#TBT: HÁ 56 ANOS O PINK FLOYD GRAVAVA SEU PRIMEIRO SINGLE, "ARNOLD LAYNE"

Há 56 anos atrás, história estava prestes a ser feita: Pink Floyd ia lançar sua primeira canção. No dia 10 de março de 1967 a estreia da banda de rock psicodélica foi com uma obra de narrativa peculiar, “Arnold Layne”.

Composta por Syd Barret, co-fundador da banda, ela conta a história de uma pessoa que roubava roupas como passatempo. De acordo com Roger Waters, a música é baseada em um relato da mãe dele e a de Barret.

Ambas tinham como inquilinas, estudantes, porque havia um colégio só de meninas perto de onde moravam. Ao longo do tempo, elas repararam que tinha um menino, “Arnold”, que roubava algumas peças dos varais.

Com uma “visão distorcida”, a letra faz alusão a uma pessoa com uma noção duplicada de si. Enquanto se olha no espelho, gosta de ver o que usa - uma roupa azul bebê transparente. Por conta de seu jeito de ser, no final da canção, Arnold é preso, condenado.

O grupo, conhecido por ter canções peculiares e de ampla interpretação, abordam um tema taboo na época. O lançamento de “Arnold Layne” alcançou o Top 20 nas paradas britânicas. Contudo, a Rádio London proibiu sua execução em suas estações, alegando que sua letra está “muito distante do normal” para seus ouvintes.

A canção era raramente tocada ao vivo. Em 1995, Waters contou em entrevista o motivo disso, afirmando que ela, junto com a outra obra “See Emily Play” não se encaixavam no repertório, já que são músicas de três minutos.

As apresentações eram sempre elaboradas, tocando músicas longas com solos memoráveis. O grupo é famoso por conter uma das músicas mais longas já feitas, com 23 minutos e 30 segundos, chamada “Echoes” em seu álbum “Meddle” (1971), ocupando todo o seu lado B.

Segundo essa mesma entrevista, ele também contou que a decisão de não tocar tais canções causou certos atritos entre os roqueiros e a plateia, no início da carreira. O desejo era tão grande de ouvi-las ao vivo que, em algumas circunstâncias, o público jogava cervejas no palco.

Joe Boyd, o produtor da música, falou que as tentativas que eles fizeram de tocar a música ao vivo durava de 10 a 15 minutos, com passagens instrumentais extensas. Também afirmou que, durante a gravação, o processo foi complexo. A música, que continha um momento de um solo de órgão de Richard Wright, teve uma edição que emendou o instrumental somente na hora da mixagem.

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