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Trump e nove empresas farmacêuticas fecham acordos para reduzir preços

Trump e nove empresas farmacêuticas fecham acordos para reduzir preços

Reuters

19/12/2025

Placeholder - loading - O presidente dos EUA, Donald Trump, faz anúncio sobre redução de preço de medicamentos na Casa Branca, em Washington 19 de dezembro de 2025 REUTES/Evelyn Hockstein
O presidente dos EUA, Donald Trump, faz anúncio sobre redução de preço de medicamentos na Casa Branca, em Washington 19 de dezembro de 2025 REUTES/Evelyn Hockstein

Atualizada em  19/12/2025

Por Michael Erman e Jarrett Renshaw e Patrick Wingrove

19 ⁠Dez (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e nove grandes empresas farmacêuticas anunciaram nesta sexta-feira acordos que reduzirão os preços de seus medicamentos para o programa governamental Medicaid e para pagadores em dinheiro, na mais recente tentativa de alinhar os custos dos EUA com os de outras nações ricas.

A Bristol Myers Squibb, a Gilead Sciences, a MSD e a Genentech, unidade da Roche nos EUA, fecharam acordos. A Novartis, a Amgen, a Boehringer Ingelheim, a Sanofi e a GSK também assinaram.

Cada fabricante reduzirá os preços da maioria dos medicamentos vendidos para o programa Medicaid, voltado a pessoas de baixa renda, informaram autoridades do alto escalão do governo, prometendo 'economias enormes' ​em medicamentos amplamente utilizados, sem fornecer números específicos.

Atualmente, pacientes dos ⁠EUA pagam, ⁠de longe, o preço mais alto pelos medicamentos prescritos, muitas vezes quase três vezes mais do que em outros países desenvolvidos, e Trump tem pressionado os fabricantes para que reduzam seus preços.

Os detalhes de cada acordo não estavam imediatamente disponíveis, mas autoridades disseram que eles incluem a redução de preços para pagamento em dinheiro de medicamentos selecionados, vendidos potencialmente por meio do ‌site TrumpRx.gov. Em troca, as empresas podem receber uma isenção de três anos de tarifas.

A MSD informou ​que venderá seus medicamentos para diabetes Januvia, Janumet e Janumet ‌XR -- que enfrentarão a concorrência ​dos ​genéricos no próximo ano -- diretamente aos consumidores dos EUA com cerca de 70% de desconto nos preços de tabela. Se aprovado, seu medicamento experimental para colesterol, o Enlicitide, também será oferecido por meio de canais diretos ao consumidor.

Em ​julho, Trump enviou cartas aos líderes de 17 grandes fabricantes de medicamentos, instando-os a oferecer os chamados preços de 'nação mais favorecida' para o Medicaid e a garantir que os novos medicamentos sejam lançados a preços não superiores aos de outros países ricos.

Cinco empresas já haviam fechado acordos com o governo para controlar os preços -- Pfizer, Eli Lilly, AstraZeneca, Novo Nordisk e EMD Serono, a divisão norte-americana da MSD KGaA da Alemanha.

As três restantes que não anunciaram acordos são Regeneron, Johnson & Johnson e AbbVie. Inicialmente, investidores temiam um amplo controle de preços nos EUA, mas detalhes dos acordos recentes amenizaram em grande parte essas preocupações. A Reuters informou anteriormente que a AbbVie deveria anunciar um acordo nesta sexta-feira.

As farmacêuticas se comprometeram nesta sexta-feira com o preço de 'nação mais favorecida' em todos os novos lançamentos de medicamentos nos EUA nos mercados comercial, governamental e ⁠de pagamento em dinheiro, incluindo o programa Medicare para pessoas com 65 anos ou mais, disseram as autoridades.

Uma parte das ‌receitas das vendas de cada empresa no exterior ⁠também será remetida aos EUA para compensar os custos, disseram as autoridades.

As empresas se comprometeram a investir juntas mais de US$150 bilhões nos EUA para P&D e fabricação, disseram as autoridades, embora não esteja ‍claro se isso inclui compromissos anteriores. Várias delas também concordaram em doar ingredientes de medicamentos para a reserva estratégica dos EUA.

A MSD disse que ​contribuiu ‌com US$70 bilhões desse montante.

(Reportagem de Michael Erman e Patrick Wingrove em Nova York; reportagem adicional de Deena Beasley)

Reuters

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