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Taxas curtas dos DIs têm altas leves apesar de recuo do dólar e dos rendimentos dos Treasuries

Taxas curtas dos DIs têm altas leves apesar de recuo do dólar e dos rendimentos dos Treasuries

Reuters

03/12/2025

Placeholder - loading - Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO, 3 Dez (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira com altas leves entre os vencimentos curtos, apesar de nova sessão de queda do dólar ante o real e do recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, onde dados do mercado de trabalho norte-americano reforçaram a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

A taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,79% no fim da tarde, em leve alta de 2 pontos-base ante o ajuste de 12,775% da sessão anterior. Na ponta longa da curva a termo, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,060%, praticamente estável ante o ajuste de 13,066%.

A sessão desta quarta-feira foi de modo geral favorável aos ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes, com os investidores à espera taxas de juros menores nos EUA no futuro.

Um dos fatores para isso é a perspectiva de que o substituto de Jerome Powell no comando do Fed, a ser escolhido pelo presidente Donald Trump, seja alguém com perfil “dovish” (brando) na política monetária.

Na terça-feira Trump afirmou que anunciará o sucessor de Powell no início de 2026 e que o atual secretário do Tesouro, Scott Bessent, não quer o cargo. Notícias na imprensa dão conta de que Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, é o favorito para assumir.

Como Hassett é considerado um nome de perfil 'dovish', sua possível indicação elevou entre os investidores a expectativa de juros mais baixos nos EUA.

Pela manhã, dados divulgados nos EUA reforçaram a expectativa de que um novo corte de juros ocorra já na semana que vem. O relatório da ADP mostrou que foram fechados 32.000 postos de trabalho no setor privado norte-americano no mês passado, contra previsão de criação de 10.000 postos.

Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries cederam durante todo o dia, assim como o dólar ante o real, mas o movimento não foi suficiente para que as taxas dos DIs se firmassem em queda. Durante a tarde, as taxas curtas no Brasil passaram a registrar leves altas ante os ajustes da véspera.

A curva seguiu precificando quase 100% de probabilidade de o Banco Central manter a Selic em 15% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.

Por outro lado, há uma percepção entre os agentes de que um novo corte de juros nos EUA na semana que vem pode elevar as chances de o Copom reduzir a Selic em janeiro.

Na abertura da sessão de quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre -- mais um indicador que será levado em consideração nas apostas sobre a Selic.

No exterior, às 16h34, o rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha queda de 3 pontos-base, a 3,488%. Já o retorno do título de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 3 pontos-base, a 4,059%.

Reuters

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