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Rússia adverte aliados regionais contra alinhamento com Estados Unidos

Placeholder - loading - Chanceler russo, Sergei Lavrov  09/03/2023 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS
Chanceler russo, Sergei Lavrov 09/03/2023 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

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Por Guy Faulconbridge

MOSCOU (Reuters) - A Rússia alertou nesta sexta-feira aliados em toda a ex-União Soviética sobre os perigos de se alinhar com os Estados Unidos após o que Moscou disse ser uma tentativa de golpe apoiada pelo Ocidente na Geórgia, semelhante à revolução ucraniana 'Maidan' de 2014.

A Rússia, envolvida no conflito mais mortífero na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, viu sua autoridade ser desafiada por vários vizinhos e aliados tradicionais desde que o presidente Vladimir Putin enviou tropas à Ucrânia em fevereiro do ano passado.

Em Tbilisi, milhares de georgianos foram às ruas durante três noites consecutivas para protestar contra o que eles disseram ser uma lei de 'agentes estrangeiros' de inspiração russa que ameaçava inviabilizar a tentativa do país de estreitar os laços com a Europa.

'É muito semelhante ao Maidan Kiev', disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à televisão estatal, referindo-se à revolução de Maidan em 2014, que derrubou um presidente pró-Rússia na Ucrânia.

'Parece-me que todos os países localizados ao redor da Federação Russa devem tirar suas próprias conclusões sobre o quão perigoso é seguir o caminho do engajamento com a zona de responsabilidade dos Estados Unidos, sua zona de interesses.'

As observações do principal diplomata de Putin indicam o nível de nervosismo em Moscou sobre o enfraquecimento de sua autoridade em todos os lugares, desde a Armênia e o Azerbaidjão no sul do Cáucaso até o Cazaquistão e o Tadjiquistão na Ásia Central.

Putin trata a guerra na Ucrânia como uma batalha existencial com o Ocidente sobre o futuro da Rússia e de seus ex-satélites soviéticos e imperiais, que desde 1991 são cortejados pelos Estados Unidos, Otan, UE e China.

Washington, Bruxelas e a Otan dizem que estão legitimamente construindo laços com países que se tornaram independentes após a queda da União Soviética --e que muitos temem sua vizinha muito mais poderosa, a Rússia.

BATALHA PÓS-SOVIÉTICA

Durante séculos, a Rússia tem sido o árbitro final dos assuntos nas vastas terras que por quase três séculos constituíram o império russo e depois a União Soviética.

Mas a guerra na Ucrânia, que Putin considera um divisor de águas quando Moscou finalmente reagiu às tentativas do Ocidente de contê-la, amarrou as Forças Armadas da Rússia.

Os opositores de Putin dizem que a guerra pode finalmente inaugurar uma nova fase do colapso soviético, que pode semear o caos na Rússia e permitir que antigos satélites de Moscou se voltem para o Ocidente ou para a China.

Washington e todo o Ocidente, disse Lavrov, queriam punir a Rússia porque ela era vista como 'um jogador muito independente', que desafiava a hegemonia dos Estados Unidos.

Lavrov, ministro das Relações Exteriores de Putin desde 2004, disse que os eventos na Geórgia foram orquestrados de fora e motivados por uma tentativa ocidental de afastar aliados tradicionais da Rússia.

Ele disse que a lei da Geórgia sobre agentes estrangeiros, que o Parlamento abandonou nesta sexta-feira, foi usada como pretexto 'para iniciar o que é, essencialmente, uma tentativa de forçar uma mudança de poder'.

Ele não apresentou provas para apoiar suas afirmações. Políticos da oposição e manifestantes na Geórgia negam que sejam marionetes.

Eles dizem que simplesmente não concordam com a lei proposta e querem um futuro ocidental que a Rússia, que travou uma guerra contra a Geórgia em 2008, não oferece.

(Reportagem de Guy Faulconbridge)

Escrito por Reuters

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