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Rússia pede que tribunal da ONU rejeite contestação da Ucrânia sobre genocídio

Placeholder - loading - Sessão da Corte Mundial em Haia, na Holanda 18/09/2023 REUTERS/Piroschka van de Wouw
Sessão da Corte Mundial em Haia, na Holanda 18/09/2023 REUTERS/Piroschka van de Wouw

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Por Stephanie van den Berg

HAIA (Reuters) - A Rússia pediu à mais alta corte da Organização das Nações Unidas (ONU) em Haia, nesta segunda-feira, que rejeite o que disse ser um caso 'irremediavelmente falho', no qual a Ucrânia contesta o argumento de Moscou de que a invasão russa do país ocorreu para evitar um genocídio.

A solicitação russa foi feita no início das audiências que tratam da jurisdição da Corte Internacional de Justiça (CIJ), também conhecida como Corte Mundial.

Moscou diz que a Ucrânia está usando o caso como uma forma indireta de obter uma decisão sobre a legalidade geral da ação militar da Rússia. Especialistas dizem que uma decisão a favor de Kiev não interromperia a guerra, mas poderia afetar futuros pagamentos de indenizações.

A Ucrânia apresentou o caso dias após a invasão russa em 24 de fevereiro do ano passado. Kiev argumenta que a Rússia está abusando da lei internacional ao dizer que a invasão foi justificada para evitar um suposto genocídio no leste da Ucrânia.

A Ucrânia diz que não havia risco de genocídio no leste do país, onde estava lutando contra forças apoiadas pela Rússia desde 2014, e que o tratado de genocídio não permite, em nenhum caso, uma invasão para impedir um suposto genocídio.

As autoridades russas continuam a acusar a Ucrânia de cometer genocídio. Na segunda-feira, a Rússia repetiu as alegações de que o 'regime russofóbico e neonazista de Kiev' estava usando a Convenção sobre Genocídio de 1948 das Nações Unidas, da qual ambos os países fazem parte, como pretexto para 'arrastar' um caso perante o tribunal.

As audiências, programadas para ocorrer até 27 de setembro, não se aprofundarão nos méritos do caso e, em vez disso, se concentrarão em argumentos legais sobre jurisdição. A convenção define genocídio como crimes cometidos 'com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal'.

'A Ucrânia insiste que não houve genocídio', disse o agente da Rússia no tribunal, Gennady Kuzmin, no discurso de abertura.

'Só isso já deveria ser suficiente para rejeitar o caso. Porque, de acordo com a jurisprudência do tribunal, se não houve genocídio, não pode haver uma violação da Convenção sobre Genocídio.'

Kuzmin concluiu que 'a posição legal da Ucrânia é irremediavelmente falha e está em desacordo com a jurisprudência de longa data deste tribunal' e pediu aos juízes que rejeitem o caso.

A Ucrânia já superou um obstáculo, pois o tribunal decidiu a seu favor em uma decisão preliminar sobre o caso em março do ano passado. Com base nisso, o tribunal ordenou que a Rússia interrompesse imediatamente as ações militares na Ucrânia.

Até o momento, a Rússia ignorou as ordens da CIJ para interromper suas ações militares e o tribunal não tem como fazer cumprir suas decisões, mas os especialistas dizem que elas podem ter implicações nos pagamentos de indenização após a guerra.

O tribunal também ouvirá 32 outros países, todos apoiando o argumento da Ucrânia de que o tribunal tem jurisdição para levar o caso adiante.

(Reportagem de Stephanie van den Berg)

Escrito por Reuters

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