Produtores mexicanos de Tequila estão preocupados com ameaça de tarifas dos EUA contra seus negócios
Produtores mexicanos de Tequila estão preocupados com ameaça de tarifas dos EUA contra seus negócios
Reuters
17/02/2025
Por Jose Luis Osorio e Sarah Morland
VALLE DE GUADALUPE, Máxico (Reuters) - Com a ameaça de uma taxa de importação de 25% dos Estados Unidos pairando sobre eles, produtores mexicanos de Tequila estão nervosos que puxarão o tapete debaixo de negócios que passaram anos construindo.
Melly Barajas, dona da Azteca Wines And Spirits, uma destilaria que emprega apenas funcionárias mulheres no Estado de Jalisco, afirmou que o seu setor precisa planejar tudo - de contratações sazonais ao fornecimento em massa de ingredientes - com meses de antecedência. Agora, a cadeira de suprimentos está congelada.
“Estamos em compasso de espera e rezando que eles pensem bem e não façam isso”, disse Barajas, falando à Reuters em seu escritório onde exibia bandeiras de Estados Unidos, Canadá e México.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que planeja impor uma tarifa geral de 25% em seus importantes parceiros comerciais, México e Canadá, acusando-os de não fazerem o suficiente para impedir o fluxo de imigrantes e fentanil. Mas ele concordou com uma suspensão de 30 dias em 3 de fevereiro, após os países dizerem que reforçariam as suas fronteiras.
A Tequila - feita com a planta agave e usada em coquetéis, como as margaritas - ganhou popularidade. Em 2023, superou o whiskey como o segundo destilado mais vendido dos Estados Unidos, após a vodka.
Os EUA importaram 3,8 bilhões de dólares de Tequila nos primeiros nove meses de 2024, segundo o Conselho de Destilados dos EUA, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior e mais do que as importações de whiskey, gim, rum, brandy e vodka combinadas.
Como o champanhe francês ou o queijo parmesão italiano, produtos que são chamados tequila ou mezcal precisam ser produzidos no México, então as tarifas elevariam os preços para consumidores norte-americanos.
Reuters

