palhaço; como é que isso surgiu e o que isso agregou pra sua vida quando você olha, hoje, lá pra trás?

[0:03:54] – SZ: É... Millena, eu voltando um papinho antes, eu nasci, literalmente, no comércio, já que a minha casa tinha quarto, cozinha e loja, meu pai havia destruído a sala da casa pra fazer uma loja de confecção de roupas infantis; então, desde o meu nascimento eu sempre lidei com o comércio, sempre vivi, literalmente, o comércio. Aos 18 anos, depois de ter feito um curso de Edificações, na Escola Técnica Federal de São Paulo, e é uma escola maravilhosa, eu fiz um curso super bom de Edificações que equivale ao Técnico de Engenharia Civil, eu saí muito preparado tecnicamente e fiz várias entrevistas pra trabalhar em construtoras, mas eu sempre ia muito bem na parte teórica, lá nos testes, mas quando chegava no exame psicotécnico, sabe aquela história? “Ah, desenha uma árvore”.... [risos]... Eu nunca passava dessa fase, eu acho que eu estava desenhando árvore num lugar errado ou um tamanho errado, sei lá o que eu vazia lá que não funcionava, aí eu nunca fui chamado, e aí eu estava ficando sem emprego, eu tinha decidido que eu não queria mais estudar, eu tinha parado no 2º grau, eu falei: “não, eu quero trabalhar, eu não quero fazer faculdade”, eu parei, assim, eu nem tentei fazer faculdade naquela época, e.... aí, na época, né, como a minha namorada trabalhava com animação de festas infantis, eu vi aí uma oportunidade de começar a empreender sendo o palhaço salsicha, e assim a gente... nasceu a minha vida, assim, infantil.

[0:05:45] – MM: Olha só! Muito interessante isso que você está falando, porque nesse seu início de vida adulta você não visualizava a importância, não reconhecia a importância da educação. Hoje você é um profissional super bem informado né, além de você ter feito Administração de Empresas, depois você foi fazer várias pós-graduações né, você fez especialização em varejo nos Estados Unidos, também na Europa, aqui no Brasil... Quando que você mudou essa chave? Quando que a educação passou a ser importante pra você? Você percebeu que esse repertório seria necessário?

[0:06:21] – SZ: Eu sempre fui muito intuitivo, Millena, então eu achava que... tem que.... nada como a barriga no balcão, experiência, pra ir tocando as coisas. Mas aí quando veio o processo de empresa, que eu vi que a empresa tinha ficado muito maior que eu, eu percebi que estava me fazendo falta ter um conhecimento teórico e, finalmente, quando essa empresa veio à falência eu, definitivamente, senti muito o peso de não ter estudado. Ainda que pudesse não fazer diferença, mas, psicologicamente acho que [....] pra mim, então, eu sabia que.... eu atribuía que se eu tivesse tido mais conhecimento acadêmico o destino poderia ter sido diferente, e eu resolvi, aos 34 anos, ir fazer o curso de Administração e logo na sequência já emendei MBA, depois especialização tanto na Europa como nos Estados Unidos porque eu quis compensar o tempo não estudado. E aí a... nesse contexto, a Fundação da Petz que, originalmente se chamava Pet Center Marginal, vem recheado dessas duas características, uma pessoa com muita experiência já de atividade de empreendedor, eu tive várias, e com conhecimento acadêmico; a mistura dessas duas coisas foi super legal, era uma empresa que, na ocasião, faturava 15 milhões por mês, caiu pra 2 milhões de reais por mês em 3, 4 meses, evidentemente, isso gerou o processo falimentar da empresa; e, esse processo falimentar, é.... sempre indico, um privilégio ter vivenciado isso. E, por que estou dizendo que é um privilégio? Não é um privilégio de dinheiro, não é um privilégio material, não é um privilégio emocional, que é duro passar por esse processo, mas é um privilégio quando você escolhe aprendizado. É... Se o foco está na palavra aprendizado, ter tido essa experiência me dá uma vantagem de aprendizado que outros empreendedores, porque eu conheço vários, que tiveram uma carreira tão mais virtuosa do que a minha, mas não tiveram o privilégio de falir, e não sabem o que é uma falência. E... E eu posso garantir que o aprendizado é muito, muito, muito rico, em três, quatro meses você ressignifica muitos valores, você pensa muito a vida e, acho que quando você faz as escolhas corretas você sai de um processo desse muito mais forte do que você entra.

