Trump diz que qualquer país traficando drogas para os EUA poderá ser atacado
Trump diz que qualquer país traficando drogas para os EUA poderá ser atacado
Reuters
02/12/2025
Atualizada em 02/12/2025
WASHINGTON, 2 Dez (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que qualquer país que esteja traficando drogas para os Estados Unidos poderá ser atacado.
'Qualquer um que esteja fazendo isso e vendendo para nosso país está sujeito a ataques', disse Trump a repórteres durante uma reunião de gabinete na Casa Branca, depois de levantar a questão da cocaína da Colômbia.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, respondeu a Trump em uma postagem no X, argumentando que o país sul-americano destrói um laboratório de produção de drogas a cada 40 minutos -- 'sem mísseis'.
Trump lançou uma ofensiva contra supostos barcos de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico nos últimos meses, matando dezenas de pessoas por meio de ataques com mísseis direcionados.
As forças militares dos EUA foram reforçadas no Caribe, com o aumento das tensões entre Trump e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, que faz fronteira com a Colômbia.
O governo Trump alega que Maduro desempenha um papel fundamental no fornecimento de drogas ilegais que mataram norte-americanos, o que Maduro nega. Nos últimos dias, Trump sinalizou a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela.
Nesta terça-feira, Trump disse aos repórteres que qualquer país que estivesse enviando drogas ilegais para os EUA poderia estar sujeito a ataques terrestres, 'não apenas a Venezuela'.
'Ouvi dizer que a Colômbia está produzindo cocaína, eles têm fábricas de cocaína e depois nos vendem sua cocaína', disse Trump.
Petro, que foi pessoalmente sancionado pelo governo Trump, convidou Trump a participar da ofensiva antidrogas do país, mas com uma advertência.
'Não ameace nossa soberania, ou você acordará o jaguar', disse Petro. 'Atacar nossa soberania é declarar guerra.'
(Reportagem de Jeff Mason, Doina Chiacu, Ryan Patrick Jones e Kylie Madr)
Reuters

