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Preço de energia reagiu à frustração com chuvas e pode subir mais, diz Auren

Placeholder - loading - Torres de transmissão de energia elétrica no Pará 30/03/2010 REUTERS/Paulo Santos
Torres de transmissão de energia elétrica no Pará 30/03/2010 REUTERS/Paulo Santos

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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de energia elétrica no mercado livre no Brasil estão passando por uma correção para cima nos últimos dias, reagindo a uma frustração sucessiva com a hidrologia desde janeiro, disse nesta quinta-feira o CEO da Auren Energia, Fábio Zanfelice.

Em teleconferência para comentar os resultados trimestrais da companhia, o executivo comentou que, além do fator hidrologia, o mercado começou a perceber que os preços estavam 'subestimados' e não deveriam estar tão deprimidos, mesmo diante do cenário de sobreoferta de energia no país.

'Um pouco do efeito que estamos tendo no mercado é uma volta à normalidade... Um pouco dessa volatilidade vem, obviamente, por conta da recessão da hidrologia, a última vez que tivemos um janeiro tão seco foi em 2019', disse Zanfelice.

'Mas também acho que existe agora um reconhecimento do mercado que a precificação estava muito deprimida, acreditavam que teríamos períodos hidrológicos muito bons', acrescentou.

O 'PLD', preço de referência do mercado de curto prazo, veio se mantendo no piso regulatório de 61,07 reais por megawatt-hora (MWh) nos últimos anos devido a uma combinação de boa hidrologia, forte entrada de nova capacidade renovável e baixo crescimento do consumo no país.

Isso impactou fortemente as atividades de trading de energia no mercado livre, dada a falta de volatilidade, e também contratações mais longas de energia, com novos projetos 'greenfield' tendo dificuldade para se viabilizar.

Os preços, porém, começaram a mostrar mais volatilidade no fim do ano passado, saindo do piso em alguns momentos do dia, principalmente em função das elevadas temperaturas que impulsionaram o consumo e levaram a recorde de carga no sistema.

Nesta semana, os preços passaram a reagir também para prazos mais longos, subindo devido à hidrologia aquém do esperado.

Segundo dados da plataforma Dcide, o índice de referência para energia convencional, como a fornecida pelas hidrelétricas, alcançou 158,92 reais/MWh para 2025-2028, alta de 7,68% na semana e de 30,63% no mês.

Já a energia incentivada (solar e eólica) atingiu 190,28 reais/MWh, avanço de 6,4% na semana e de 24,33% no mês.

Para Zanfelice, ainda há espaço para os preços subirem mais até o fim do período úmido no país, geralmente em março.

O CEO da Auren apontou, porém, que o PLD ainda não passou a se situar definitivamente em patamares mais altos porque o armazenamento das hidrelétricas --principal fonte da matriz brasileira-- segue confortável.

'O armazenamento ainda é alto, 60% não é desprezível em um cenário de sobreoferta', observou, pontuando não ver qualquer risco ao suprimento de energia no país.

Ele disse ainda que a atividade de comercialização de energia está intensa no 'atacado', para grandes consumidores, mas que esse efeito ainda não chegou no 'varejo', a consumidores menor porte.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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