[0:09:10] – MM: Então você acredita que, essa maneira como você encara a vida de que tudo é um aprendizado, são lições, ajuda você a virar páginas, então você consegue seguir na... escrevendo os capítulos da sua vida.

[0:09:26] – SZ: Uma das coisas mais valiosas que eu aprendi e pratiquei, é assim: quando você perde um emprego ou quando você perde uma empresa, ahnnn... é natural do ser humano procurar conforto; e como é que se acha conforto? Indo pra janela e ir apontando o dedo pra achar culpados pelo que aconteceu. Então você perde a empresa e você culpa o governo, você culpa os bancos, você culpa a concorrência, culpa o sócio, você culpa todo mundo, e aquilo te deixa se sentir um pouco melhor. Se você perde o emprego você vai culpar o chefe, culpa a empresa, você culpa tudo né, mas você não quer parar pra refletir porque você perdeu o emprego, você prefere escolher que o problema está no externo. Qual que é a questão aqui? A questão é que você pode, efetivamente, só está falando a verdade, você pode na.... ao falar dos problemas externos na empresa ou ao falar do problema do chefe ou da empresa, pode ser plena verdade, só que você não aprende nada com isso, quando você só acha culpados. O que realmente faz diferença é, ao invés de ir pra janela procurar culpados, vá pro espelho, e faça reflexões de porque você... porque que aconteceu aquilo? O que você fez na empresa? Porque você perdeu a empresa? O que faliu a empresa? O que é..... O que, assim, são medidas que você tomou e que você não deveria, eventualmente, ter tomado? E aí, Millena, me surgiu uma coisa linda naquela época.

[0:11:14] – MM: Estou curiosa, queria saber como é que foi tudo isso pra você, essa reflexão né, quais conclusões você chegou sobre você?

[0:11:20] – SZ: É... Então... Ao ir pro espelho eu vi uma série de coisas que eu fiz e que conheceram o resultado e deram errado, e aí me veio um sentimento de culpa, mas esse sentimento de culpa eu falei: “não, mas não é justo eu sentir culpa, porque...” Porque que eu não posso sentir culpa? Porque quando eu tomei a decisão... eu tomei a decisão não pra dar errado, eu tomei a decisão pra dar certo, lá atrás. Então, eu fiz com a melhor das intenções, mas o resultado foi ruim. E aí eu aprendi a diferenciar culpa de responsabilidade. Eu falei: “eu não vou me sentir culpado pelo que aconteceu, mas eu vou me sentir responsável pelo que aconteceu”. E essa distância e essa diferenciação de culpa e reponsabilidade me deixou pleno, porque, ao mesmo tempo eu cuidei de mim e não me sentir culpado, que eu acho que a culpa te joga pra baixo, é um sentimento ruim de ter, mas assim, se sentir responsável é um sentimento de empoderamento, mesmo a falência; falei: “olha, eu sou responsável pelo que aconteceu, eu não vou transferir essa responsabilidade pra ninguém; se um diretor errou, eu que contratei o diretor, então, eu não vou falar que o diretor errou; se o banco estava com juros altos, quem tomou a decisão de pegar o dinheiro no banco fui eu, então o banco não colocou uma arma na minha cabeça pra eu tomar dele; então, é... puxar essa responsabilidade pra si, eu percebi que era um grande modo de gerar aprendizado; então, isso fez muita diferença porque, ao assumir responsabilidade e não assumir culpa eu me senti bem emocionalmente, é.... gerou aprendizados e, na outra face, da mesma moeda, quando um negócio com sucesso as pessoas tendem a ir pro espelho e faz: “ôoo... eu sou o cara, olha o que eu tô fazendo, olha o que eu tô construindo, olha não sei o que”... E... Eu sempre me policio pra evitar espelho e procurar as janela; procurar a janela para agradecer: aos colaboradores, agradecer aos fornecedores, agradecer aos clientes, agradecer à imprensa, agradecer a todos que têm contribuído pra que esse projeto seja um sucesso, porque, aqui, a postura de gratidão é muito mais rica do que a... qualquer postura de envaidecimento, por quê? Porque o mundo é uma horda, hoje está bem assim e amanhã pode não estar, e se você não se prepara pro dia que a horda vier.

