Uso indiscriminado de antibiótico traz riscos aos idosos

Mais uma ameaça ronda os idosos: o consumo excessivo de antibióticos. Segundo uma matéria recente do jornal norte-americano “The New York Times”, além de estarem sendo prescritos sem necessidade, os efeitos destes medicamentos podem ser especialmente prejudiciais aos mais velhos.

Nos Estados Unidos, pacientes acima dos 65 anos que não estão hospitalizados representam o grupo etário que mais recebe antibióticos. O “Journal of the American Geriatrics Society” publicou um artigo no qual pesquisadores mostraram que, em 2014, cerca de 50 milhões de receitas desses medicamentos foram destinadas a idosos. Isso representa uma receita por indivíduo – e o levantamento sequer considerou hospitais e instituições de longa permanência.

O alerta também vem da Sociedade Norte-Americana para Doenças Infecciosas, principalmente em pacientes com um quadro denominado bacteriúria assintomática: exames detectam a presença de bactérias no sangue, mas não há sintomas de infecção.

O uso excessivo de antibióticos faz com que essas bactérias se tornem resistentes, exigindo o uso de drogas ainda mais potentes e tóxicas. Também nos EUA, todo ano dois milhões de pessoas se tornam vítimas de infecções por superbactérias.

Além disso, a interação de antibióticos com outros tipos de medicamentos (como anticoagulantes, estatinas ou remédios para o coração e os rins), pode ser arriscada. Ainda de acordo com a reportagem do “The New York Times”, muitas vezes os médicos os prescrevem para resfriados, sinusites e bronquites que, em grande parte dos casos, têm origem viral.

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