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Taxas de DIs fecham em baixa, mas distantes das mínimas do dia com Flávio Bolsonaro ainda candidato

Taxas de DIs fecham em baixa, mas distantes das mínimas do dia com Flávio Bolsonaro ainda candidato

Reuters

08/12/2025

Placeholder - loading - Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO, 8 Dez (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a segunda-feira em baixa, mas distantes das mínimas do dia, com o mercado mantendo intactos boa parte dos prêmios somados à curva na sexta-feira após o senador Flávio Bolsonaro ter sido apontado pelo pai, Jair Bolsonaro, como candidato à Presidência.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,13%, em queda de 11 pontos-base ante o ajuste de 13,243% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,48%, com baixa de 9 pontos-base ante o ajuste de 13,57%.

Na sexta-feira as taxas futuras dispararam mais de 50 pontos-base em alguns vértices da curva após a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado e preso por tentativa de golpe de Estado, escolheu seu filho Flávio para ser candidato à Presidência.

O avanço foi consequência da avaliação de que, se Flávio for de fato candidato, o favorito do mercado -- o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) -- estará fora da disputa. Além disso, um cenário sem a candidatura de Tarcísio é visto como favorável à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No domingo, porém, Flávio Bolsonaro disse que há uma possibilidade de não ir até o fim na disputa eleitoral, mas que sua desistência teria um preço. Especula-se que o preço poderia estar relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A sinalização de que Flávio Bolsonaro pode não ser candidato, deixando o caminho aberto para Tarcísio, fez as taxas dos DIs cederem com mais intensidade na manhã desta segunda-feira. Às 11h20, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu a mínima intradia de 13,050%, em queda de 19 pontos-base ante o ajuste de sexta-feira. Perto deste horário o dólar oscilava abaixo dos R$5,40 no Brasil.

Essa correção mais intensa de prêmios na curva, no entanto, não se sustentou, já que a desistência de Flávio Bolsonaro ainda não foi confirmada, pontuou um operador ouvido pela Reuters.

Às 12h48, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu a máxima de 13,215%, em baixa de apenas 3 pontos-base.

No exterior, com os investidores à espera da decisão sobre juros do Federal Reserve na próxima quarta-feira, os rendimentos dos Treasuries tiveram ganhos firmes. Às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 3 pontos-base, a 4,168%.

À tarde o mercado precificava 87,4% de probabilidade de corte de 25 pontos-base de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira, contra 12,6% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

No Brasil, a curva precifica quase 100% de probabilidade de manutenção da taxa básica Selic em 15,00% ao ano na quarta-feira. A principal dúvida é se o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciará o processo de cortes em janeiro ou em março.

Conforme o boletim Focus divulgado pela manhã pelo Banco Central, a mediana das projeções dos economistas para a Selic passou a indicar corte a partir de março, com a Selic encerrando 2026 em 12,25% ao ano, acima dos 12,00% calculados anteriormente.

Reuters

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