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Teto de gastos é crucial para tudo, seja lado monetário ou fiscal, diz Serra do BC

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 27/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede do Banco Central em Brasília 27/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A ancoragem oferecida pela regra do teto de gastos é 'extremamente importante' num momento em que ainda não há clareza quanto ao término ou não do processo de expansão de gastos públicos em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus, afirmou nesta quinta-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra.

'A emenda do teto é crucial. É importantíssimo ter a visibilidade dela para conseguir tocar tudo que a gente está fazendo hoje em qualquer âmbito, seja no âmbito monetário para o lado do Banco Central, seja no âmbito fiscal. Isso é crucial, crucial', disse ele, em seminário online promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Ao reduzir a Selic em 0,75 ponto na véspera, à nova mínima de 2,25% ao ano, o BC deixou aberta a porta para novo corte 'residual' à frente, mas condicionado a informações sobre o efeito da pandemia, além de uma diminuição das incertezas com relação à trajetória das contas públicas no Brasil.

Também presente no seminário, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defendeu que a preservação da regra do teto --que limita o crescimento das despesas à inflação medida no ano anterior-- é fundamental, já que será o pilar microfiscal do Brasil no pós-pandemia.

Atualmente, os gastos extraordinários ligados ao enfrentamento do surto de Covid-19 não precisam obedecer ao mecanismo, já que são despesas imprevisíveis e urgentes, dispensadas pela sua natureza desse enquadramento.

Sachsida afirmou que o segundo semestre e o ano de 2021 ficarão marcados como 'período das grandes reformas' e disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem robusto conjunto de ideias para encaminhar ao Congresso para retomada econômica, medidas que contam com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o secretário, será preciso avançar na agenda de concessões e privatizações, na reforma tributária, na melhor focalização de programas sociais, e em políticas mais eficientes tanto para promoção de empregos quanto para falências.

Ele também citou a necessidade de um mercado de crédito, de garantias e de capitais mais eficiente.

O secretário destacou que o país precisa sinalizar, de maneira contundente, que trajetória da relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) será decrescente e sustentável, após uma expansão expressiva que ocorrerá no indicador neste ano por conta dos gastos com a crise.

CRÉDITO

Ao falar sobre a expansão do crédito, Serra, do BC, afirmou nesta quinta-feira que a autoridade monetária vê na margem um arrefecimento desse movimento nas últimas semanas.

'Se reduziu bastante e é uma coisa que a gente tem que acompanhar e entender as motivações', disse.

Durante o seminário, ele apresentou dados mostrando que as repactuações das operações de crédito chegaram a 614,5 bilhões de reais de meados de março a 5 de junho, com o valor das operações atingindo 17% da carteira de crédito do sistema financeiro.

Essas repactuações foram concentradas em micro e pequenas empresas, além das pessoas físicas.

Já em relação às novas operações de crédito livre entre pessoas jurídicas, Serra apontou que grandes empresas responderam pela maior parte das contratações.

Escrito por Reuters

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