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Após novo adiamento de anúncio de eficácia da CoronaVac, Doria diz que registro será pedido dia 23

Placeholder - loading - Enfermeira com dose de vacina CoronaVac para ser usada em voluntário no Instituto Emíilio Ribas, em São Paulo  30/7/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Enfermeira com dose de vacina CoronaVac para ser usada em voluntário no Instituto Emíilio Ribas, em São Paulo 30/7/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - Após adiar pela segunda vez o anúncio do grau de eficácia da CoronaVac, potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac que está sendo testada pelo Instituto Butantan, o governo do Estado de São Paulo disse nesta segunda-feira que pedirá o registro da vacina no dia 23 de dezembro.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) disse que a decisão pelo adiamento foi 'estratégica', tomada em conjunto entre cientistas do Butantan e da Sinovac, e que a intenção agora é encerrar a análise definitiva dos ensaios clínicos nesta semana para apresentação do registro na quarta-feira da próxima semana.

'Os cientistas do Butantan... e os cientistas do laboratório Sinovac, de Pequim, decidiram estrategicamente atender a recomendação do comitê científico internacional e concluir os estudos da Fase 3 da vacina do Butantan nesta semana. O Butantan vai solicitar o registro da vacina na Anvisa no próximo dia 23 de dezembro', disse Doria.

'A solicitação ocorrerá de forma simultânea tanto na Anvisa brasileira quanto no National Medical Products Administration, a agência chinesa de regulação de medicamentos, a Anvisa da China', acrescentou.

Inicialmente, a previsão das autoridades de saúde de São Paulo era de anunciar a primeira leitura da eficácia da vacina experimental, possível após 61 voluntários da Fase 3 dos testes clínicos contraírem Covid-19, na primeira semana de dezembro. Depois, a data foi adiada para 15 dezembro e, nesta segunda-feira, foi anunciado o segundo adiamento.

Na entrevista, Doria disse que o grau de eficácia que será anunciado será o número definitivo, não o preliminar, como era a intenção anteriormente. Isso porque 170 voluntários do estudo clínico já contraíram a Covid-19, número superior ao mínimo de 151 necessário para se fazer a leitura definitiva.

Com isso, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas, na mesma entrevista, será pedido o registro definitivo da vacina, não mais uma autorização para uso emergencial com base em dados preliminares.

Doria disse esperar que a Anvisa aprove o registro da CoronaVac até o final deste ano --ou cerca de uma semana após a entrega do pedido de registro-- e manteve a previsão de iniciar a vacinação contra Covid-19 em São Paulo em 25 de janeiro. A aplicação da vacina só pode ser feita após autorização da Anvisa.

O pedido de registro simultâneo da CoronaVac no Brasil e na China pode acelerar o registro do imunizante pela Anvisa, que já foi criticada por Doria que apontou suspeita de interferência política do presidente Jair Bolsonaro, seu desafeto político, no órgão regulador independente.

Isso porque, de acordo com uma lei federal sancionada no início da pandemia, a Anvisa terá 72 horas para se manifestar sobre o registro de uma vacina contra Covid-19 que tenha sido aprovada pelas agências correspondentes de Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. O prazo é para que a Anvisa se manifeste sobre o registro obtido no exterior, não a obriga a chancelar o imunizante.

Escrito por Reuters

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