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Presidente da CPI diz que comandante do Exército quer esclarecer atuação de militares em 8 de janeiro

Placeholder - loading - Deputado Arthur Maia durante entrevista coletiva em Brasília 07/02/2018 REUTERS/Adriano Machado
Deputado Arthur Maia durante entrevista coletiva em Brasília 07/02/2018 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - Após se reunir com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio, o presidente da CPI mista do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta quarta-feira que o chefe da força terrestre manifestou o desejo que eventual participação de militares nos atos antidemocráticos seja esclarecida pela investigação parlamentar.

Arthur Maia também relatou a jornalistas após o encontro que o comandante do Exército não tratou da possibilidade de convocação de militares para prestarem esclarecimentos à comissão.

'Não houve por parte do comandante do Exército, em nenhum momento, nenhuma sinalização que convocasse A ou deixasse de convocar B', disse.

'Pelo contrário, o que foi me afirmado o tempo inteiro é que o que importa ao Exército é que tudo seja esclarecido para mostrar que a instituição, de fato, luta, trabalha e tem um compromisso com as instituições democráticas no Brasil', reforçou.

Arthur Maia afirmou que as Forças Armadas tiveram um papel fundamental na preservação da democracia e que a 'condição individual de alguns membros' de maneira alguma diminui a instituição.

Horas depois, na mesma linha, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, explicou que eventuais investigações que ocorram por parte da Polícia Federal envolvendo militares irão recair sobre as condutas individuais, e não sobre a corporação.

'Não há julgamento das Forças Armadas. As Forças Armadas não estão em julgamento. Pessoas que eventualmente sejam militares é que serão em algum momento julgados', sustentou Dino, após reunião com o ministro da Defesa.

O presidente da CPI acrescentou que o encontro com Paiva atendeu a um pedido feito pelo general na semana passada e ressaltou que a comissão já ouviu 'alguns militares' e outros integrantes das forças, como o general e ex-ministro Gonçalves Dias, devem ser ouvidos em breve.

A comissão e o Supremo Tribunal Federal (STF) aprofundam as investigações sobre o envolvimento de militares, inclusive do alto escalão, em ações para colocar em xeque a legitimidade das urnas eletrônicas e em apoio ou omissão aos atos violentos do 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto e os prédios do STF e do Congresso Nacional foram invadidos e depredados por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na entrevista, Arthur Maia reforçou que a CPI não vai investigar o episódio das joias recebidas por Bolsonaro do governo saudita e que posteriormente teriam sido vendidas, mesmo sendo um presente de Estado. Também destacou que, pelo mesmo motivo, na reunião de quinta que votará requerimentos, não será pautado pedido de quebra de sigilo do ex-presidente.

'Minha preocupação é que a CPMI não descambe de um palco que não se chegue a nada', ressaltou.

(Reportagem de Ricardo Brito; Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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