Protestos se intensificam em Bangladesh, e mais três morrem
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Por Mohammad Ponir Hossain e Sam Jahan
DACA (Reuters) - Três pessoas morreram nesta sexta-feira em Bangladesh, com a polícia reprimindo protestos estudantis contra cotas de emprego do governo, mesmo após uma proibição de aglomerações públicas entrar em vigor, informou a imprensa local.
A polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes em algumas regiões, disseram jornalistas da Reuters. Um deles afirmou que viu muitos incêndios na capital, Daca, a partir do topo de um prédio, e que também havia fumaça subindo ao céu em várias regiões da cidade.
As telecomunicações também foram prejudicadas, com emissoras de televisão fora do ar. Autoridades cortaram alguns serviços de telefonia para tentar conter a revolta.
O jornal Prothom Alo informou que os serviços de trem foram suspensos em todo o país, e que os manifestantes bloquearam vias e atiraram tijolos nas forças de segurança. Três pessoas morreram nesta sexta-feira, disse o veículo de comunicação. No dia anterior, foram 27 os mortos, com 1.500 feridos.
O número total de mortos chegou a 105 na noite desta sexta-feira, segundo a agência AFP, que consultou hospitais. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente os relatos, e a polícia não divulgou um número de mortos.
As manifestações começaram devido à crítica de estudantes quanto a polêmicas cotas que estabeleceram que 30% dos cargos públicos no governo seriam reservados para as famílias daqueles que lutaram pela independência do país em relação ao Paquistão.
Escrito por Reuters
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