[0:14:10] – MM: Girar...rs

[0:14:10] – SZ: Mudar de posição.

[0:14:11] – MM: É.

[0:14:12] – SZ: É... acontece o que não a.... não raramente a gente vê, de empresários que quando falem não é a empresa só que vai à falência, literalmente, vão à falência juntos, então, ou ficam deprimidos ou se suicidam ou passam uma vida lamentando e vivendo do passando, dizendo o que fez, o que era, etc., etc., e para no tempo, e perde a capacidade de ir pra frente.

[0:14:44] – MM: Ô Sérgio, você tá... está se mostrando pra nós aí, uma pessoa com bastante racionalidade né; então você já mostrou o seu lado romântico, dessa coisa de não fugir né, das frustrações, de se entregar com intensidade e tudo mais, e ao mesmo tempo sabendo discernir entre culpa, responsabilidade, e construindo a sua própria fortaleza. Mas a gente não vive sozinho nesse mundo né? Você resolvendo suas questões super bem, mas tudo isso impacta na família, impacta nos amigos, nos funcionários que você contratou, depois teve que demitir; eu queria saber como é que foram esses fatos, você inserido na sua família, em que momentos você teve apoio, em que momentos você foi incompreendido, como é que você fez essa roda girar, também aí, no seu lado pessoal?

[0:15:38] – SZ: Bom, primeiro, estruturalmente, pensando em pais, é. acho que minha mãe é... evidamente responsável pelo conforto emocional, a autoestima bem resolvida, né, ela é típica aí de mama, de ser é... não importa a idade do filho é sempre o filhimho né, e sempre preocupada se está com o agasalho, se não está com agasalho, esse... esse conforto, essa proteção de mãe que faz a diferença, e do meu pai eu tive muito aprendizado dessa racionalidade é... muito estímulo à matemática, muito estímulo ao xadrez, é... muito estímulo a pensar de um jeito com raciocínio lógico.

[0:16:34] – MM: E os filhos? Como é que foi a criação dos filhos, assim, você tirou coisas deles, você se sacrificou pra mantê-los na mesma escola, educação, foi mudando a sua chavinha, valores que você tinha passado anteriormente pra eles você revisitou e falou: “ó filho, não é bem assim, seja mais ousado, seja mais precavido?”

[0:16:56] – SZ: A relação no processo da falência foi, assim, super de... eu tive muita estrutura familiar de apoio na falência; a Helena, que é a primeira esposa foi, assim, uma companheira que eu não tenho nada do que reclamar como apoio que ela deu nesse momento adverso que eu tive; felizmente a gente conseguiu priorizar a educação dos meninos e.... não respingar...a... na questão educacional, mas eu sempre coloquei que... a melhor herança que a gente poderia dar seria o exemplo de boas condutas e a herança intelectual mesmo né, sempre acho que foi uma... uma prioridade. Curiosamente, talvez onde eu tive mais problemas familiares não foi na falência.

