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Setor público tem melhor saldo fiscal para julho em seis anos, dívida segue em alta

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BRASÍLIA (Reuters) - O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de 2,763 bilhões de reais em julho, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira, num dado melhor do que o esperado pelo mercado e que foi guiado por maiores receitas da União.

Em pesquisa Reuters com analistas, a projeção era de um déficit de 5,2 bilhões de reais para o mês.

Este foi o melhor resultado para julho desde 2013, quando houve superávit de 2,287 bilhões de reais.

No período, o saldo negativo dos governos regionais (Estados e municípios) foi de 1,919 bilhão de reais no mês, ligeiro aumento sobre o déficit de 1,848 bilhão de reais de julho do ano passado.

O governo central (governo federal, BC e Previdência), por sua vez, viu seu déficit diminuir 47,6% sobre um ano antes, a 1,402 bilhão de reais.

Na quinta-feira, o Tesouro divulgou que o déficit primário do governo central foi de 5,995 bilhões de reais, o melhor para o período em cinco anos, beneficiado por uma melhoria nas receitas com Imposto de Renda e com concessões aeroportuárias.

Em julho, há uma diferença mais forte entre os dados apurados pelo BC e pelo Tesouro. A discrepância deve-se ao fato de as despesas de equalização de taxas junto aos bancos oficiais serem apuradas e pagas semestralmente pelo Tesouro, o que ocorre nos meses de janeiro e julho.

Especificamente nesses meses o pagamento sensibiliza os resultados fiscais calculados pelo Tesouro, que usa a metodologia 'acima da linha', que considera a diferença entre receitas e despesas primárias. Já o BC, que usa o método 'abaixo da linha', baseado na variação da dívida, considera os valores e respectivos efeitos fiscais mensalmente, a partir do registro dessas obrigações na contabilidade das instituições financeiras.

Em função disso, a diferença entre os números apresentados pelo Tesouro e pelo BC é mais expressiva no início dos semestres.

'Ao longo do semestre, as duas estatísticas se igualam praticamente', afirmou o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, em entrevista à imprensa.

Fechando o cálculo para o setor público consolidado, as empresas estatais tiveram um superávit de 558 milhões de reais em julho, metade do registrado no mesmo mês de 2018.

No acumulado de janeiro a julho, o déficit primário do setor público consolidado foi a 8,503 bilhões de reais, recuo de 52,3% em relação a igual período do ano passado.

Em 12 meses, o déficit alcançou 98,936 bilhões de reais, equivalente a 1,41% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o ano, a meta é de um rombo primário de 132 bilhões de reais, o que será o sexto resultado consecutivo no vermelho.

DÍVIDA

No mês, a dívida bruta subiu a 79% do PIB, ante 78,7% em julho e expectativa de analistas de 78,9%.

Já a dívida líquida foi a 55,8% do PIB, alta de 0,6 ponto sobre o mês anterior, contra uma estimativa de 55,5%.

(Por Marcela Ayres)

Escrito por Reuters

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