Scholz soa alarme após acusações de espionagem chinesa na extrema-direita
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Por Matthias Williams e Thomas Escritt
BERLIM (Reuters) - O chanceler alemão Olaf Scholz disse nesta quarta-feira que as acusações de que um assessor de um importante político da extrema-direita fazia espionagem para a China são 'muito preocupantes' e cobrou mais ações para eliminar esses casos.
Classificando tentativas espionar a Alemanha como 'inaceitáveis', Scholz falou ao lado do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Berlim, após casos de espionagem chinesa eclodirem nos dois países na mesma semana.
A Alemanha ficou em polvorosa após assessor de um membro do Parlamento Europeu pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, em alemão) ser preso na terça-feira. Ele é acusado de passar informações sobre discussões no Legislativo da União Europeia para agências de inteligência chinesas e de ter espionado a oposição chinesa.
O caso trouxe um revés para o AfD, após a sigla ter se tornado a segunda mais popular da Alemanha antes das eleições europeias e locais deste ano.
Também alimentou preocupações mais amplas sobre a Europa como um alvo para operações de espionagem da China e da Rússia. A Alemanha havia prendido três pessoas nesta semana em um outro caso sobre fornecimento de tecnologia sensível à China com propósitos militares.
As recentes prisões 'não deveriam nos deixar complacentes, mas nos motivar a capturar aqueles que espionam a nós e nossa segurança em nossos países', disse Scholz.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na terça-feira que relatos de espionagem chinesa na Europa eram 'exagerados' e 'tinham a intenção de desacreditar e diminuir a China'.
Escândalo semelhante atingiu o Reino Unido nesta semana, quando a polícia acusou dois homens de espionagem para a China, incluindo um que teria trabalhado como pesquisador no Parlamento britânico para um importante parlamentar do Partido Conservador, que está no poder.
Sunak se recusou a entrar em detalhes ao falar ao lado de Scholz.
(Reportagem de Matthias Williams, Thomas Escritt, Sarah Marsh, Miranda Murray, Alexander Ratz e Andreas Rinke)
Escrito por Reuters
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