[0:17:54] – MM: Ahnnnn

[0:17:55] – SZ: Foi no recomeço, é.... Não da primeira loja, a primeira loja na Marginal, só que eu montei a primeira loja pra sustentar a família, a primeira... Eu não montei uma loja pensando em ter duas lojas; eu montei a loja pra ter uma loja e pra ter como sustentar a família, com quatro filhos, precisa ter sustento.

[0:18:15] – MM: Você diz a Pet? A primeira, o primeiro Pet Center

[0:18:17] – SZ: A primeira loja, que foi em 2002, da Pet Center Marginal.

[0:18:21] – MM: Depois da falência.

[0:18:22] – SZ: Funda em 17 de agosto de 2002. E aquela loja tinha o objetivo de sustentar a minha família, e.... é... 9 meses depois ela estava no equilíbrio e começou a dar lucro é... 9 meses depois. E quando começou a ir bem e quando eu comecei a ter o dinheiro suficiente pra sustentar a família, eu... começou a... minha [...] vida do empreendedorismo me atacou, mas foi um negócio.... se uma loja está indo bem porque eu não monto uma segunda loja?

[0:18:51} - MM: Ahnn.

[0:18:51] - SZ: E aí que o apoio não foi.

[0:18:54] – MM: Rsrsrsrs...Aí a família.

[0:18:54] – SZ: O apoio que eu tive na falência seguramente não foi o apoio que eu tive pra montar uma segunda loja, muito pelo contrário, aí eu tive muita crítica no sentido de que eu era muito teimoso, que eu estava repetindo o erro, que eu já tinha quebrado.

[0:19:09] – MM: Ahn...Imagino!

[0:19:10] – SZ: ... na empresa anterior por querer crescer, que eu não sossegava, que, pô, se estava tudo bem, a loja estava bem, a gente estava vivendo bem, a gente podia levar uma vida mais simples, a gente podia, não tinha necessidade de querer começar tudo de novo o processo. Mas.

[0:19:28] – MM: Natural né? Rsrs

[0:19:30] – SZ: É... Mas eu fui pra segunda, fui pra terceira, pra quarta, e hoje são 144 lojas.

[0:19:34] – MM: Que sucesso! Vamos falar um pouco desse sucesso, então? Como é que você está vivendo esse sucesso? Agora você tem uma nova companheira, é avô né, os filhos crescidos... Quais são as coisas, assim, que você tem desfrutado que você nem imaginava antes, os sonhos que você já realizou?

[0:19:55] – SZ: Então, Millena, é... assim... acho que eu estou, seguramente né, pensando numa retrospectiva, no melhor momento de vida profissional e pessoal, porque, assim, profissionalmente o auge da companhia é... eu estou na mesma sintonia também, no auge profissional por conta de ter realizado [...] open, por conta de ter uma afinidade fantástica, eu estou adorando esse momento de companhia aberta, é... me relacionar com os fundos de investimentos, fazendo com alguns investidores.

[0:20:32] – MM: Foi o ano passado né? Faz um ano já né, mais ou menos?

[0:20:35] – SZ: Foi, isso, vai fazer um ano em setembro. Então é... falar com investidores do mundo todo, é.... ter feito... a gente tem 77.000 sócios.

[0:20:46] – MM: Olha! Rsss

[0:20:46] – SZ: Então, nunca imaginei, um empresário, pô, que eu peguei 77.000 sócios, estou super feliz com esse momento profissional e como eu disse antes, ter conhecido a Patrícia, também, assim, um momento super de paz desse... nesse momento pessoal de muita paz, de muito amor, de muito companheirismo e... e aproveitando a vida, e é de um jeito equilibrado. Então, tenho muitas atividades profissionais e também usufruindo com algumas viagens, com algumas situações muito agradáveis de passeios, de conhecer novos lugares; então tá... tá um momento... tô naquele momento da roda gigante que a roda está no alto.

[0:21:39] – MM: Ah.... que bom!

