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Suspeitos confessam assassinato de indigenista e jornalista britânico, diz emissora

Placeholder - loading - Polícia leva homem para barco em buscas por Dom Phillips e Bruno Pereira 15/06/2022 REUTERS/Bruno Kelly
Polícia leva homem para barco em buscas por Dom Phillips e Bruno Pereira 15/06/2022 REUTERS/Bruno Kelly

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Por Jake Spring e Bruno Kelly

ATALAIA DO NORTE, Amazonas (Reuters) - Dois suspeitos confessaram ter matado e esquartejado o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, informou a emissora GloboNews nesta quarta-feira, citando fontes policiais, depois que os homens desapareceram há mais de uma semana na floresta amazônica

A Polícia Federal disse em nota mais cedo que ainda conduz buscas por Phillips e Pereira, no que descreveu como uma investigação de suspeita de homicídio, após a prisão dos dois suspeitos no caso. A BandNews havia informado anteriormente que ao menos um dos suspeitos tinha confessado o crime.

Testemunhas da Reuters no local viram a polícia levar um homem encapuzado, que foi descrito como um suspeito, até o rio onde os dois homens desapareceram. A polícia não comentou sobre a confissão informada pelos veículos de imprensa.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que espera que o caso seja resolvido “nas próximas horas”.

A polícia identificou os suspeitos como o pescador Amarildo da Costa, conhecido como 'Pelado', que foi preso na semana passada por porte de armas, e seu irmão Oseney da Costa, de 41 anos, ou 'Dos Santos', que foi preso na noite de terça-feira.

A família dos suspeitos negou que eles tenham qualquer envolvimento no desaparecimento dos dois homens. Os defensores públicos que representam os dois irmãos não foram encontrados imediatamente para comentar o assunto.

As reportagens das emissoras sugerem uma conclusão sinistra a um caso que provocou indignação em todo o mundo, pairando sobre Bolsonaro em uma cúpula regional na semana passada e aparecendo como assunto de preocupação no Parlamento britânico nesta quarta-feira.

Phillips, um repórter freelancer que já escreveu para os jornais The Guardian e Washington Post, estava fazendo pesquisa para um livro em uma viagem com Pereira, ex-coordenador da Funai responsável por povos indígenas isoladas e recém-contactados.

Os dois estavam em uma área remota de floresta próxima às fronteiras com a Colômbia e o Peru, chamada Vale do Javari, região que tem o maior número de povos indígenas não contactados no planeta. O local tem sido invadido por pescadores, caçadores, madeireiros e garimpeiros ilegais, e, segundo a polícia, é uma rota importante para o narcotráfico.

Os irmãos presos foram vistos se encontrando no rio Itacoaí momentos antes da passagem de Phillips e Pereira no dia 5 de junho, afirmou uma testemunha à polícia em um relatório visto pela Reuters.

O relatório policial diz que testemunhas ouviram Pereira dizer que recebeu ameaças de Amarildo da Costa. Pereira foi fundamental em seu tempo como coordenador da Funai para impedir o garimpo de ouro e a pesca ilegal em rios habitados por povos indígenas do Javari.

As notícias do desaparecimento do jornalista e do indigenista ecoaram globalmente, com organizações de direitos humanos, ambientalistas e defensores da liberdade de imprensa pedindo a Bolsonaro que intensificasse as buscas.

Bolsonaro, que já enfrentou duras perguntas de Phillips em uma entrevista coletiva sobre o enfraquecimento da aplicação da lei ambiental, disse na semana passada que os dois homens estavam em uma 'aventura' que não é recomendada.

Nesta quarta-feira, Bolsonaro sugeriu que Phillips havia feito inimigos na região escrevendo sobre questões ambientais.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ao Parlamento nesta quarta-feira que estava profundamente preocupado com o desaparecimento de Phillips, e disse que seu governo estava trabalhando com as autoridades brasileiras que investigam o caso.

'O que dissemos aos brasileiros é que estamos prontos para dar todo o apoio que eles precisarem', disse.

(Reportagem de Jake Spring e Bruno Kelly; reportagem adicional de Peter Frontini, em São Paulo, e Pedro Fonseca no Rio de Janeiro)

Escrito por Reuters

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