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Procurador diz que Bolsonaro não o convidou para comandar Educação, apesar de conversa 'frutífera'

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Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O procurador regional da República Guilherme Schelb disse nesta quinta-feira que não houve um convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para que ele assuma o Ministério da Educação do próximo governo, após se reunir com o futuro chefe do Executivo por mais de duas horas na Granja do Torto, residência oficial.

'Não, não houve convite, foi uma conversa, porque o presidente já acompanha meu trabalho, não só como procurador, mas também como palestrante, onde é uma luta já de muitos anos, onde eu defendo o ponto zero da educação brasileira. O começo de tudo é que professores, famílias e alunos conheçam e respeitem as leis que regem os direitos e deveres recíprocos', disse.

O procurador afirmou ter tido uma conversa 'frutífera' com Bolsonaro, na qual ele disse ter feito uma exposição ao presidente eleito sobre as 'questões centrais da educação brasileira que devem ser enfrentadas com a máxima urgência'.

Schelb não quis se manifestar se aceitaria o cargo de ministro, caso seja convidado.

Mais cedo, uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que o procurador é o mais cotado no momento para assumir o Ministério da Educação no governo Bolsonaro.

A fonte disse que Schelb conta com o apoio de parlamentares e grande parte de pessoas que apoiaram a agenda de Bolsonaro durante a campanha eleitoral e é um entusiasta de propostas como a Escola Sem Partido e grande crítico da chamada ideologia de gênero no ambiente escolar. “Sem dúvida (ele chega pronto para o cargo)”, disse a fonte, ao ser questionada pela Reuters.

O procurador tem sido um militante sobre questões como ideologia de gênero nas escolas, inclusive com palestras e livros vendidos sobre o assunto. O alinhamento com esses temas é uma das questões que será levada em conta para a indicação do ministro da Educação, disse mais cedo o próprio Bolsonaro em entrevista.

“Não tem nada definido, mas esse é um ministério importantíssimo, tem que ser muito bem escolhido”, afirmou Bolsonaro antes do encontro com Schelb a repórteres.

Na entrevista, Bolsonaro também havia negado que o diretor do Instituto Ayrton Senna Mozart Ramos Neves tenha sido apresentado a ele como possível ministro da Educação.

“Acho que a intenção de colocar o nome do senhor Mozart como ministro foi tentar fazer com que a bancada evangélica se voltasse contra a minha pessoa. Nem foi cogitado o nome do senhor Mozart para ministro, não procede isso”, disse o presidente eleito.

A fonte ouvida pela Reuters disse que o nome de Mozart — que chegou a ser anunciado por alguns órgãos de imprensa como novo ministro na véspera — não foi sequer tratado por pessoas do círculo mais próximo como o escolhido para o cargo.

Caso se torne ministro da Educação, Schelb terá de pedir exoneração do cargo de procurador regional da República — a semelhança do que ocorreu com o então juiz federal Sérgio Moro para virar titular da Justiça.

O procurador está na carreira do Ministério Público Federal desde 1995, atualmente lotado na Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1), com sede em Brasília. Ele está designado para atuar no Núcleo de Assuntos Criminais da PRR-1.

Escrito por Thomson Reuters

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