[0:21:39] – SZ: Mas sempre com a consciência que.... Uma coisa, assim, super legal que outro dia eu refleti.

[0:21:47] – MM: Humm.

[0:21:47] – SZ: É assim: eu estou rico, eu estou presidente da empresa, mas eu não sou o presidente da empresa, tão pouco eu sou rico, né, o que eu sou é... eu sou humano, é... Então, é importante saber o que é a essência da gente e o que é circunstancial, então, um momento material muito positivo, o cargo, a visibilidade são tudo estados em que eu estou hoje, amanhã posso não estar e eu tenho que ter maturidade e tranquilidade pra lidar com isso.

[0:22:26] = MM: Ô Sérgio, agora, a família né, a esposa, os 4 filhos, os dois netos, você, não está faltando membros não? Cadê os pets? Eles fazem parte da família ou estão só nos negócios? Rsrsrs

[0:22:39] – SZ: Não, eles estão super na família desde sempre, é... A vida inteira, desde os primeiros anos de casado eu sempre tive pet. Hoje com dois York, o Freud e o....o Bob e o gato, Lion, é.... mais 5 cães no sítio, então, os pets sempre fizeram parte da nossa vida.

[0:23:09] – MM: Ahnnn... Ai que gostoso!

[0:23:09] – SZ: Ah, e a Patrícia é veterinária by the way né, então.

[0:23:13] – MM: Não acredito! Rsrsrsrs

[0:23:15] – SZ: É, então, acabei casando com... com uma veterinária.

[0:23:19] – MM: Gente! Então assunto não falta pra vocês né? Dá pra falar de negócios, dá pra falar de sonhos, realizações pessoais... Que legal... Que coisa! É, foi um encontro mesmo né, na sua vida, como você falou, dois, três meses depois de separado... Gente! Como é que vocês se conheceram?

[0:23:37] – SZ: Exato!

[0:23:37] – MM: Dá pra contar aí pra gente? Foi numa entrevista, alguma coisa de negócios ou coisas da vida?

[0:23:43] – SZ: Não, dá pra contar; na verdade, ela é... ela era gestora das nossas clínicas do Rio de Janeiro, ela já estava há 6 anos na companhia, mas a gente... eu.... sabia dela, mas a gente mal... a gente tinha se visto, talvez, duas ou três vezes, e... eu fui visitar as obras do Rio e tinha uns assuntos pra tratar sobre o centro veterinário, a gente acabou almoçando, ah... lá, e esse almoço foi super bom, assim, passei a ter uma admiração muito grande pela forma como ela se expressou no almoço, pela forma como ela via o negócio, e aí eu convidei ela pra ... pra sair, pra nos conhecermos melhor.

[0:24:30] – MM: Começou.

[0:24:30] – SZ: Ela aceitou e a gente começou a se conhecer melhor e aí a relação, nossa, começou.

[0:24:36] – MM: E patrícia corajosa, porque ela chegou num momento bem de transição da sua vida né? Então, imagino aí a cautela.

[0:24:43] – SZ: Super!

[0:24:43] – MM: A paciência, é.

[0:24:47] – Super... Super! E ela, assim, ela é carioca né, então, ela...E ia ser uma outra coincidência na nossa vida que a gente decidiu que ia morar junto em fevereiro... de 2020.

[0:25:04] – Ahnnn!

[0:25:04] – SZ: Algumas semanas antes de começar a pandemia, a gente: tá bom, a gente... aí pandemia era coisa da China, estava muito distante né, então... então foi assim, um pouquinho antes de começar a pandemia que a gente começou a morar junto e aí veio a pandemia, e aí é um teste de fogo porque a gente se conhecia, assim, se encontrava umas vezes, mas aí você sabe que um ano de pandemia equivale a... 5 anos ou mais de um relacionamento normal.

[0:25:33 – MM: Rsrs...Lógico! É.

