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Setor público tem melhor saldo fiscal para julho em seis anos, dívida segue em alta

Setor público tem melhor saldo fiscal para julho em seis anos, dívida segue em alta

Reuters

30/08/2019

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REUTERS/Bruno Domingos

Atualizada em  30/08/2019

BRASÍLIA (Reuters) - O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de 2,763 bilhões de reais em julho, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira, num dado melhor do que o esperado pelo mercado e que foi guiado por maiores receitas da União.

Em pesquisa Reuters com analistas, a projeção era de um déficit de 5,2 bilhões de reais para o mês.

Este foi o melhor resultado para julho desde 2013, quando houve superávit de 2,287 bilhões de reais.

No período, o saldo negativo dos governos regionais (Estados e municípios) foi de 1,919 bilhão de reais no mês, ligeiro aumento sobre o déficit de 1,848 bilhão de reais de julho do ano passado.

O governo central (governo federal, BC e Previdência), por sua vez, viu seu déficit diminuir 47,6% sobre um ano antes, a 1,402 bilhão de reais.

Na quinta-feira, o Tesouro divulgou que o déficit primário do governo central foi de 5,995 bilhões de reais, o melhor para o período em cinco anos, beneficiado por uma melhoria nas receitas com Imposto de Renda e com concessões aeroportuárias.

Em julho, há uma diferença mais forte entre os dados apurados pelo BC e pelo Tesouro. A discrepância deve-se ao fato de as despesas de equalização de taxas junto aos bancos oficiais serem apuradas e pagas semestralmente pelo Tesouro, o que ocorre nos meses de janeiro e julho.

Especificamente nesses meses o pagamento sensibiliza os resultados fiscais calculados pelo Tesouro, que usa a metodologia 'acima da linha', que considera a diferença entre receitas e despesas primárias. Já o BC, que usa o método 'abaixo da linha', baseado na variação da dívida, considera os valores e respectivos efeitos fiscais mensalmente, a partir do registro dessas obrigações na contabilidade das instituições financeiras.

Em função disso, a diferença entre os números apresentados pelo Tesouro e pelo BC é mais expressiva no início dos semestres.

'Ao longo do semestre, as duas estatísticas se igualam praticamente', afirmou o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, em entrevista à imprensa.

Fechando o cálculo para o setor público consolidado, as empresas estatais tiveram um superávit de 558 milhões de reais em julho, metade do registrado no mesmo mês de 2018.

No acumulado de janeiro a julho, o déficit primário do setor público consolidado foi a 8,503 bilhões de reais, recuo de 52,3% em relação a igual período do ano passado.

Em 12 meses, o déficit alcançou 98,936 bilhões de reais, equivalente a 1,41% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o ano, a meta é de um rombo primário de 132 bilhões de reais, o que será o sexto resultado consecutivo no vermelho.

DÍVIDA

No mês, a dívida bruta subiu a 79% do PIB, ante 78,7% em julho e expectativa de analistas de 78,9%.

Já a dívida líquida foi a 55,8% do PIB, alta de 0,6 ponto sobre o mês anterior, contra uma estimativa de 55,5%.

(Por Marcela Ayres)

Reuters

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