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Protesto de fiscais agropecuários afetará a certificação sanitária da carne por mais 8 dias

Placeholder - loading - Açougueiro descarrega carne de um caminhão do lado de fora de um açougue em São Paulo, Brasil 27/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Açougueiro descarrega carne de um caminhão do lado de fora de um açougue em São Paulo, Brasil 27/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

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SÃO PAULO (Reuters) - Os auditores fiscais agropecuários que atuam nos frigoríficos continuarão a retardar a emissão de certificados sanitários internacionais enquanto aguardam uma nova rodada de negociações com o governo federal na próxima semana, disse uma associação que representa a categoria de servidores nesta quarta-feira.

A ação visa a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho para os auditores.

Janus Macedo, presidente da Anffa Sindical, afirmou que legalmente os auditores têm até cinco dias para concluir uma série de trabalhos administrativos, incluindo a emissão de tais certificados. Como forma de protesto por melhores condições de trabalho, ele disse que a categoria planeja continuar usando todo esse tempo.

'Estamos fazendo isto primeiro para chamar a atenção para a deficiência no número de auditores e em segundo lugar por uma atenção maior com relação à reestruturação da nossa carreira', disse Macedo por telefone.

Entre outras reivindicações, Macedo disse que o governo precisa aumentar o número de auditores federais em pelo menos 1.700 para atender o setor de exportação de carne do Brasil, que movimenta 23 bilhões de dólares por ano.

No momento, há um total de cerca de 2.300 auditores fiscais agropecuários e eles estão 'sobrecarregados', disse Macedo.

A situação preocupa os frigoríficos porque a demora na emissão de certificados sanitários internacionais pode interromper o comércio e o fornecimento de carne, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

'De imediato, a operação coloca em risco cargas vivas e compromete a importação e exportação de material genético, que são altamente sensíveis ao tempo de trânsito. No curto prazo, o retardo das linhas de produção provocado pelo movimento poderá impactar a oferta de produtos', afirmou a ABPA.

Macedo negou qualquer atraso na emissão de certificados sanitários internacionais para remessas perecíveis, como ovos férteis e pintinhos de um dia, que precisam ser liberados para embarque no mesmo dia.

A ação trabalhista da Anffa começou no final de janeiro, segundo a ABPA.

Após uma reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira, Macedo disse à Reuters que novas negociações com o governo ocorrerão em 29 de fevereiro.

Ele disse ainda que, embora o ministro não tenha 'poder de decisão' em relação à carreira dos auditores, ele poderia ser fundamental para persuadir o governo a atender suas demandas.

(Reportagem de Ana Mano, com reportagem adicional de Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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