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Venezuelanos votam em primárias da oposição em meio a incertezas eleitorais

Placeholder - loading - Líder na disputa das primárias da oposição, Maria Corina Machado cumprimenta populares em Caracas 22/10/2023 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Líder na disputa das primárias da oposição, Maria Corina Machado cumprimenta populares em Caracas 22/10/2023 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

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Por Mayela Armas e Vivian Sequera

CARACAS (Reuters) - Os venezuelanos votavam neste domingo nas primárias para escolher um candidato de oposição unificado para enfrentar o presidente Nicolás Maduro em sua provável tentativa de reeleição no ano que vem, em meio a promessas dos Estados Unidos de reverter o alívio das sanções caso o governo de Caracas não suspenda as proibições que impedem algumas figuras da oposição de ocuparem cargos.

Milhares de eleitores faziam fila nos locais de votação -- inclusive em residências particulares e nas esquinas -- em todo o país no meio do dia.

A estimativa é que sejam 3.010 os locais de votação em todo o país, mas há relatos de que alguns abriram tarde e outros tiveram de ser transferidos, de acordo com grupos de direitos humanos e os próprios eleitores, o que causou confusão.

“Mesmo que o centro de votação tenha aberto tarde, nós esperamos”, disse a professora aposentada Raquel Yamarte, de 71 anos, que votou na cidade petrolífera de Maracaibo. “Vim com toda a família... as pessoas estão votando para ver o que acontece, sem entusiasmo, mas votando.”

A oferta de gasolina era limitada nos Estados fronteiriços de Táchira e Bolívar e os transportes públicos no interior do país funcionavam irregularmente, segundo testemunhas da Reuters.

“Na sexta-feira esperamos em três filas para conseguir gasolina para hoje e não conseguimos”, disse a dona de casa Melissa Diaz, de 39 anos, que chegou ao seu local de votação em Ciudad Guyana com o tanque quase vazio. “Perdemos um dia inteiro, mas mesmo que tivéssemos que caminhar ou andar de bicicleta, iríamos votar.”

Maria Corina Machado, de 56 anos, engenheira industrial e ex-deputada, está à frente dos seus rivais por cerca de 40 pontos nas pesquisas.

Mas ela, assim como dois antigos rivais que desistiram da disputa, está impedida de ocupar cargos públicos devido ao seu apoio às sanções ao governo Maduro e não está autorizada a se registrar nas eleições gerais.

A oposição e o governo assinaram esta semana um acordo sobre algumas garantias eleitorais, incluindo a presença de observadores internacionais. O acordo permite que cada lado escolha seu candidato de acordo com regras internas, mas não retirou as desqualificações eleitorais.

Os Estados Unidos, que aliviaram amplamente as sanções da era Trump ao petróleo, gás e aos títulos venezuelanos em resposta ao acordo, disseram que Maduro tem até o final de novembro para começar a reverter as proibições e libertar prisioneiros políticos e norte-americanos “detidos injustamente”.

Embora cinco pessoas tenham sido libertadas, o principal negociador do governo, Jorge Rodríguez, confirmou esta semana que aqueles com barreiras eleitorais não podem concorrer na disputa de 2024, marcada para o segundo semestre do ano.

Alguns membros da oposição disseram estar céticos de que Maduro cumpra o acordo.

A oposição, que afirma que as desclassificações eleitorais são ilegais, tem sido reticente em confirmar o que faria se Maria Corina Machado vencer as primárias, mas não puder competir em 2024.

Escrito por Reuters

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