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Sobe para 107 o número de mortes pelas chuvas no RS; governador alerta para mais chuvas

Placeholder - loading - Equipes de resgate atuam do lado de fora de hospital inundado em Porto Alegre 08/05/2024 REUTERS/Diego Vara
Equipes de resgate atuam do lado de fora de hospital inundado em Porto Alegre 08/05/2024 REUTERS/Diego Vara

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(Reuters) - O número de mortes confirmadas em decorrência das chuvas que têm atingido o Rio Grande do Sul na última semana subiu para 107, ante 100 no dia anterior, com um óbito ainda em investigação e outras 136 pessoas desaparecidas, relatou a Defesa Civil do Estado nesta quinta-feira em seu mais recente balanço.

No comunicado, o órgão também informou que o número de desalojados pelos eventos climáticos chegou a mais de 164 mil, enquanto 425 municípios gaúchos do total de 497 foram atingidos pela crise até o momento. Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas.

As chuvas intensas no Rio Grande do Sul têm provocado o aumento do nível de uma série de rios no Estado, causando enchentes de grandes proporções em diversas cidades gaúchas e afetando os esforços das equipes de resgate para alcançar sobreviventes.

Além disso, os moradores do Estado passaram a enfrentar uma crise de abastecimento, com a escassez de alimentos e outros suprimentos básicos. Entidades e instituições de todo o país têm promovido doações de itens para a região, mas as enchentes têm dificultado a chegada dos suprimentos.

Para piorar a situação, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou nesta quinta-feira que mais chuvas estão previstas para o Estado no fim de semana, indicando que os níveis dos rios podem atingir patamares superiores aos atuais.

'Ainda temos essa projeção de chuvas pelo final de semana que podem atingir talvez 300 milímetros em determinadas localidades, fazendo com que a água que está baixando volte a subir, talvez em níveis superiores que a gente já observou', disse Leite em entrevista à GloboNews.

O governador pediu a suspensão imediata e pelo 'maior prazo possível' da dívida do Estado com a União, o que, segundo ele, pode auxiliar no estabelecimento de medidas para enfrentar os danos materiais e humanos causados pela crise instalada.

Na quarta-feira, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou para a possibilidade 'muito alta' de 'novas ocorrências hidrológicas' no sudeste e sudoeste do Estado e na capital, Porto Alegre.

No comunicado, o órgão disse que as novas ocorrências podem ocorrer em regiões como as bacias do Rio Uruguai, do Lago Guaíba e do Rio Camaquã.

Em outro alerta divulgado na quarta-feira, a empresa de pesquisa metereológica MetSul Metereologia disse que as enchentes no sul do Estado também vão aumentar nos próximos dias. A instituição afirmou que a enchente decorrente da cheia da Lagoa dos Patos vai se agravar 'no restante desta semana e ainda na semana que vem'.

Diante da possibilidade de novas chuvas, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul alertou que ainda não é hora das pessoas que foram resgatadas -- em número que está na casa das dezenas de milhares -- retornarem às suas casas.

'A Defesa Civil do Estado orienta a população, especialmente as pessoas resgatadas na região metropolitana de Porto Alegre, que não retornem às áreas alagadas, inundadas, ou sob risco de movimentos de massa', informou o órgão em comunicado na quarta-feira.

As chuvas recentes estão sendo apontadas por autoridades como o pior desastre climático da história do Estado.

Na manhã desta quinta, o governo federal realizará um evento para anúncio de medidas relacionadas à crise no Rio Grande do Sul.

O governo estadual ainda relatou nesta quinta-feira que existem mais de 379 mil pontos sem energia elétrica no Estado, enquanto 66 municípios estão sem serviços de telefonia e internet e mais de 452 mil moradores não possuem abastecimento de água no momento.

De acordo com comunicado do Estado, há 81 trechos em 47 rodovias estaduais com bloqueios totais ou parciais por conta das chuvas e suas consequências.

'A Secretaria de Logística e Transportes (Selt) trabalha para desobstruir as rodovias o mais rápido possível, de maneira a garantir o tráfego de veículos e pedestres', disse o governo estadual.

Também foram registrados problemas em rodovias federais que cortam o Rio Grande do Sul.

A rodovia BR-290, uma das mais importantes vias do Rio Grande do Sul, passando pela capital Porto Alegre, tinha pelo menos 10 pontos afetados por bloqueio de água, segundo análise de mapa divulgado pelo governo estadual com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

(Por Fernando Cardoso)

Escrito por Reuters

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