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Setor de veículos elétricos diz que pode haver adiamento de investimentos com volta de imposto

Placeholder - loading - Estação de carregamento Wallbox, da Renault, é usada por um carro híbrido Renault Captur em uma concessionária em Les Sorinieres, perto de Nantes, França. 23/10/2020 REUTERS/Stephane Mahe/File Photo
Estação de carregamento Wallbox, da Renault, é usada por um carro híbrido Renault Captur em uma concessionária em Les Sorinieres, perto de Nantes, França. 23/10/2020 REUTERS/Stephane Mahe/File Photo

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SÃO PAULO (Reuters) - A associação que representa marcas de veículos elétricos que estão atuando no país principalmente via importações enquanto seus projetos de fábricas locais não ficam prontos criticou nesta sexta-feira os planos do governo de acabar com a atual isenção de Imposto de Importação, citando chance de adiamento de planos de investimentos.

Em entrevista à Reuters nesta sexta-feira, o secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, afirmou que a isenção de Imposto de Importação para veículos elétricos será extinta pelo governo em medida a ser anunciada 'em breve', com a taxação subindo gradualmente ao longo de três anos até atingir uma alíquota de 35%. Segundo ele, a medida será tomada para estimular a produção local de carros com 'tecnologia verde'.

Mas, segundo o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Bastos, a volta da tributação retirada em meados da década passada, além de encarecer produtos que já são atualmente caros, pode atrasar o desenvolvimento do setor dada a necessidade de se criar um mercado inicial para justificar investimentos em itens como baterias, motores e recarregadores.

'Quando se vê o mercado (de eletrificados) crescendo como está, todo mundo faz planos para aumentar modelos e para novos investimentos. Qualquer mudança de regra agora pode adiar decisão de investimentos ainda não declarados', afirmou Bastos.

A ABVE defende que a tributação retorne apenas a partir de 2025, e ao longo de cinco anos, quando a projeção é que a participação de mercado dos plugins, entre os mais populares na categoria de eletrificados nos mercados desenvolvidos, deve atingir 5%. Hoje está em 1,7%, segundo os dados da entidade, patamar que considera ainda baixo para estimular a produção local.

Bastos argumenta que, quando a penetração dos veículos plugins atingir 5% a 6% do total de vendas de novos, os consumidores já estarão mais familiarizados com a tecnologia e a infraestrutura de recarregamento estará mais disseminada.

O momento para entrada em vigor do aumento da taxação das importações ainda está em debate no governo e dependerá de definição do vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin, disse o secretário mais cedo.

'As vendas de veículos eletrificados no Brasil hoje são 2% do mercado, 2% não é invasão', disse o presidente da ABVE. Bastos também é diretor de relações institucionais da montadora chinesa GWM, que programa investimentos de 10 bilhões de reais no Brasil nos próximos anos.

'(A isenção do imposto de importação) está trazendo anúncios de investimentos...Voltar com o imposto agora seria jogar fora todo o esforço que o Brasil tem feito em eletrificação, não só das montadoras, mas de fornecedores', acrescentou se referindo às indústrias de baterias e carregadores.

'Essa coisa de ficar se falando com essa visão pequena de 'invasão chinesa' tem mais a ver com questões comerciais', disse Bastos se referindo a comentários feitos este mês pela Anfavea.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Escrito por Reuters

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