[0:25:35] – SZ: Porque é... até a pandemia, segunda a sexta feira eu não estava em casa, saía cedo, voltava muito tarde, e em casa era final de semana, e na pandemia não, a pandemia mudou totalmente essa rotina, então eu tive um ... um início de relação com a Patrícia de convívio super intenso, e as notícias foram super boas, ela é muito companheira, né, eu fiquei.... assim, foi uma surpresa melhor do que o esperado, né, então só reforçou muito de ter .... apesar de, aparentemente, muito prematuro, é... foi super bom, estou muito, muito feliz e num momento muito bom.

[0:26:19] – MM: Ah, mas que bom que você segue centrado aí nas suas escolhas e, claro, pondera, mas não dá muita bola pros julgamentos, porque essa coisa de cedo demais ou tarde demais é muito relativa mesmo, né, só quem está passando por aquilo é que sabe dizer, e como você bem disse, se foi cedo ou se foi tarde, vai virar uma lição, e você vai conseguir tirar de letra isso daí.

[0:26:40] - SZ: Isso! É que as pessoas aqui, Millena, também até pra compartilhar com que nos escuta aqui, é que, muitas vezes, as pessoas julgam por datas né, então, assim: “poxa, separou, dois meses depois tal”. Mas, a gente não pode esquecer que, normalmente, uma separação, ela não é assim: ontem estava tudo bem, hoje a gente separou.

[0:27:03] – MM: É, é verdade!

[0:27:04] – SZ: E rompeu a relação. Na verdade, é um processo...

[0:27:06] – MM: Uhum...

[0:27:06] – SZ: E um processo que, sei lá, no meu caso, devia, sei lá, pelo menos... são 30 anos de casados, mas os últimos 5 anos, um processo de deterioração na relação.

[0:27:17] – MM: Sim...

[0:27:17] – SZ: Então você vai deteriorando e não porque que começa a deteriorar que você vai separar.

[0:27:23] – MM: Exatamente! Tenta de novo...

[0:27:24] – SZ: Então, a... a relação, ela vai esvaziando, ela vai perdendo alguns atributos que sustentaram ela, lentamente. Quando você chega no ponto da separação, você já tinha um processo de desgaste acontecendo, no meu caso, pelo menos, há alguns anos.

[0:27:45] – MM: Sim.

[0:27:45] – SZ: Então, embora quem escute de fora tenha essa impressão que são dois meses, na verdade eu não tenho esse mesmo sentimento...

[0:27:53] – MM: Exatamente!

[0:27:54] – SZ: .... justamente porque eu já estava, embora, ainda, casado, mas já tinha um grau de afastamento importante.

[0:27:59] – MM: E muitos casais vivem o luto dentro do próprio casamento né...rs... Mantém as aparências, no bom sentido, assim, mas pra, realmente, fazer tudo com calma, pra não preocupar a família, pra não traumatizar os filhos, mas ali, no dia a dia, eles já estão separados né, de corpo, de sentimento...

[[0:28:15] – SZ: Exato!

[0:28:16] 0 MM: ... de consciência, nenhum mais faz parte da vida do outro. Ô Sérgio...

[0:28:21] – SZ: Não muda nada, antes que eu me separei, também, só pra... dentro dessa minha linha de raciocínio que você colocou, pra dar um exemplo, pô, eu tenho quatro filhos; eu queria dar um exemplo pros 4 filhos que... não importa se você tem 30 anos de casado ou se você tem 3 meses de casado, se você entende que num.... assim, que deu a relação, que você já não está mais feliz dentro da relação, eu não deveria ter medo de fazer escolhas de se tomar decisão. Então, eu volto a dizer, pra você fazer esse tipo de processo, você não precisa apagar o passado e dizer, então, que aquilo que você viveu não foi bom; muito pelo contrário, eu digo que eu tive uma relação ótima pelo menos nos primeiros 25 anos excelentes, teve uma deterioração; agora, dizer que não deu certo? Não; deu. Acho que uma relação que durou 30 anos, dos quais 25 foram muito bons, e gerou 4 filhos...

