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Taxas dos DIs sobem após ata do Copom reiterar compromisso com meta de inflação

Taxas dos DIs sobem após ata do Copom reiterar compromisso com meta de inflação

Reuters

16/12/2025

Placeholder - loading - Notas de 200 reais 02/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020 REUTERS/Adriano Machado

SÃO PAULO, 16 Dez (Reuters) - As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) iniciaram a terça-feira em alta ante os ajustes anteriores, enquanto os investidores avaliavam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada mais cedo.

Às 10h05, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,03%, em alta de 6 pontos-base ante o ajuste de 12,967% da sessão anterior. Na ponta longa, a taxa do DI para janeiro de 2035 estava em 13,44%, em alta de 7 pontos-base ante o ajuste de 13,371%. O rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 2 pontos-base, a 4,165%.

O documento mostrou que o BC reconhece que houve uma melhora na conjuntura, mas não o suficiente para se iniciar uma discussão sobre o início do ciclo de corte de juros.

A ata traz percepções mais positivas sobre o cenário internacional, os preços correntes e as expectativas de mercado, ponderando que vetores inflacionários ainda se mantêm adversos.

“O Comitê avalia que a condução cautelosa da política monetária tem contribuído para se observar ganhos desinflacionários e, mais uma vez, reafirma o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta”, disse o BC no documento.

O BC melhorou o tom de sua avaliação em relação ao encontro de novembro a respeito do cenário econômico doméstico, apontando que vê uma diminuição da inflação corrente, e não apenas 'certa diminuição'. A ata ainda mencionou 'a redução' nas expectativas de mercado para os preços, deixando de falar em 'alguma redução', embora tenha destacado que essas previsões ainda estão acima da meta de 3%.

A autarquia também retirou menção feita em novembro de que 'a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida', mas manteve o trecho que avalia que ambientes com expectativas desancoradas elevam o custo da desinflação.

'Uma mudança importante na ata é o reconhecimento da melhora no cenário atual, com o cenário externo mais benigno, principalmente via câmbio, favorecendo a queda na inflação de bens industriais e alimentos', destacou Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter.

Ainda assim, 'o Comitê não parece inclinado a reduzir a taxa Selic em janeiro, apesar da recente melhora nas perspectivas para a inflação', avaliou Caio Megale, economista-chefe da XP.

Nesse contexto, a XP manteve seu cenário de início do ciclo de cortes de juros em março, com previsão de seis cortes consecutivos de 50 pontos-base, com a Selic encerrando 2026 em 12,00%.

Além da ata, os agentes também ficarão atentos na agenda doméstica desta terça-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que às 11h30 participa do encontro anual de gestores da Caixa e às 16h vai à reunião do Conselho de Participação Social, entre outros compromissos.

Outro ponto de atenção na semana será a divulgação do Relatório de Política Monetária do BC, que sai na quinta-feira, com entrevista coletiva do presidente do BC, Gabriel Galípolo, na sequência.

(Por Igor Sodré)

Reuters

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