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VLI traça estratégias para sustentar volumes em 2024 diante de safras menores

Placeholder - loading - Carregamento de soja 17/02/2020 REUTERS/Jorge Adorno
Carregamento de soja 17/02/2020 REUTERS/Jorge Adorno

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de ferrovias e de terminais portuários VLI já desenvolve estratégias para sustentar os volumes transportados em 2024, diante da expectativa de safras menores de milho e soja em suas áreas de influência ao norte do Brasil, enquanto trabalha para atrair novos parceiros a um polo industrial em Tocantins, disse uma diretora à Reuters.

A companhia, que movimentou 58 milhões de toneladas em ferrovias em 2022, tem na soja, farelo e milho algumas de suas cargas mais representativas, que responderam por mais de 37% do total movimentado no ano passado. A VLI também transporta fertilizantes, açúcar, combustíveis, produtos florestais, siderúrgicos e minérios.

Em 2023, os grãos devem responder por cerca 40% participação no total movimentado, em meio a safras recordes de soja e milho no Brasil, disse a diretora-executiva Comercial da VLI, Carolina Hernandez. Ela não especificou volumes deste ano.

Mas, para 2024, o cenário tende a ser mais desafiador. Com o fenômeno climático El Niño, a expectativa é de menos chuvas para a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), enquanto Estados do Centro-Oeste como Mato Grosso e Goiás também sofrem os efeitos da seca e das elevadas temperaturas.

'A estratégia comercial é preservar o volume da ferrovia', disse a executiva, uma colombiana que está no Brasil há 17 anos, com passagens anteriores pelas tradings de produtos agrícolas ADM e Cofco, antes de assumir neste ano seu atual posto na VLI.

'Trabalhamos para ter volumes similares em 2024 (em relação a 2023)', acrescentou, sem detalhar.

A companhia atua em outros terminais nos sistemas a Sudeste e Leste, o que pode ajudar a compensar parte das colheitas menores ao norte.

Além disso, do total movimentado este ano, disse a executiva, 12% será açúcar, cujas projeções indicam novos recordes no centro-sul em 2024, abrindo possibilidade de maiores embarques pelo terminal Tiplam, operado pela empresa em Santos (SP).

A diretora de Comercial da VLI também admitiu a possibilidade de 'mudança de share multimodal' da rodovia para a ferrovia. 'Vamos perseguir isso, a ferrovia é mais competitiva, tem escala maior e emite menos CO2', completou.

Hernandez disse que trabalha com expectativa de queda de cerca de 15% na safra de milho na área de influência da VLI ao norte.

Na soja, a redução projetada na produção na área de influência da VLI no norte, com foco no Matopiba, é menor, com quebra inferior a 5%, afirmou.

'O milho é um ponto de alerta no Matopiba', disse ela.

Nos grãos, cerca de metade do que a VLI transporta utiliza o sistema norte e o restante as suas estruturas ao sul.

Os atrasos no plantio de soja devem repercutir na segunda safra de milho do Brasil em 2023/24, que assim perdeu a janela climática ideal de plantio em parte das áreas brasileiras.

'Maior preocupação com o milho do que com a soja. Em anos de El Niño, a safra do Matopiba sofre...', disse ela.

MAIS PARCEIROS

A VLI tem negociado com mais parceiros para atrair indústrias para o seu Terminal Integrador de Palmeirante (TO), situado na fronteira agrícola do Matopiba, e espera ter novidades em breve.

'Em seis meses podemos ter um memorando de entendimento com um novo parceiro em Palmeirante... as negociações mais avançadas são com empresa na área de fertilizantes', disse a executiva, ressaltando que a empresa também quer atrair uma companhias que atuam com grãos e possivelmente uma esmagadora de soja.

Palmeirante já conta com projetos de fertilizantes e combustíveis.

No primeiro semestre, passou a operar no local um terminal de transbordo da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi), que já movimentou de 500 mil toneladas de fertilizantes neste ano.

A Mosaic Fertilizantes anunciou investimentos de 400 milhões de reais na construção de uma nova unidade de mistura, armazenagem e distribuição no terminal, com previsão de entrar em operação em 2025.

Também em 2023 foi anunciada pela Ultracargo a construção do terminal em Palmeirante, conectado por modal ferroviário ao Porto do Itaqui (MA), com a estratégia da empresa de ampliar a movimentação de biodiesel, etanol, gasolina e diesel pelo norte. A previsão é que a unidade esteja operacional em 2025.

A VLI projeta dividir o polo industrial de Palmeirante em oito lotes, mas outras empresas podem se estabelecer também nas proximidades. 'Nossa jornada é isso, buscar parceiros para expandir horizontes.'

(Por Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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