[0:29:17] – MM: Quatro filhos!

[ 0:29:18] – SZ: ... e dois netos...

[0:29:18] – MM: É...

[0:29:18] – SZ: Foi super bem sucedida a relação, só terminou, só isso.

[0:29:23] – MM: É verdade, é verdade. A gente está caminhando, aqui, pro encerramento do nosso papo, e eu queria...

[0:29:28] – SZ: Ah... já?

[0:29:29] – MM: É... Você vê! rsrs

[0:29:31] – SZ: Mas o papo está tão bom com você... Eu fiz a temática aqui, dá pra ficar mais duas horas falando aqui.

[0:29:35] – MM: Rsrs... Vamos marcar vários episódios...

[0:29:36] – SZ: Adorei... Adorei essa entrevista que, normalmente, eu estou acostumado a falar de dívida, de lucro, de margem, não sei o quê; adorei a pegada da entrevista.

[0:29:46] – MM: Ai que bom! Fico feliz... Nós, aqui da Rádio Antena 1, ficamos felizes, viu, porque a proposta é realmente essa. Ah...Agora é a pergunta derradeira...rsrsrs... Agora chegamos ao final. Olha, a música She do Elvis Costello, pra quem você vai dedicar; a gente vai encerrar em grande estilo esse podcast, hein! Mais uma vez romanticamente...rsrs...

[0:30:08] – Obviamente! Obviamente eu vou dedicar pro amor da minha vida, a Patrícia Pontes, e... e assim, essa música diz muito do meu sentimento e do momento que eu vivo com ela. Então, vai pra você, um beijão Patrícia, te amo!

[0:30:29] – MM: Ah.... que lindo! Sérgio, muito obrigada pela sua entrevista, a disponibilidade, a sinceridade, você foi, realmente, fantástico com a gente, nossa, foi muito legal, muito inspirador, tenho certeza de que esse nosso podcast vai circular muito por aí, porque você trouxe verdades, trouxe coisas do seu dia a dia, da sua vida que, realmente, fazem parte da vida de todos nós e você conseguiu falar aqui abertamente, de uma forma que alcançou os corações dos nossos ouvintes, tenho certeza, viu! Parabéns pela sua trajetória, pelo seu sucesso, te desejo ainda mais realizações, que você seja cada vez mais feliz e que possa impactar cada vez mais pessoas, tanto gerando empregos quanto também inserindo os pets, os animaizinhos de estimação que tanto nos fazem felizes né, no dia a dia das pessoas, que contribua pra um novo estilo de vida mais harmonioso, como você bem trouxe aqui ao longo de todas as suas respostas. Obrigada!

[0:31:33] – SZ: Foi um grande prazer! Parabéns pelo seu programa, pela proposta de programa, que eu achei fantástica, maravilhosa e um prazer muito grande compartilhar isso; eu acho que isso é uma maneira de retribuir à sociedade o tanto que eu tenho recebido da sociedade; me sinto verdadeiramente na obrigação de compartilhar essas coisas que acho super legal ter essa oportunidade de fazer isso.

[0:32:05] – MM: Sorte nossa! Rsrsrs. Um beijo grande pra você, e até breve!

[0:32:10] – SZ: Um beijo pra você... Até mais!

[0:32:13] – Esse foi o podcast com o lado pessoal de Sérgio Zimerman, CEO da Petz! Olha, essa edição vai ficar disponível pra você escutar quantas vezes você quiser, tenho certeza que você vai escutar de novo né! E também encaminhar pra todos os seus amigos, familiares, bora inspirar todo mundo, encorajar todo mundo, hein! Aproveite, então, e compartilhe à vontade. A gente se reencontra no próximo podcast, combinado? Um beijo... Até lá!

Escrito por Millena Machado

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